Você e Eu eternamente (Edward e Jacob)

Capítulo 32

Pv Jacob

Examinei o vampiro que acabara de entrar na sala com um ar atordoado. Do que ele acabou de me chamar?

Nenhum som foi ouvido pelo que pareceu uma eternidade, Aro olhou curioso para o irmão, assim como Cauis, esperando por uma explicação como todos na sala.

- Marcus, do que você está falando? Aro de repente exclamou.

Este se afastou de mim para olhar seu irmão, um largo sorriso nos lábios.

- Você se lembra dessa missão na Rússia onde você me enviou para resolver um problema de lobos? Marcus perguntou retoricamente. Quando cheguei, descobri que o lobo em questão considerava um dos vampiros pertencentes ao clã como seu companheiro. Marcus se virou para mim novamente, suas feições desenhadas em admiração. O lobo e o vampiro estavam se vendo em segredo há meses, ele continuou suavemente. Até que os membros do clã os descobriram. O vampiro tentou implorar ao clã, explicando-lhes que não era importante que seu companheiro se transformasse em lobo, mas eles não deram ouvidos. O vampiro, Gregoruis afirmou que, enquanto ambos fossem deste mundo, não haveria como separá-los, então seu clã ameaçou matá-lo. Marcus ficou em silêncio por alguns segundos, visivelmente perdido em pensamentos, ele furtivamente fechou os olhos antes de voltar sua atenção para Aro. O lobo queria proteger sua companheira, então ofereceu sua vida ao clã, mas antes disso, jurou voltar com o mesmo disfarce. Ele previu que quando renascesse, iria acasalar com um vampiro novamente e dessa vez ele seria forte o suficiente, ninguém poderia separá-los... esse menino aqui parece exatamente com o Nashoba, não pode ser coincidência , não quando o vínculo entre ele e Edward é tão forte quanto entre Nashoba e Gregorius...

Pisquei, sem ter certeza de ter acompanhado a história que o velho vampiro acabara de contar. Ok, eu era um lobo, ok, eu estava cercado por vampiros... mas isso? O quê... profecia? O cara teria reencarnado em mim e eu ficaria igual a ele como duas gotas d'água? Isso não seria um pouco... rebuscado?

- Posso saber por que nunca ouvi falar? rosnou Aro, olhando de soslaio para seu irmão.

Marcus apenas sorriu antes de caminhar em minha direção, ele lentamente levantou a mão e acariciou minha bochecha enquanto eu permanecia atordoada, ainda prendendo a bruxa loira firmemente em meus braços. Eu não fiz nada para impedir seu gesto, ele era nostálgico e paternal, por outro lado, Edward rosnou tão alto que nos tirou do transe.

- Não acreditei muito, murmurou o velho vampiro sem prestar atenção na reação do meu companheiro, pensei que fosse apenas divagações de um homem arrasado e desesperado. Quando voltei para o castelo, afundei ainda mais na depressão, decidi não participar mais das missões. A morte de Didyme... então isso... foi demais para mim. Jamais poderei esquecer... Gregorius implorou por sua morte assim que o coração do lobo parou de bater, não pude recusar. Ninguém merece perecer quando seu único crime é amar...

Sem perceber logo, soltei o corpo mutilado da bruxa loira, chocada com o que acabara de ouvir e imediatamente senti Edward pegar minha mão para me consolar. Eu não pude deixar de me perguntar o que teria acontecido se os Cullens tivessem reagido da mesma forma, se eles preferissem ver Edward morto do que comigo. E isso me trouxe de volta para como minha matilha, minha família, meus amigos me deserdaram como se eu tivesse me tornado algum tipo de doença contagiosa. Marcus estava certo, ninguém merecia tal fim, não por amar. O rosnado agudo de Edward me trouxe de volta à realidade. Virei minha cabeça para vê-lo olhando para Marcus.

- Você não tem com o que se preocupar, Edward, ele o tranquilizou divertido com seu comportamento possessivo. Estou simplesmente maravilhada, nostálgica e com um pouco de inveja... é um vínculo muito forte que vocês tem aí...