Brasil mi caracol é seu - parte. 2

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Camila's POV

O Brasil é um país tão encantador! Está sempre cheio de energia e pessoas contentes, eu gostaria de morar aqui um dia. Lauren e eu estavámos aqui há menos de 24 horas e ainda não tinhamos conhecido muitos pontos. Ao desembarcar ontem fomos direto para o hotel descansar, a viagem havia sido longa e cansativa. E bem surpreendente, diga-se de passagem...

No momento eu estava me arrastando, sem sucesso, para sair da cama. Lauren já estava acordada e pronta para tomar o café-da-manhã.

- Vai indo que eu te encontro lá embaixo - reuni minhas forças e consegui formular uma frase para Lauren.

- Até parece, Camila. Se eu te deixar ai você vai dormir o dia inteiro, sua peste - ela pegou meus pés e começou a me puxar da cama - Para de fazer força, eu sou mais forte.

- Então por que você ainda não conseguiu me fazer levantar?

Lauren agarrou meus tornozelos e deu um puxão forte que me faz cair do meu amado colchão. ''Meu'' não mas já havia criado laços muito fortes com ele e me considerava íntima.

- Vaca - xinguei Lauren e fui em direção ao banheiro para lavar o rosto e tentar dar um jeito na minha cara de sono. Demorei vinte minutos para sair de lá pronta e mais dez para escolher a roupa. Lauren só faltava me dar um murro, mas eu que estava pagando então ela não se sentia no direito de reclamar - Vamos descer logo.

- Ah, veja só quem está com pressa agora né - ela deu um sorriso sarcástico.

- Cala a boca- abri a porta e Lauren me seguiu para alcançar o elevador.

Ficamos imersas num silêncio desconfortável até que resolvi tirar algo a limpo - Acho que deveríamos falar sobre o que aconteceu no avião.

- Bom, eu não acho - ela me olhou com o semblante sério - Foi só um acaso.

- Eu não consideraria aquilo como um simples acaso. Aconteceu algo entre nós e você não admite - agora foi a minha vez de ficar séria. Isso iria estragar meu dia.

- Camila, eu não sou lésbica. Que parte você ainda não entendeu?

- Olha, se tivéssemos nos beijado apenas uma vez eu até cairia nessa. Já aconteceu, Lauren. Admita! - somente depois das palavras terem saído da minha boca eu vi as proporções que elas tinham tomado. Lauren estava bêbada quando nos beijamos pela primeira vez durante a festa de Natal, e por isso ela não fazia ideia do que tinha acontecido.

- Espere. Você disse ''apenas uma vez''? - ela me olhou com incredulidade. Antes de eu ter a chance de responder, as portas do elevador se abriram e eu corri para o restaurante, onde o café estava sendo servido. Sã e salva. Bem, não tão ''sã'' assim.

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Meu Deus, acho que nunca estive tão cheia na minha vida. Eu peguei uns cinco pratos com diversas coisas da mesa do café. Também com esses pratos pequenos de sobremesa não tem quem pegue só um. Estava tudo uma delícia: as frutas, os bolos, os pães, os sucos etc. Tinha uma estação com um cozinheiro preparando algo que se chamava "tapioca", parecia uma panqueca feita somente com uma farinha de cor branca própria para isso. Ele me disse que me ensinaria a fazer em algum dia da minha estadia aqui.

Já havia acabado com toda a comida que tinha posto no prato, e nada de Lauren aparecer. Quando saímos do elevador ela deve ter ido para outra direção e nem cheguei a perceber. Eu tinha que explicar o que aconteceu na festa de Natal logo, não era justo esconder isso dela.

Resolvi ir até o quarto pra conferir se ela estava lá. Fui pelas escadas pois estava sem paciência para ficar esperando o elevador. Abri a porta do quarto e... nada de Jauregui. Peguei meu celular e comecei a discar seu número já intolerante. Um toque, dois toques, cinco, sete, doze... "Sua chamada está sendo encaminhada para a caixa de mensagens e estará sujeita à cobrança após o sinal". Meu ótimo humor matinal me impediu de conseguir desligar a tempo. Perfeito, mais uma ligação paga.

