when you give it up to me - I

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Notas: bem-vindes a esta lucemond <3
Primeiro de tudo, usem fancast para o luke; aqui eu escrevi usando o Timothée Chalamet.
Tanto Luke quanto Aemond estão dois anos mais velhos (16 e 18 respectivamente).
Haverão mudanças de coisas do canon que ficarão óbvias com o passar dos caps.
Atualizações talvez sejam breves e será uma shortfic.

Boa leitura!

Aemond sempre pensou em Lucerys como uma pedra no caminho que já o fizera cair

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Aemond sempre pensou em Lucerys como uma pedra no caminho que já o fizera cair... e que agora precisava ser pisada, quebrada, retorcida. O ódio que acumulava por ele era maior que qualquer afeto que compartilharam durante a infância conturbada, desde aquele dia - quando perdeu um olho, mas ganhou Vhagar.

Lembra-se com riqueza de detalhes que no trágico dia agira como se estivesse tudo bem, como se fosse de fato uma troca justa cujos deuses novos e antigos o presentearam. Uma mentira, para acalmar o coração desamparado de sua mãe, que parecia tão amedrontada quanto ele, que fora quem realmente sofreu a facada diretamente em seu rosto por mãos que jamais havia manejado aço verdadeiro. As mãos de uma criança idiota.

O ódio era a chave, a garantia que um dia Lucerys Velaryon teria o que merecia; era por isso que, noite após noite, sua mente pensava no sobrinho, relembrava o rosto de quem sentiria sua vingança. Não perdia um dia sequer sem alimentar seus ressentimentos, sem olhar o rosto do garoto que crescia forte e sentir mais e mais raiva corroer seu corpo e mente.

Cada dia. Cada hora. Cada instante.

O rosto de Luke jamais saía da mente de Aemond Targaryen.

Por isso, nunca soube quando o remorso misturou-se com a sensação de imenso desamparo sempre que olhava para o rosto de Lucerys, da forma que fazia agora.

Era uma reunião de família - coisa que tornara-se extremamente incomum na casa Targaryen. Todos à mesa, sorrindo e brincando - céus, Aemond nunca sentiu tanta falsidade no mesmo cômodo.

Anos se passaram desde a última vez que vira os pretos, mas não qualquer um deles - Lucerys Velaryon. Mais velho e mais alto, e tão digno de seus olhares cortantes quanto em qualquer outro momento de suas vidas. A única coisa à mesa digna de sua atenção; Aemond olhava unicamente ele, e Lucerys não fraquejava o olhar, devolvendo não apenas com a mesma intensidade, mas com um quê de desdém e um sorriso ladino em seus lábios. Aquilo fazia a sensação crescente e desconhecida se alastrar.

Um veneno.

O efeito perdeu sua intensidade, no entanto, quando aquele riso desmedido veio do garoto assim que aquele maldito porco foi posto em sua frente - uma prenda do destino, que o deixara imensamente frustrado. O baque veio alto quando o ódio o abateu, fazendo-o agir antes de pensar e bater a taça na mesa e chamar toda atenção para si.

Tantos olhos em si. Olhou para sua mãe, para seu pai - não haveria brigas neste dia. Não vindos de seus punhos o primeiro ataque. Ele ergueu a taça:

Poison Blood - lucemond.Onde histórias criam vida. Descubra agora