Um mauricinho querendo ajudar Jung Hoseok.

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O dia amanheceu estranhamente calorento. "Estranhamente" porque era inverno e da mesma forma o sol fez questão de aparecer, iluminando toda a cidade de Seoul e fazendo o céu azulzinho brilhar, chamar a atenção por suas nuvens cheinhas e pelos passarinhos que hora ou outra voavam, cantando alegremente.

O asfalto da rua estava quente e sem sorte eram os carros que não tinham ar-condicionado, decerto esquentando os bancos – tanto os de couro, quanto os de pano – e fazendo os vidros ficarem abafados. Porém, este não era o caso de Kim Taehyung, que fez questão de levantar às dez horas da manhã de um sábado e ir correr na vizinhança para adquirir uma barriga mais saliente.

Trajando uma bermuda de tecido fino que ia até seus joelhos, uma camiseta regata preta e um tênis escuro com um design impecável, o Kim tinha para complementar um fone bluetooth nas orelhas e uma faixa laranja na testa, não deixando com que seus fios incrivelmente macios, suados e sedosos caíssem sobre seus olhos castanhos.

Olhando a rua, Taehyung fez uma faceta reprovadora quando a música que colocou para tocar anteriormente parou, dando lugar a um apito horrível e barulhento. Tirando o celular do porte de proteção de seu braço, o loiro notou que era uma ligação de seu melhor amigo, por isso parou de correr e arrumou o eletrônico melhor em suas mãos e atendeu a chamada, resmungando logo em seguida:

— O que você quer, Jimin-hyung?

Caralho, Taehyung, você não vai acreditar. — A voz do Park era sonolenta. Ele certamente tinha acabado de acordar.

— Fala logo. O que você fez?

Eu sonhei com o irmão do Hoseok. — Confessou. — Cara, ele era tão gostoso, tão... nossa, ele era sarado, acabei de lembrar.

— Jimin, vai se tratar. — Taehyung estava prestes a desligar o telefone, mas somente suspirou fundo e resolveu esperar o outro loiro terminar o que tinha para dizer.

É sério, ele tinha uma pegada muito boa. — Ele gargalhou, com a voz rouquinha. — Hum... que barulheira, onde você está?

— No parque.

— O quê? Por quê?

— Correndo. Está muito calor e em casa não tem nada para fazer. — Colocou ambas as mãos na cintura. — E você? Acordou agora?

Mais ou menos. Eu acordei, fiquei pensando e decidi te ligar. — respondeu. — Eu também estava pensando em nós dois indo para a casa de praia que comentei. Várias pessoas, homens, mulheres, bebidas. — disse. — Vai ser muito bom! Não vejo a hora das férias! Eu preciso de férias!

Taehyung riu.

— Beleza. Vem na praça perto da minha casa.

O quê?

— Vem logo, Jiminie.

Por quê? Eu não quero ir aí, não.

Taehyung ia retrucar algo, mas o Park lhe cortou, continuando a falar arrastado:

— Você já viu o Hoseok depois daquele dia? Que ele nos expulsou da casa dele? Eu fui procurar o irmão bonitão nas redes sociais e não achei nada. Só a página do Jung mesmo.

— Não, eu não vi. — disse, aparentemente cabisbaixo. Oras, somente tinha dito que queria casar com Hoseok e o mesmo lhe expulsou da casa. O que era aquilo? Um complô contra o pobre, adorável e humilde Kim Taehyung? Pelo menos, o próprio Kim pensava que era. — E com os testes de medicina tendo quase todos os dias, também não consegui procurá-lo na faculdade, porém sei que o universo irá me ajudar a vê-lo qualquer dia desses. Nossas almas estão ligadas e logo ele cai aos meus pés apaix-...

Universitário estranho.Onde histórias criam vida. Descubra agora