Eu já estava começando a me preocupar seriamente com Lauren perambulando sozinha num lugar desconhecido. Tínhamos planejado de fazer as compras hoje e começar a visitar a cidade nos próximos dias, parece que serei só eu. Peguei minha bolsa e um par de óculos escuros e saí rumo à recepção. Em cima do balcão tinham três placas, cada uma tinha:

"Oi! Posso ajudá-lo?"; "¡Hola!¿ Puedo ayudarle?"; e "Hello! May I help you?".

Presumi que a primeira estivesse escrita em português, e como falava espanhol e inglês fluentemente sabia o significado das frases. Como não falava espanhol há muito tempo, resolvi me comunicar desse jeito.

- Hola. ¿Sabes si hay algún mercado aquí cerca?

"Bom dia. Você sabe se tem algum mercado aqui perto?"

- Sí, señora. Hay una tienda de comestibles en la esquina.

"Sim, senhora. Tem um mercadinho na esquina."

- Oh, muchas gracias. Que tengas un buen día.

"Ah, muito obrigada. Tenha um bom dia."

- ¡Buenos días!

"Bom dia!"

Até que eu não estava tão enferrujada assim. Saí do hotel e me deparei com um lindo dia de sol, quente, mais lindo. A praia estava a poucos metros de mim. Muitas pessoas caminhavam pelo calçadão e as ruas estavam abarrotadas de gente. Fui andando em direção à esquina, seguindo as instruções que o simpático recepcionista tinha me dado. O tal do mercadinho estava localizado há uns 150 metros do hotel, muito rápido mesmo a pé. Entrei no local e me senti bastante desnorteada, como eu iria me virar naquele lugar? Nunca tive que fazer compras com mais de cinco itens nos Estados Unidos, era só levar congelado e refrigerantes. Mas aqui? Eu não fazia a minuto ideia. Minha única salvação é português ser bem próximo do espanhol, como muitos dizem. Do contrário, eu teria que me virar na marra. Encontrei uma senhora que vestia uma blusa com o logo do mercado, ela deve ser atendente.

- Olá, señora. ¿Puedes me decir donde estas el iogurte? - perguntei tentando ser bem clara nas palavras com o meu ''portunhol''.

- Iogurte? - ela fez gestos que imitassem alguém tomando algo do pote, ficou muito engraçado.

- Sim, sim! - Graças a Deus aquela senhora entendeu o que eu quis dizer.

Ela me chamou com a mão e eu a segui até uma seção que estava escrito "Frios". Lá tinha uma grande variedade de coisas de geladeira: manteiga, iogurte, sabão... opa, sabão não. - Obrigada!

- Disponha - a senhora disse e foi embora, apesar de eu não ter entendido muito bem o que exatamente ela falou.

Peguei um iogurte de uma marca americana mas devolvi, já estava mais do que na hora de provar coisas típicas. Perambulei pelo local e quando acabei as compras tinha pegado galões d'Água, biscoitos, miojo, iogurtes e morangos; tudo isso era mais para comer no quarto mesmo. Paguei no caixa e fui direto para o hotel. Não poderia me dar o luxo de ir para outro lugar e acabar me perdendo.

Quando cheguei no quarto tudo continuava na mesma, sem a presença de Lauren Jauregui no recinto.

Eu não iria desperdiçar o resto do meu dia procurando por ela. Quem a convidou fui então se quiser sumir some, só não vai atrapalhar os meus programas.

Abri a mala e de lá puxei o primeiro biquíni que vi. Vesti as peças e um short jeans, calcei meus chinelos e saí rumo à piscina. Estava com o meu celular, assim Lauren não viria com desculpas de "Você não atendeu". Essa viagem já tinha começado a me dá nos nervos. Coloquei meus fones de ouvido e deixei tocar minha playlist do Spotify, prometendo a mim mesma que Lauren Jauregui não vai perturbar o meu juízo... pela milésima vez.

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E ai sociedade cor-de-rosa? Vim botar a cara no sol e atualizar isso que eu chamo de fic. Pra quem nao sabe eu escrevia no social spirit mas resolvi mudar pro wattpad a partir do ultimo cap. Eu nunca tinha atualizado aqui antes. A fic é um tanto quanto flop (((((mt)))) e eu nao posso me dar o luxo de atualizar. Gente se eu nao atualizar a cada uma semana podem me xingar la no tt > @allysofab MAS NAO TANTO PUFAVO

Queria agradecer pra tds que estao me ajudando com a divulgaçao da fic.

BJAO MELADAO

A EstagiáriaOnde histórias criam vida. Descubra agora