Aviso: esse capítulo contém partes sensíveis como transfobia, luta, assédio e outros, pessoas que possam sofrer gatilhos com esse tipo de conteúdo favor não leia! Não quero ninguém triste nesse espaço. Você foi avisado. Os comentários são um espaço livre para pessoas trans e lgbtqia+ desabafarem e também um lugar seguro! Tá tudo bem e você não está sozinho! Caso alguma das coisas que acontecerem no capítulo já tenham acontecido com você não tenha medo e denuncie.
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Pov Arthemis.
Gabriela disse que é importante saímos de casa para eu me acostumar com barulhos altos, já estamos a 1 mês namorando e morando com minha mãe, voltaremos amanhã para são Paulo. Acabou que minha mãe e minha namorada viraram grandes amigas
Minha garota acha que eu não sei, mas as vezes eu a pego escutando podcasts e lendo livros sobre como lidar com pessoas autistas e respeitar seu espaço pessoal. Por mim tudo bem se isso deixa minha garota mais confortável, mas acho um desperdício de tempo ela querer me dar atenção e tratamento especial pra mim sempre me sentir confortável
Hoje ela decidiu que vamos em um barzinho pequeno, teria música ao vivo o que seria algo mais acústico ou seja sem eletrônica que machuca meus ouvidos e também seria um ambiente mais acolhedor por eu já ter passado em frente algumas vezes, ser perto de casa então daria para voltar a qualquer momento e o principal que é a falta de luzes fortes de boates o que não me daria dor de cabeça
Apenas fomos caminhando de mãos dadas até o bar, um silêncio reconfortante nos atingia, querendo ou não andar de mãos dadas com ela a noite em um tempo bom como hoje sempre seria perfeito
A temperatura era 21 graus, ou seja, nem frio e nem calor, dava para ver crianças ainda brincando na rua por mais que a lua já estivesse no céu, provavelmente levariam bronca mais tarde dos seus pais pela demora. Depois de uns 5 minutos de caminhada lenta aproveitando o tempo chegamos ao pub que estava até que consideravelmente cheio.
- hey... não esquece se você quiser ir pra casa é só pedir ok? - era a quinta vez que minha namorada falava isso pra mim me fazendo sorrir
- Se você continuar falando isso vou achar que quem quer ir embora é você e você não tá sabendo pedir! - falava brincando vendo Gabi sorrir
- Com licença o que vocês querem beber? - o Bartender pergunta sem nem disfarçar olhar o decote da minha mulher que retribui o olhar de maneira feia colocando a mão em cima da mesa segurando a minha deixando nossa aliança de namoro bem exposta, por algum motivo Gabriela sempre usava nossa aliança de namoro no dedo de aliança de noivado o que me deixava confusa, já até perguntei o porquê ela fazia isso, mas ela sempre ria e desconversava
- Pra mim pode ser um Jack Daniels com gelo e o que você que MINHA namorada? - Gabriela dizia possessiva o que apenas me fazia rir, o cara estava a fim dela e não de mim então não tinha motivos para cena a final eu confio nela cegamente.
