Um mauricinho querendo se declarar a Jung Hoseok.

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Os lábios de Taehyung eram bons.

Eles eram quentes e doces na maior parte do tempo, além de sempre esbanjarem muito carinho e cuidado, o que Hoseok ficou surpreso ao constatar. Afinal, ele nunca imaginou que o famoso Kim Taehyung pudesse beijar com tanto afeto, com tanta gentileza e delicadeza. O que estava errado? As pessoas não conheciam o rapaz por seus beijos amorosos, isso nunca tinha acontecido.

Mas Hoseok gostava da forma como tudo estava acontecendo. Ele gostava de ser tratado como Taehyung o estava tratando, ele gostava de como os beijos dele eram sempre lentos e sentimentais. Parecia estranho, mas Hoseok tinha se acostumado. Ele gostou do quão normal era beijar Taehyung mesmo o fazendo há poucos dias.

Ou seja, depois de voltar da viagem à praia, Hoseok não abriu mão de algumas coisas. Isto é, desde que puxou Taehyung para um beijo, nunca mais parou de fazê-lo. Sempre quando tinha uma oportunidade, beijava Taehyung. Mas as coisas nunca passaram disso — por mais que vez ou outra ocorresse a troca de algumas mãos bobas. Taehyung nunca deixou as coisas passarem disso. E Hoseok não buscou saber o porquê.

O dia amanheceu mais quente do que o de costume para aquele mês. Logo pela manhã, a faculdade era aberta enquanto o sol raiava pelo horizonte, assim seguindo de hora em hora até que os turnos e cursos fossem sendo finalizados. Por isso, a temperatura aumentou gradativamente conforme isso ocorria, fazendo com que todos optassem por ficar em uma das poucas áreas abertas do campus.

Hoseok e Taehyung estavam atrás de uma árvore, um enorme pé de manga de tronco extenso e comprido, e de largas folhas verdes. Eles estavam se beijando, não se importando de serem vistos mesmo que aquela árvore nada os escondesse.

Hoseok estava contra à árvore, com uma touca branca em seu cabelo ruivo e com as bochechas rosadas. Ele tocava os ombros de Taehyung enquanto o sentia acariciar a sua cintura, pressionando ambos os corpos ainda mais contra o tronco atrás deles. A sensação era boa, a quentura era boa.

Hoseok suspirou.

— Eu preciso buscar o Minho na escola... — sussurrou, ainda contra a boca de Taehyung. — Eu preciso ir, preciso...

— Você já vai — respondeu, guiando os lábios para o maxilar do outro, não deixando de mordiscá-lo e lambê-lo. Taehyung o chupou, e Hoseok permitiu, de olhos fechados. — Eu posso te levar... é longe?

— Não... — Suspirou. — Não precisa me levar, eu consigo ir sozinho.

Taehyung apertou a cintura de Hoseok, escondendo o rosto no pescoço dele. Hoseok cheirava bem, cheirava a um perfume novo, cítrico. Taehyung quis senti-lo mais um pouco, permanecendo naquela posição ao tempo em que os seus dedos ainda apertavam o quadril de outrem, sem força.

— Eu vou chamar o meu carro. Não vai demorar.

Hoseok assentiu, apertando a ponta dos dedos contra o ombro alheio.

— Eu vou fazer o almoço para os meninos depois que eu chegar em casa... você quer comer? Quer comer lá em casa?

Taehyung abraçou Hoseok.

— Sim, eu quero.

— Vai... — Hoseok suspirou pela última vez, afastando Taehyung e se escorando na árvore a fim de obter um apoio maior. Ele sentiu os seus lábios arderem e as suas bochechas aos poucos ficando cada vez mais quentes. Todos os estudantes do campus estavam olhando para a sua direção, principalmente SeokJin e NamJoon. — Vai, chama o seu motorista. Preciso buscar Minho em dez minutos. Ele vai... ele vai estar liberado em dez minutos...

— Tudo bem. — Lentamente, Taehyung se afastou um pouco mais, ainda segurando a cintura do outro com cuidado. Assim, tirou o celular do bolso e mandou uma curta mensagem para o seu motorista, pedindo para que ele chegasse o quanto antes. — Você está tão cheiroso...

Universitário estranho.Onde histórias criam vida. Descubra agora