Cap 6 🔥

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Capítulo revisado

Chegamos há três minutos, e Lara continua dormindo tranquilamente encostada na janela do meu carro

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Chegamos há três minutos, e Lara continua dormindo tranquilamente encostada na janela do meu carro. Observo-a e me xingo mentalmente por ter inventado essa história ridícula de trazê-la. Já faz quase um ano que não a via. E mesmo quando isso acontecia, era apenas quando ia à minha casa para algum trabalho ou passar o final de semana com minha irmã.

Viviane é a caçula. Minha mãe desejava muito ter outros filhos, mas após eu, ela não conseguia mais engravidar. Como meu pai queria alguém para assumir o comando da empresa logo, já que ele foi pai muito tarde, havia pressa para que eu assumisse a responsabilidade.

Desde pequeno, eu era diferente das outras crianças. Não costumava brincar com elas, pois sempre tinha que estudar muito, me privando de tudo para agradar meu pai. Minha mãe começou a se fechar nesse meio tempo, ficando deprimida e melancólica pelos cantos. Mas quando Viviane chegou, aos sete anos de idade, trouxe muita alegria para nossas vidas, mesmo que eu já tivesse 14 anos. Aproveitei bastante o tempo brincando com ela.

No entanto, com o passar do tempo, meu pai começou a ficar mais rígido comigo e proibiu que eu passasse tempo com a pequena garota, alegando que isso desviaria o meu foco, o que não era verdade.

Por fim, ele me enviou para estudar em um colégio interno, onde meus únicos amigos eram meus livros e atividades intermináveis. Não me espanta eu ser um cara solitário e amargurado. Eu só voltava para casa nos finais de semana e feriados, mas nem sempre era possível. Perdi toda minha juventude para me tornar quem o grande Senhor Benett queria.

Assim que concluí a escola, entrei na faculdade, onde permaneci até alguns meses atrás. Agora, estou indo para a minha primeira conferência da empresa do meu pai acompanhado por uma garota que eu odeio.

A observo mais um pouco. E não posso negar que essa criatura está mais linda do que da última vez que a vi. Os olhos puxados, o cabelo cor de cobre e a pele meio corada, pelo contraste com o vidro do carro, lhe dão um ar de inocência.

Não posso negar o quão gostosa ela é. Mas pelo jeito que se comporta, não sabe disso ou apenas não liga para o fato. Lara exala pureza, enquanto eu sou o mal encarnado.

Estou prestes a acordá-la quando ela se mexe, passando a mão no rosto de um modo delicado, e por Deus, tento não encará-la por tanto tempo.

— Onde estamos? — Lara pergunta com a voz rouca.

— Chegamos, bela adormecida.

— Isso eu percebi, eu perguntei onde estamos. — Ela olha com uma cara brava, que faz meu amiguinho de baixo pulsar de desejo.

Maldito traidor!

— Você dormindo é bem mais simpática, acredite.

Ignorando sua pergunta, saio do carro indo abrir a porta para ela. Mas quando chego lá, Lara já está do lado de fora do carro.

— Por que estamos em um hotel? — questiona confusa, assim que observa o estacionamento do luxuoso grande hotel.

— Ok, são muitas perguntas. Vamos lá, vou responder algumas. — Dou uma pausa, e contínuo. — Precisava de alguém para me acompanhar na minha primeira conferência, tipo uma secretária.

Lara me olha atenta, com o rosto muito confuso, e confesso que estou adorando isso.

— Como era aniversário do Bruno, e ele já tinha organizado a festa junto com Vivi, então tive uma brilhante ideia. — Outra pausa. — "E se a amiguinha da minha irmã fosse minha secretária particular por um final de semana?" E bingo, estamos aqui!

Lara pisca umas três vezes, balançando a cabeça negativamente, até parar e me encarar.

— Eu não sou secretária, nem entendo desse meio. Por que não chamou uma das suas namoradas, já que tem várias? — Collyn pergunta com os braços cruzados em cima do peito.

— Porque eu iria passar o final de semana comendo todas elas. É instinto, sabe?! — A olho com malícia e dou de ombros. — E como você não faz meu tipo, seria mais fácil manter o foco e trabalhar — minto, já que segundos atrás não era isso que meu pau estava dizendo. — Só preciso que me acompanhe nos eventos e anote algumas coisas que eu te falar. É apenas isso!

— Você está de brincadeira, né? Ameaçou tirar meu emprego porque não consegue segurar o pau e ser profissional? Que contratasse alguém que realmente queira estar aqui!

— Aí não teria graça, ruivinha. — Eu sei que ela odeia esse apelido, e adoro provocá-la.

— Vai se ferrar. Você é um babaca! — Lara me fuzila com aqueles olhinhos lindos que ela tem.

— Eu sei que sou, mas isso não vem ao caso agora. Vamos entrar, já fiz nossa reserva. — Viro as costas entrando no hotel que é uma das franquias da nossa empresa.

Um momento depois dou um sorriso minimalista de vitória quando a garota surge ao meu lado na recepção.

— Espero que pelo menos tenha pedido quartos separados, pois eu prefiro dormir na rua a dormir no mesmo quarto que você — Collyn reclama atrás de mim, enquanto chego perto do balcão.

— Tarde demais. — Viro para olhá-la e ela está parada, parecendo até que viu um fantasma.

Poxa, é tão ruim assim minha presença?

Ela continua parada me encarando incrédula, mas a recepcionista nos tira do transe.

— Olá, em que posso ajudar?

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Eita gente será que eles vão ficar no mesmo quarto??? 

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