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— Aham... Olha papo reto, acho que isso é uma tremenda loucura. — Bang Chan murmurou. — Já te avisei que não podemos nos falar, Sophia.

Christopher se balançava de modo inquieto na cadeira giratória, desde que havia voltado da mini viagem com Seungmin a mesma passou a ligar para si sem parar, ótimo, tombo atrás de tombo e queda atrás de queda. Qual a próxima merda? Sinceramente, não quero nem saber.

Simplesmente Sophia ligou e disse: “O que acha de fazermos assim, fingimos que voltamos e tiramos você dessa furada de que está namorando um cara”.

Segundo ela, Bang Chan está odiando estar nas páginas de fofoca e os assuntos serem apenas o filme e a suposta relação com Sophia, sério! Qual o problema dela? O que ela toma para ser tão doida assim? Bang Chan não está odiando nada — muito menos seus fãs, que parecem apoiar bastante até.

— Me. Deixa. Em. Paz! — finalizou a chamada e jogou o celular na cama, passando as mãos pelo rosto e suspirando. — Oi, Deus... Sou eu de novo!

Resmungou e se levantou, descendo as escadas e vendo o silêncio que a mesma se encontrava, Minho saiu para treinar no campo para o próximo jogo, Jisung está trabalhando e Bang Chan? Sem gravações pois os preparativos para o Oscar estavam chegando.

Seungmin... — sorriu besta ao pensar no nome do garoto e se levantou, pegando as chaves do carro e calçando o sapato, indo para seu carro.

Nada lhe impede de ir visitar seu amigo.

Assim que havia chegado na casa do Kim, bateu na porta e olhou em volta, sabia que era um condomínio privado, mas nada do que observar mesmo assim, costume já, sempre vai ter um paparazzi em algum lugar. Sua feição de preocupação passou assim que a porta foi aberta e seu sorriso pequeno apareceu, era Felix.

— Oi, Fefe! O Seungmin está? — tentou olhar por cima do ombro do mesmo.

— Oi, Chan! Pra sua sorte ele está sim, pode ir lá pra cima. — Felix deu espaço para o mesmo entrar.

Bang Chan nunca havia entrado na casa do Kim, apenas visto de relance quando foram pra cidade vizinha buscar algumas coisas na casa do mesmo. Seguiu pela escada e viu a porta grande aberta, olhou e viu que era o quarto do mesmo, entrou com cuidado e estranhou não ver o mesmo lá. O som das cortinas balançando era de algo calmo, assim como a porta da varanda aberta.

Sorriu contagiado com o jeito que o quarto do garoto era, era algo que passava a vibe de “Kim Seungmin”, olhou um porta retrato em sua cômoda, Seungmin e Felix, um beijava a bochecha do outro.

— Ata, né. — bufou baixinho e abaixou o porta retrato.

— Ele é só meu amigo, cabeção.

Chan pulou de leve ao que a voz um pouco grossa invadiu seus ouvidos, vendo Seungmin encostado na porta da sacada e lhe olhando, com aqueles olhos brilhosos que sempre brilhavam ao lhe ver e a boca rosada pela sua mania de passar batom claro nos lábios, isso lhe deixava doido para lhe beijar.

Bang Chan riu sem graça e caminhou até o mesmo, segurando sua cintura e lhe beijando de forma calma, mas depois ficando afoito e com algo estampado saudades.

— Fiquei com saudades. — murmurou o Bang, colando as testas.

— A gente se viu não faz nem um dia, boboca. — riu baixo e acariciou os fios encaracolados do mais velho, lhe beijando mais uma vez.

— Tanto faz, agora estou proíbido de sentir saudades?! — fez um beiço e uma cara de cão perdido, recebendo um tapa no peito.

Seungmin se afastou e andou para a sacada, se sentando no banquinho onde estava seu cavalete de pintura.

— Isso é eu?! — Bang Chan disse com um ar de surpresa ao ver a pintura que Seungmin havia feito. — Porra, Seungmin! Isso está perfeito.

— Exagerado. — murmurou e sentiu as bochechas esquentarem.

Bang Chan beijou a bochecha avermelhada do mesmo e sorriu, olhando para a pintura bem feita e detalhada, onde tinha um retrato seu sorrindo e com um fundo cheio de cores diversas e chamativas.

Bang Chan se sentou no sofá atrás de Seungmin, os dois em silêncio, nada demais, Seungmin terminava a pintura e Bang Chan apenas lhe observava, até que o Kim se virou para si e lhe olhou, suspirando.

— Você já tem certeza do que quer?

— Como assim?

— Você quer se assumir algum dia? Para a mídia... Para eles.

Bang Chan sentiu o coração disparar, seus olhos travando em algum lugar aleatório, talvez nas árvores do condomínio, que balançavam com calma, depois nos fios castanhos de Seungmin, um pouco ondulados agora que estavam naturais.

Assumir? Para eles

— Não... Eu não sei, Seungmin. Isso tudo é novo demais, tenho medo do que vão achar, do que os fãs vão dizer...

— Eu não quero te forçar a nada, mas eu também quero me assumir para eles, mas eu... Eu acho que te amo mais que tudo, Chan. — mordeu os lábios. — Eu quero viver com você até o fim dos tempos, eu quero te beijar todos os dias, andar de mãos dadas com você, sem me preocupar com a mídia ou com os outros! Mas preciso saber sobre você... O que você quer?!

O quê eu quero?

— Eu não sei... Eu nunca pensei nisso, Minnie. — apertou os dedos grossos, sentindo a respiração falhar. — Eu também sinto o mesmo por você, eu sinto que me descobri finalmente, que me liberei de algo que eu estava fingindo não existir dentro de mim, mas não acho que estou pronto.

— Eu não quero te forçar a nada, muito menos a se assumir, você quem tem que fazer isso, eu apenas quero que você tenha certeza do que quer! Eu não quero... Criar expectativas e me foder.

Se foder?

— Olha, o que for melhor para você está perfeito! Sua felicidade é a minha, por tanto que estejamos juntos eu já–

— Não é só a minha felicidade, Christopher, é a sua também, não pense só em mim, é nós dois nisso! — Seungmin se levantou, engolindo em seco.

— Tudo bem. — se levantou, olhando o mesmo. — Eu vou pensar, eu prometo.

Sem falarem mais nada, Bang Chan saiu da casa de Seungmin, angustiado e pensativo demais. Enquanto Seungmin lhe observava sair do condomínio, se afastou da sacada e suspirou, sentindo os olhos arderem e as lágrimas descerem, estava triste demais para se pagar de durão.

eu adoro um barraco, eu adoro ver o povo brasileiro sofrer

𝗃𝗎𝗌𝗍 𝖺𝖼𝗍𝗂𝗇𝗀 ( 𝗰𝗵𝗮𝗻𝗺𝗶𝗻 ! )Onde histórias criam vida. Descubra agora