O encontro

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 Henrique havia marcado um encontro com Gustavo para o final da semana, estava ansioso para descobrir como tudo se desenrolaria. Conforme o combinado, o encontro deveria ser formal, deveria ser um reunião amigável entre rivais. O dia do encontro chegou, o lugar em que se reuniriam era um famoso restaurante da zona sul de São Paulo, um dos mais tradicionais da cidade, para se falar a verdade. Gustavo chegou primeiro, estava tão ansioso quanto Henrique. Internamente, Gustavo guardava sentimentos estranhos dentro de si desde que havia visto Henrique pela primeira vez. Considerava seu rival um homem muito bonito, achava ainda que ele era extremamente atraente. Henrique era um homem alto, pele branca em um tom oliva, cabelos castanhos, quase pretos, e olhos também castanhos. Tinha um corpo assimétrico, com músculos bem distribuídos pelos braços, abdômen, e pernas. O encontro havia sido marcado há algumas semanas e os dois estavam ansiosos para aquele compromisso. Henrique chegou ao restaurante, passou pela recepção e quando foi até as mesas, viu que Gustavo já havia chegado. Os dois sentaram-se e começaram a conversar; "Peço desculpas pela demora, o transito de São Paulo á essa hora é infernal" Henrique se justificou. "Não há pelo o que se desculpar, eu entendo, estou acostumado com as ruas de São Paulo desde criança" A conversa foi se desenrolando noite afora, e os dois foram se conhecendo de forma melhor um com o outro. Os dois tinham vivencias diferentes, isso era verdade. Enquanto Henrique nascera em uma das famílias mais ricas e tradicionais de São Paulo, Gustavo era de uma família de classe média cujo os país haviam se mudado do Rio de Janeiro para São Paulo quando ele tinha apenas 4 anos de idade. Já a família de Henrique sempre fora de São Paulo, ele tinha alguns parentes no Rio de janeiro, o seu pai havia morado anos no estado carioca. "Então seu pai já morou no Rio?" Gustavo perguntou, ao que Henrique respondeu;  "Morou por vários anos com um tio, durante a sua juventude, mas foi pressionado pelo meu avô para que voltasse para São Paulo. Ele queria que meu pai assumisse os negócios da família, mas ele tinha outra vocação: o direito."

  Gustavo se interessou pela história familiar de Henrique, e também contou um pouco da história da sua própria família; "Meu pai era um professor universitário da UFRJ, durante a sua juventude ele descobriu sua paixão e vocação: história. Adorava as aulas de história em sua época escolar, e decidiu que essa seria sua carreira. Conheceu minha mãe na faculdade, ela era estudante de pedagogia, os dois começaram a conversar, se tornaram amigos e logo depois apaixonaram-se, se casando alguns anos depois." Henrique viu na história de Gustavo a própria historia dos país dele. "Meus país também trabalhavam na mesma área, meu pai era juiz e minha mãe era advogada, antes de morrer ela comandou o escritório de advocacia da minha família por vários anos."

 O jantar durou horas, os dois foram descobrindo juntos que tinham mais coisas em comum do que podiam imaginar. Se tornaram amigos naquela noite e fizeram  a promessa de que independentemente de quem vencesse as eleições para a Fundação Cadmus, não permitiriam que o resultado traria fim a amizade.

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