Era 1983, o mundo inteiro estava vendo um poderoso conflito entre as duas maiores potências mundiais: EUA e URSS, mísseis eram vistos nos céus, a escuridão tomava conta das nuvens, e o horror se instalava. Brasil foi afetado assim como todo o mundo, as cidades, ruas, e florestas, sentiam pela primeira vez o poder irresponsável que o homem tinha naquele dia.
Os sobreviventes vendo sua derrota, juntaram suas forças e passaram a viver em uma área cuja a radiação não chegava, tal área se tornou uma vila entre os moradores. Ali, não havia ambições, não havia brigas e não havia segredos, tudo era preciso para garantir a segurança e saúde de todos. Os anos se passavam e eles notaram o que o mundo se transformará, um lugar cheio de criaturas deformadas, doenças e muita maldade. Os homens mais inteligentes, aos quinze anos, deveriam sair a uma missão, tal missão era buscar recursos ou conhecimento para a vila.
"Mas a guerra acabou pelo menos" tais palavras se repetiam conforme os anos se passavam, mas talvez não seja verídico.
A vila era humilde e pequena, mas os moradores eram modestos e esperançosos, porém o medo reinava. As crianças desde cedo são ensinadas sobre como eles ficaram naquela situação, os idosos contavam histórias, os pais protegiam, e as mães aconselhavam. E isso se repetia de geração em geração, até o ano de 2022, quando Rubens Aquirre fez quinze anos.
Rubens nasceu sem conhecer a tecnologia moderna, no período onde qualquer bebê podia nascer com doenças e morrer cedo, mas ele foi forte e resistiu a uma forte epidemia. Mas o que chamava a atenção da vila, era seu enorme intelecto, e isso foi o bastante para sua saída.
Havia terminado de comer um pão que sua mãe havia lhe preparado, o que a mesma estava chorando e não soltava os braços de seu filho.
– Rubens meu filho... não vá.
Dizia ela no choro, seu pai, por sua vez conseguia separar sua esposa.
– Querida, ele é forte e inteligente, ele vai ficar bem. Não é filho?
– Eu... espero que sim, pai. Mãe, não chore, vou ficar bem.
Ele não tinha certeza, morrer ou não morrer, não eram algo para temer. Seu rosto magro sorria enquanto alisava a bochecha de sua mãe.
– Preciso ir, prometo voltar com uma resposta e inovação, tenho fé que o mundo pode propor mais que uma simples vida.
Seu rosto era de empolgação, sua mãe logo se acalmava. Ele era filho único, é uma dor ver seu filho indo embora tão cedo. Ele ajeitava seu paletó e pegava sua bolsa de couro, onde havia uma garrafa de água, algumas mudas de roupas, bandage de curativos, e por fim, uma pistola Colt.Na saída, havia algumas pessoas se despedindo, umas estavam chorando, e outras olhando com honra, ele acenava para seus pais e saia daquela pequena vila. Claro, ele estava ansioso e com medo, a saudade logo o penetrava, e a vontade de ficar em sua casa aumentava, mas era tarde demais.
Era 13h01, ele tinha poucas horas para procurar uma cidade e se hospedar. Ele precisava ser forte, erguia a cabeça, enxugava suas lágrimas, e continuava sua jornada, com a pistola em sua cintura.
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A Guerrra Acabou?
Science FictionRubens sempre soube que nunca seria fácil seguir a tradição de sua vila: de todo homem aos quinze anos, deveria sair do conforto de sua casa para seguir em rumo ao mundo em busca de seu sonho, isso é, se tal homem for forte. Mas será que o mundo ser...