Como Trair o Meu Marido | CONTO ERÓTICO

Capítulo 3

Definitivamente eu não estava seguindo o roteiro de uma mulher traída.

Era suposto ficar deprimida, chorar até desidratar, me sentir menos atraente, me perguntar onde errei.

Talvez eu estaria mesmo, se não fosse pelo fato de estar sendo traída com uma amiga e ter me encontrado com Russell num bar no dia da descoberta e sentir tudo aquilo que senti vulgo, tesão pelo amigo do meu marido.

Ao invés de lamentar, eu estava fazendo compras e planejando dormir com todos os amigos de Jeff.

Sim, eu estava sendo uma filha da puta.

Mal não se paga com mal.

Que se foda! A minha vida não é a porra da Disneylândia e eu não ia deixar qualquer filho da puta entrar nela e brincar como bem entendesse. Se há uma coisa que eu detesto é perder tempo e Jeff me fez perder o meu. E ele pagaria por isso.

Eu daria o troco. Estava ansiosa por isso.

Além de roupas e sapatos, comprei lingeries de cores e tamanhos diferentes.

Saí da loja carregando as sacolas - que não eram poucas - e parei de caminhar quando ouvi meu nome ser chamado.

- Robert?!

- Mia, querida. Como você está? - perguntou se aproximando, deixando dois beijos no meu rosto e o perfume invadir minhas narinas.

- Bem... O que faz aqui? - perguntei genuinamente surpresa, não esperava ver o pai da América pela cidade.

- Vim a trabalho, está decorrendo uma conferência e vou ficar por dois dias. Deixe-me ajudá-la com as sacolas. - se ofereceu.

Sorri agradecida, entreguei algumas sacolas para ele e fomos caminhando até o estacionamento. Falamos cordialidades, perguntei por sua esposa e sorri falso quando perguntou sobre o meu casamento dizendo que eu e Jeff estávamos bem. Robert comentou que queria ver sua filha mas a mesma estava numa viagem à trabalho.

O trabalho de cavalgar no pau do meu marido. - pensei.

Apenas sorri e concordei sem comentar muita coisa, caminhamos até ao meu carro e ele me ajudou a guardar as sacolas.

Enquanto comentava sobre como quase perdeu a mala no aeroporto, eu o observei na minha frente.

Robert rondava nos 50 anos, era um homem bonito, charmoso, cavalheiro, educado, estava sempre muito bem apresentado e elegante, cheiroso e estava em forma, não se deixava levar pela idade. Seus olhos azuis eram convidativos, os cabelos grisalhos mesclados com os fios escuros davam um check no visual coroa gostoso.

Foi então que uma ideia surgiu na minha mente. Podia sentir um demônio plantando a sementinha no meio dos meus neurônios.

- Já que não vai poder estar com América, o que acha de jantar lá em casa esta noite Robert? Assim aproveita para conhecer a minha casa e eu retribuo o seu gesto - falei apontando para as sacolas.

- Claro que aceito minha querida, só tinha planos de ficar no hotel bebendo meu vinho. Será um prazer.

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Meu vestido era de cetim, alças finas, decote generoso, apertado na cintura e mais solto até ao joelho, nas costas tinha fitas finas reguladoras que estavam cruzadas, tinha também uma racha que ia até ao meio da minha coxa.

Fiz um coque bonito deixando meu pescoço e nuca expostos, passei um perfume doce e a sandália era de fitas transparentes.

Estava ajeitando o gloss nude quando ouvi a campainha. No caminho até a porta dei uma boa olhada na mesa posta e ao redor pra ver se não faltava nada antes de abrir a porta.