PROLOGUE

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OS PASSOS DELE batendo contra o assoalho e ecoando pela torre de astronomia escura foi o que avisou á garota na sacada de sua presença. Ele se aproximou lentamente, desviando das mesas e equipamentos dispostos pelo lugar com uma facilidade impressionante, como se vivesse nas sombras por tanto tempo que seus olhos já tivessem se acostumado com a escuridão. Em poucos segundos, já estava ao lado dela, com apenas poucos centímetros de distancia os separando. O olhar de Tom Riddle foi atraído para as mãos da sonserina, que se agarravam á grade com força, a carne se apertando em volta do ferro enferrujado enquanto os nós dos dedos ficavam brancos. 

A varinha não estava a vista, o que indicava que ela estava tão paralisada de choque que a ideia de se defender nem ao menos passou por sua cabeça desde do momento que o bruxo adentrou a torre de astronomia. Ele sorriu, sem humor. Sua presença sempre a pertubara de formas imagináveis, mas agora ia além disso. Ele a aterrorizava, de todas as maneiras possíveis e sabia bem o motivo. E gostava disso.

Gostava que Ava Hollway o temesse.

Um trovão cortou o céu, irradiando luz para dentro da torre. Tom aproveitou para olhar para a bruxa e dedicou algum tempo na tarefa. A expressão dela era um misto de terror e incredulidade, a mesma expressão com que ela o olhara há algumas horas atrás. Seus lábios cheios e sempre e sempre rosados estavam apertados em uma linha fina e dura, e seus olhos permaneciam arregalados. Ava realmente estava assustada. 

Tom não se importou; muito ao contrário: fez questão de acentuar o estado dela ao se inclinar para o lado e alcançar seu ouvido, a fazendo enrijecer o corpo e se encolher no mesmo minuto.


— Você viu tudo, Hollway. Viu com seus próprios olhos quem eu sou e o que eu faço, certo? —  sussurrou Tom. Não era uma pergunta, era uma afirmação. —  Então acho que deveria repensar sobre querer seguir meus passos ou tentar estar ao meu nível. Cópias mal feitas são tão descartáveis quanto um brinquedo quebrado. E você está quebrada, querida.


O sonserino deixou que suas palavras ecoassem pela torre, sentindo Ava começar a tremer. Satisfeito, ele plantou um beijo no rosto dela e se afastou, arrumando a gola da camisa do uniforme., Virou as costas e caminhou até a porta com os mesmos passos lentos e confiantes. Porém, não sem antes deixar a ameaça no ar:


— Àquela garota que morreu falava demais. Espero que você prefira o silencio, Hollway.


E então, alcançou a saída, desaparecendo como um fantasma depois de assustar as vítimas. Ava era a vítima de Tom, assim como Florine Jones. A diferença era que ela ainda estava viva. Florine, não. 

Tom Riddle a assassinara.


 

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⏰ Última atualização: Nov 20, 2022 ⏰

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