Cap 5 🎀

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Chego em casa, totalmente exausta

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Chego em casa, totalmente exausta. Hoje foi um dia movimentado na lanchonete. Após percorrer todo o trajeto contando a Viviane tudo o que aconteceu e ouvindo suas várias juras de vingança contra o irmão, apenas desejei boa sorte para ela.

Espero que ela consiga.

Tomo um banho demorado. Mesmo passando das 22h da noite, sinto que preciso desse momento de relaxamento. Após sair do banho, desço à procura de algo para comer e vejo dona Célia bebendo água.

— Boa noite, Larinha. Como foi seu dia? — ela me pergunta com carinho.

— Foi cansativo, mas nada que eu não aguente — Dou-lhe um sorriso e pego o resto da janta que sobrou de ontem para esquentar. — Aliás, dona Célia, eu preciso da sua permissão para viajar neste final de semana... — Sento-me à mesa fingindo despreocupação.

Ela me avalia com seus olhos meigos e curiosos.

— É com a Vivi que vou — minto.

Se eu disser que é com Willian, muitas perguntas virão. Além disso, estou exausta para explicar. Aí que ela não deixaria mesmo. Creio que, por eu ser menor de idade, viajar sozinha com um homem não estava nos planos da minha mãe. Ela deixou bem claro para dona Célia que eu deveria manter uma distância de mil metros de qualquer rapaz até concluir os estudos.

— Tudo bem, filha. Você precisa de um descanso, merece se divertir. Você é jovem, e tem muita energia para gastar.

Ah, se ela soubesse que eu não queria ir nessa viagem coisa nenhuma.

— Obrigada... você sabe que te amo, não é, dona Célia? — digo, sendo sincera.

— Sei, eu também amo você, meu amor. — Ela se aproxima e me dá um beijo na testa.

— Coma logo e vá dormir. Não quero que você se atrase novamente, senhorita.

Apenas confirmo com a cabeça e logo ela sai da cozinha.

Termino de comer e subo para o meu quarto. É um ambiente simples, com uma cama de solteiro já bem velha no canto e um guarda-roupa de duas portas ao lado. Mesmo sendo tudo muito simples, sinto-me bem e feliz aqui.

Escovo meus dentes, vesti meu pijama de moletom e me ajeito na cama pra dormir. Meus últimos pensamentos são daquele babaca de sorriso bonito, que com certeza fará do meu final de semana um inferno, e infelizmente, não posso simplesmente passar em cima dele com um trator.

Com esse último pensamento eu durmo e tenho sonhos lindos. Onde estou atropelando um cara de olhos azuis celestes.

A semana passa voando. Vivi tentou conversar com o irmão, mas ele não cedeu. Ela me disse que, infelizmente, quando ele coloca algo na cabeça, não tira tão fácil. Tentei perguntar a ela se tinha alguma ideia para onde William iria, mas ela disse que ele não contou nada. Já estou angustiada, pois não estou gostando nada daquilo. Sei que ele me detesta... E se ele estiver me levando para me matar ou algo assim? Ou pior, me sequestrando à luz do dia. Só de pensar nessas possibilidades, fico nervosa.

Hoje é sexta-feira e já estou arrumando minhas malas. Não sei para onde vamos, então coloquei apenas minhas roupas normais, como camisas e calça jeans, e adicionei dois vestidos floridos caso faça calor.

Faltando uma hora para encontrar Willian, visto uma blusinha de manga longa, uma calça jeans meio larguinha e meus tênis já gastos de sempre, bem simples, já que não sou de me arrumar para sair para lugar nenhum. E não é agora que vou começar.

Pego minha bolsa, meu celular e desço, dando um breve abraço e beijo em dona Célia.

— Vai com Deus, Larinha, e se cuide. Nada de beber ou usar drogas. E fique longe de garotos, caso chegue perto, não esqueça de se proteger — diz enquanto ainda me abraça.

— Fique tranquila quanto a isso, dona Célia, eu sei me cuidar — afirmo, tentando acreditar em minhas próprias palavras.

Eu nunca tive namorados, porque nunca ninguém me interessou. Houve algumas paixonites, já que sou muito faniqueira. Beijei alguns garotos quando saía com a Vivi, mas não passou disso.

Me despeço de dona Célia e mandei uma mensagem para Vivi, pedindo para ela dizer a Willian que eu iria até ele. Mas antes de chegar na esquina de casa, reparo um carro parando devagar e vejo a cabeça do imbecil pela janela do veículo, me olhando com aquele sorriso arrogante. Benett acena, e eu vou até ele.

— Olá, senhorita Água de salsicha, achei que não viria.

— E eu tinha essa opção? — indago, abrindo a porta do carro e entrando.

— Eu estou bem também, obrigado por perguntar — ele fala dando partida no carro.

— Para onde vamos? — pergunto, tentando não parecer tão nervosa.

— Relaxa, ruivinha, é surpresa — diz simplesmente.

Eu apenas viro o rosto para janela, não quero olhar para a cara dele, seria capaz de esganá-lo por ser tão babaca.

Já se passaram uma hora de viagem, e o silêncio é tão insuportável que não aguento mais, então pergunto a ele se posso ligar o som.

— Se não for música de mulherzinha, fique à vontade — William responde, dando de ombros.

— E o que seria exatamente música de mulherzinha, senhor Benett? — Levanto uma sobrancelha.

Ele não responde, apenas dá um sorriso e continua dirigindo. Então rapidamente coloco uma música da Adele e vejo ele me olhar de rabo de olho.

— Se quiser eu tiro — falo com desdém, além de insuportável, só falta ele ser sem cultura e não gostar dessa rainha.

— Não falei nada, ruivinha — diz ríspido.

Escoro a cabeça na janela do carro, ouvindo o som da música com os olhos fechados, e não demora muito para eu cair em um sono cansado.




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