Capítulo 6 - "Eu tenho uma proposta"

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Eu sei que isso não vai acontecer de novo
Mas se acontecesse de novo
Eu sei que seria sua fraqueza
Porque a noite passada foi
Algo que não consigo explicar
Nós mandamos ver, sem parar
Você em cima de mim, eu em cima de você
Você deixou o meu corpo quente como o inferno
Mas deixou o meu coração frio como o inverno
Eu durmo sonhando com você

(...)
Quem vai apagar essa noite?
Você me beijou e eu perdi a pose
Sem muito papo, sem muita enrolação
(...)
Você e eu juntos, construindo um império
Os seus olhos escondem um mistério
Mas no fim das contas, nada do que tivemos foi sério

(...)
Meu bem, entre nós dois não há competição
Quando perguntam, ele diz: Ela quebra todos os recordes
E já aconteceu de eu ser iludida
E já aconteceu de eu ser abandonada
E já aconteceu de não ter ninguém ao meu lado

-La noche de anoche
Rosalía e Bad Bunny

Acordo com o despertador enlouquecido do meu lado

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Acordo com o despertador enlouquecido do meu lado.

Há quanto tempo ele está tocando?

Desligo e verifico a hora. 28 minutos atrasada. Péssimo Eda Yildiz, péssimo.

Ai!! — Grito quando me sento na cama. Estou dolorida, ainda.

Maldito seja Serkan Bolat e seu sexo maravilhoso.

Tomo um banho rápido, não tenho tempo para minha corrida matinal com Delulu hoje. E acho que minhas pernas não aguentariam tanto esforço físico.

Droga, não tenho tempo nem para comprar um café.

Em frente ao closet com a toalha presa no corpo, escolho uma roupa casual, rápida de vestir, uma calça cintura alta, uma camisa branca e minha jaqueta preta. Não tenho tempo de me maquiar, passo apenas um batom vermelho-sangue nos lábios e calço minhas botas de cano curto e salto alto.

Pronta para matar em 15 minutos. Uau.

Quando chego na empresa Ceren está me esperando no saguão. Mas ao invés de me cumprimentar ela encara a minha boca.

—Quem é a vítima da vez? — Ela nota astutamente o batom.

—Você me conhece tão bem, Cece.

—Me conte uma novidade. — Ela diz rindo. — Mas não fuja da minha pergunta. Quem é a sua vítima? Esse batom não é qualquer batom, é o seu vermelho que diz "meu nome é Eda Yildiz, me ame ou caia fora".

—Ninguém em especial... — digo vagamente.

—Eda?

—O que?

—Com quem você foi pra casa ontem à noite? — Eu congelo por meio segundo, mas depois lembro que não tem como ela saber.

—Sozinha... quer dizer com meu motorista, você sabe...

—Então porque eu tenho o seu prêmio na minha sala? — Ela para de andar e cruza os braços sobre o peito.

—Ah você guardou pra mim? — Pergunto aliviada.

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