O Porteiro Doga ( Parte 2 ) - 25

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Ele nasceu em uma pequena vila na província de Donati do Reino Asura.

Ele era um pouco lento e tratado como um capanga pelas outras crianças.
Mas seu corpo era forte e ele nunca ficou doente.

Seu pai era um soldado que protegia a aldeia e passava a maior parte de seus dias fora.
Como havia poucos soldados, ele não tinha muitos dias de folga e acabava passando a maioria das noites fora de casa.

Quando o menino tinha cerca de 5 anos, nasceu sua irmãzinha.
Ela era uma menina doce como sua mãe.
Mas a mãe teve dificuldade em se recuperar do parto e ouvi varias complicações e isso fez ela falece depois.

O menino chorou.
Ele foi atingido por seus amigos e foi picado por uma abelha, mas o menino estupefato continuou a chorar.
O pai do menino choroso disse a ele:

“Agora você pode chorar, mas quando parar, você tem que proteger essa menina”.

Segurando sua irmãzinha, o menino olhou para o pai e acenou com a cabeça várias vezes.
E naquele dia, o menino parou de chorar.

No dia seguinte, o menino começou a praticar fielmente para cumprir a ordem de seu pai.
O comando para proteger sua irmã.

Para proteger sua irmã, ele começou a guardar a entrada de sua casa.
O dia inteiro, segurando uma machadinha que encontrou no canto da casa, ele ficou na entrada.
Somente quando sua irmã chorou ele deixou seu posto, a fim de confortá-la.

Vendo sua figura, seu amigo riu.
"O que diabos você está fazendo?" ele disse.
"Você pode apenas assistir daí de fora", disse ele.

Os adultos da aldeia disseram a ele:
“Se você quiser, pode deixar sua irmã para nós”.
“Já há muitas crianças em nossa casa, então mais uma não fará diferença.”

Mas o menino se recusou firmemente a ouvi-lo.
Ele os ensinou a cuidar dela, mas não confiava sua irmã a mais ninguém.

Um dia.
Um incidente ocorreu na aldeia.
No meio da noite, algo entrou no celeiro e devastou o gado.

Pelo tamanho das pegadas foi considerado um lobo.
Soldados corriam dizendo aos aldeões para ficarem dentro de casa e trancarem as portas.

No dia seguinte....
Uma única casa havia sido atacada.
O lobo entrou sabe-se lá por onde, arrancou instantaneamente a cabeça de uma criança e escapou por uma janela.
Ao acordar, sem saber o que havia acontecido, a família simplesmente correu atrás do rastro de sangue.
E na periferia da cidade, encontrando roupas de criança em uma poça de sangue, enlouqueceram.

Esses dois incidentes fizeram os soldados perceberem que estavam errados em seu julgamento.
Não era um lobo que estava escondido na aldeia, mas uma besta mágica.
Era apenas do tamanho de um lobo normal, mas era uma besta mágica astuta.

O perpetrador era uma fera mágica.
A cabeça e as patas traseiras eram de um lobo.
Mas do ombro para baixo era de um macaco. Podia andar sobre duas pernas e subir em árvores.
Era apenas do tamanho de um cachorro grande.
Mas sua cabeça era estranhamente grande em comparação com seu corpo.
E aquela cabeça lhe dava inteligência.
Era uma fera mágica mutante.

A fera mágica que se perguntava qual seria o sabor dos humanos, estava à espreita nos campos de trigo como se ridicularizando os aldeões assustados, procurando seu próximo alvo.

Mas os adultos não voltaram ao campo naquele dia.
O lobo os perseguiu, mas procurou no lugar errado.
O que restou na casa foram duas crianças.

A besta mágica, lambendo os lábios, usou seus braços de macaco para escalar a chaminé, descendo até a lareira.

No dia seguinte....
O pai do menino que havia encerrado o patrulhamento viu um rastro de sangue saindo de sua própria casa.
“Isto não pode ser,” ele pensou com o rosto pálido enquanto corria para dentro de casa. Ele logo encontrou o cadáver cruel da figura deixada para trás.

Era o cadáver da besta mágica.
O cadáver da besta com a cabeça aberta.

E entre o cadáver e sua filha estava seu filho, imponente, segurando sua machadinha.

Ele podia ver que a besta estava morta.
O menino estava coberto de sangue e seu braço estava quebrado.
Mas isso era tudo.

A besta mágica era pequena, mas parecia um lobo.
Era mil vezes maior que o menino.
E, apesar disso, o menino a espancou até morte com sua machadinha cega.

Ele havia protegido sua irmã. Como prometeu pro seu pai.

Essa foi a primeira batalha do menino — que mais tarde se tornaria conhecido como Doga - O Imperador do Norte.

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