- uhm... tem água? Com gelo e limão? Sem gás por favor... odeio coisas gaseificadas. - Dizia simples sorrindo sem entender a reação do homem e por que Gabriela parecia tão brava
- Sinto muito aqui a gente não vende água garoto! - o homem falava me deixando confusa, eu não estava parecendo um garoto... apenas retiro o sorriso no rosto vendo Gabi me abraçar de lado
- Esquece meu bem vamos curtir hoje ok? Tá tudo bem! Eu tô aqui! Ignora ele! - Gabriela dizia preocupada tentando me animar o que só me deixa mais confusa, ela tinha sua clássica feição de preocupação que usava quando algo muito errado de acordo com seus padrões acontecia
- Mas ele só não tem água! Tá tudo bem! - dizia calma fazendo carinho no rosto de Gabi que só me olha triste com lagrimas começando a se formar em seus olhos
- Eu vou no banheiro ok? Já volto! Me espera aqui! - ela dizia saindo me deixando sozinha
Estava tudo bem até eu me levantar, ela já estava demorando e eu me sentia meio sufocada, queria ir pra casa. Vou andando em direção ao banheiro até sentir um tapa estalado em minha bunda sendo prensada na parede em seguida
- ora ora ora o que temos aqui! Essa boquinha linda só fala ou também beija? - um homem que não conhecia dizia totalmente bêbado agarrando minha cintura fazendo meu coração disparar e bem quando eu ia gritar começando a ter uma crise ele tapa minha boca com uma de suas mãos me apertando - o que foi gatinha? Não quer sentir um homem não? Vai ser gostoso! Prometo que faço com carinho! - o homem que deveria ter por volta dos seus 24 anos e fedia a bebida barata de universitários falava encostando seu membro agora duro em minha calça fazendo movimentos, eu estava com tanto pânico que nem tinha reação não conseguindo me soltar por mais que eu fosse bem mais alta que ele
Apenas fecho meus olhos rezando pra acabar rápido até ver um vulto colorido passar na frente dos meus olhos agarrando o homem com tudo e o jogando no chão com uma força assustadora começando a socar e chutar seu rosto até que algum ser conseguisse de alguma maneira separar os dois
- ME SOLTA EU VOU MATAR EU VOU QUEBRAR CADA OSSINHO DESSE FILHO DA PUTA! ELE VAI DESEJAR NUNCA TER NASCIDO - Gritava uma voz familiar, apenas escuto a música parar e o preto atingir minha visão comigo desmaiando
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Acordo em uma sala parecida com a de interrogatório de filmes policiais sozinha, assim que desperto uma mulher estranha abre a porta adentrando a sala
- Onde eu tô? - pergunto ainda meio atordoada
- Na delegacia de polícia, sua noiva acabou agredindo um cara que saiu bem, bem ferido... a sorte de vocês é que o bar tinha câmeras que pegaram tudo acontecendo! Gostaria de saber se você gostaria de prestar queixa contra o seu agressor? Relaxe ok? Sua mulher não vai ser presa por pouco! O homem quase morreu!
- Que? Noiva? Ah... a Gabi não é minha noiva... ainda... mas eu não sei... posso pensar um pouco? Eu... nem sei o que aconteceu!
- Você tem uma semana para falar com advogados e se resolver! Vai ficar tudo bem ok? A sua namorada tá te esperando lá fora! Pode ir! - a mulher dizia e eu me levantava ainda tonta indo para a área de fora do interrogatório chegando à recepção e vendo Gabriela com as mãos bem machucadas assinando uns papeis, assim que ela percebe minha presença para tudo o que está fazendo correndo para me abraçar
- Meu amor você tá bem? Ele te machucou? Me desculpa eu não deveria ter te deixado sozinha! A gente nunca mais vai sair assim ok? Você me perdoa? - a garota dizia preocupada analisando meu rosto, apenas a abraço de volta
- é a segunda vez que você se apresenta como minha noiva... pode explicar isso senhora Gabriela? - dizia fingindo seriedade
- Se continuar reclamando vou passar a me apresentar como Gabriela Clair de Lune sua esposa! Só relaxa ok? Já vamos pra casa! - minha garota dizia fazendo carinho em meu cabelo voltando a assinar os papeis apenas me deixando para pensar, mas que porra tinha acontecido.
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Oi, gente capítulo, mais triste, mas vai melhorar ok? Votem se gostaram comentem o que acharam e até mais tarde!
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Akai-Ito [ Gabi Cattuzzo ]
Fiksi PenggemarA "Akai Ito" é uma lenda que diz que quando a pessoa é destinada a outra, ambas têm um laço vermelho que as ligam, no dedo mindinho. O laço pode embaraçar, emaranhar, mas ele nunca quebra. O laço não é visível a olho nu, mas está lá desde o momento...