A eleição

17 1 0
                                    

 Trinta e três anos se passaram desde o casamento do casal Saboya Elizalde. Eles tiveram 3 filhos, o primogênito era o nosso Líder da Fundação Cadmus, o segundo filho nasceu 4 anos depois do nascimento de Augusto Henrique, e se chamava Caio. Já o terceiro nasceu 3 anos depois de Caio e se chamava Lucas. A família Saboya Elizalde viveu feliz por 16 anos, Catarina se tornou uma advogada de prestigio em São Paulo, Eugenio se tornou desembargador federal e atuou em grandes operações que repercutiram em todo o país. Eles colocaram os filhos nos colégios do estado, e eles cresceram com os filhos das mais tradicionais famílias de São Paulo. Mesmo crescendo nessa atmosfera de riqueza e poder, você poderia pensar que eles se tornaram arrogantes ou esnobes, mas não. Como nós já soubemos no capitulo anterior, os pais dos irmãos Saboya Elizalde, tinham plena consciência de seu status e do papel que eles deveriam ocupar em uma sociedade tão desigual. Eles souberam educar de maneira em que se tornassem pessoas com humildade, e que se relacionassem com todas as pessoas. Independentemente da classe social, cor da pele, ou religião. E eles cumpriram essa missão com bastante êxito. 

 Infelizmente o casal terminou de maneira trágica, morreram em um acidente de carro quando Henrique tinha 16 anos. Isso deixou marcas profundas em Henrique e seus irmãos, ao ponto que se recuperarem da perda depois de 2 anos de luto. No período em que Henrique ainda não tinha completado 18 anos, os 3 irmãos foram criados por tutores, designados pela justiça. Os tios sempre os visitavam junto de seus filhos, e Henrique começava a trilhar o caminho da mãe, se interessando cada vez mais por politica. Os pais dos irmãos fundaram uma instituição antes de morrer chamada Instituto Gioventù, que abrigava e cuidava de jovens órfãos, deixados desde bebês no instituto. A sede da instituição era uma mansão localizada na zona sul de São Paulo, e atendia 500 rapazes. Nesse instituto os irmãos Saboya fizeram muitos amigos, alguns dos quais seriam pra vida inteira. Henrique agora tinha 26 anos e conseguira um cargo na diretoria da Fundação Cadmus, a prestigiosa Fundação que governava o sudeste do Brasil há 90 anos. Henrique passou o concurso assumiu o cargo de diretor de publicidade e propaganda e trabalhou nessa posição por 7 anos. Até que o velho chanceler que governava a fundação morreu, e um novo chanceler deveria ser eleito. Antes de entrar para a fundação, Henrique desde a adolescência vinha estudando tudo a respeito da fundação, seu estatutos, suas leis, seus cargos. Até o dia em que entrou para a organização. Internamente os membros da fundação chamavam a entidade apenas de Cadmus. O processo para a escolha do chanceler consistia em uma ampla votação entre todos os membros do Cadmus, em toda a região sudeste. Dessa votação os nome dos três mais votados seriam colocados em uma lista tríplice e dessa lista o Alto Chanceler em Brasília, deveria escolher o novo líder para a organização. Para se candidatar ao cargo de chanceler cada membro deveria ter que apresentar notável conhecimento em geografia e historia, além de conhecimento da constituição federal e dos estatutos e protocolos internos da entidade.

 Além disso, os candidatos a chanceler, deveriam passar por uma sabatina na Assembleia regional e no senado, para serem aprovados para assim iniciar-se a votação da lista tríplice e a escolha do Alto Chanceler para o novo líder do Cadmus. Henrique se lançou candidato com apoio do seu departamento, e de metade do conselho administrativo da Fundação Cadmus. Ao longo dos 7 anos em que trabalhou na instituição Henrique de Saboya foi construindo seu caminho rumo ao topo. Se mostrara um excelente executivo sabendo administrar muito bem a imagem da fundação junto a opinião publica, buscou trabalhar principalmente nas metrópoles da região. Seu trabalho se constituiu na ampliação da divulgação de obras e ações importantes do Cadmus em basicamente todas as mídias de comunicação em massa. Isso incluía TV, radio, jornais digitais, redes sociais e também investiu para além do campo da internet, investindo em outdoors 3D, cartazes eletrônicos, além de revistas eletrônicas. Ele defendia um amplo programa de modernização da fundação com a modernização das maquinas utilizando a tecnologia da hiperautomação e inteligência artificial que em 2110 já eram amplamente utilizados pela população, mas no Cadmus essas tecnologias não eram utilizadas em sua plenitude devido a grupos conservadores dentro da instituição, representados em sua figura máxima pelo chanceler Alberto Siqueira, que havia morrido e com a sua morte a hegemonia dos conservadores sobre o Cadmus estava ameaçada. Além das propostas sobre a modernização do maquinário, ele também defendia um novo modelo de segurança para os dados do Cadmus. O modelo consistia no aprimoramento dos métodos já utilizados desde o inicio do século XXI, e que foram se transformando e evoluindo até o inicio do século XXII. Ações como segurança de dados, planejamento de arquitetura, segurança de rede, segurança de aplicativos, recuperação de desastres, etc., deveriam alcançar um novo estagio de evolução, que deveria ser guiado por princípios como; segurança de dados, planejamento de arquitetura, segurança de rede, segurança de aplicativos, recuperação de desastres, etc. Trabalhos de segurança cibernética típico que esperam habilidades em conceitos forenses, ferramentas de teste e solução de problemas, cripto-algoritmos, entre outros. Estes também deveriam ser reformados e evoluídos.

Além de tudo isso Henrique ainda esperava atualizar o código interno do Cadmus na área social, politica e cultural. Para o sudeste defendia um governo austero na economia mas sem esquecer o amparo aos mais pobres, defendia também um grande plano de infraestrutura e programas de redistribuição de renda aos mais miseráveis e pobres da sociedade. Também almejava criar cursos de capacitação a essas pessoas garantindo a elas ter sua independência financeira. Também era um defensor da cultura, educação, esporte e direitos humanos. Todo esse programa amplo de reformas agradou os membros jovens do Cadmus, também agradou aos membros da diretoria (em sua maioria) cansados de receber reclamações de excesso de trabalho, excesso de burocracia e demora nos processos.  No entanto os grupos mais "tradicionais"  também tinham força dentro da Fundação.. E poderiam representar uma pedra no caminho do nosso futuro chanceler.   









Poder  e romance; Um conto futuristaOnde histórias criam vida. Descubra agora