S/n Shuuzenji (on)
Aconchegada em seus braços, no carinho de suas mãos.
_ Ah, era disso que eu estava falando. Desse tipo de cuidado...falou o moreno_ Precisamos conversar, quebrei o clima
_Ah não, resmungou
_Não, não! Você já adiou muito nossa conversa... murmurei
_Ok, o que quer falar? Hum? Questionou sentando na cama
_Dabi, eu acho que a gente tem que parar com isso
_Isso? Isso o que? Perguntou exaltando que já não estava gostando do assunto
_Isso tudo, a gente.
_Parar? Para cima de mim, S/n! Você não quer isso realmente, eu vi isso agora... falou apontando para cima da cama onde estávamos e nos amamos
_É sério, isso ainda vai causar problemas para ambos de nós! Para você nem tanto, mas ainda assim...
_Eu sei, você quer ser igual a eles. Uma heroína! Insinuou de forma debochada
_Não confunda as coisas! Sei o que está pensando, e nem todos são iguais ao seu pai! Soltei, simplesmente deixei escapar aquilo entre diversas palavras
_Será mesmo? Será que não existe no fundo de cada indivíduo, um lado egoísta e fome por poder? Hã? E você não tem? Perguntou já levantando seu tom de voz
_Não fale o que não sabe, murmurei de cabeça baixa
_Ou talvez não queira, afinal cresceu já cercada pelo poder. Mimada, e cheia dos privilégios, disse o moreno com um tom que aparentava rancor
Slapsh
Foi o som que minha mão fez em seu rosto. Um tapa, apenas um, mas o suficiente para o calar. Ele só saiu da cama, e começou a se vestir com uma expressão de raiva._Dabi... o chamei percebendo que não precisava do tapa, percebendo que errei nesse quesito
_Ta certa, falou
_O que? Perguntei levantando colocando minha camisa larga que um dia pertenceu a ele, em meu corpo
_Temos que parar com isso, falou colocando sua jaqueta e saindo pela porta e a selando num estridente som ao bate-la forte.
Isso me lembrou de como o conheci, em um dia nublado de outono, em um beco do centro qualquer.
Lembro que foi desse mesmo modo, essa mesma raiva que o vi transmitir.
Faz já dois anos e meio? É, faz! Me recordo como se fosse ontem.*_Dois anos e meio antes_*
_Eu estou cansada, murmurei para minha dupla diária de patrulhas
No íamos entre as ruas para verificar se precisavam de algum auxílio, afinal nossa área não era lutas, mas resgates. Nossas individualidades correspondiam a cura, e infiltração.
Neta da Recovery Girl, minha individualidade é curar qualquer um que se ferir, ela é atividada por meio do toque. Quanto a minha parceira sua individualidade é diminuir de tamanho, possibilitando se infiltrar em lugares pequenos, e fazer espionagem._Nem me fala, eu estou morta! O treino que tive hoje foi um pouco pesado!
_É, eu entendo! To testando meus limites também, falei para a minha parceira de cabelos loiros que ia saltitante na frente
_Cuidado para não se esforçar demais!
_Você também, afinal todos temos uma trava de segurança nos nossos corpos. Eu sabia bem sobre isso, pois era uma garota pronta para desafiar as minhas próprias capacidades e já havia testado uma vez
Estava retornando para casa, o mesmo trajeto, o mesmo horário, o mesmo ritmo despreocupado. Isso foi alterado quando vi uma espécie de vulto no fim do beco que por coincidência, decidi olhar, coisa que jamais tinha feito antes. Até hoje me pergunto, o porquê de ter simplesmente ter desviado meu olhar.
'Aquilo é uma pessoa?'
Com esse pensamento travei, e procurei olhar melhor para o fim daquele beco. O vulto andou com uma certa dificuldade , esbarrou em algo que parecia ser uma lata de lixo e seu corpo cedeu. Caiu contra o asfalto ainda úmido, pois pela manhã havia chovido um pouco. Como o normal, há alguns lugares por não pegar o sol facilmente ainda se encontravam com poças d'água, então talvez tivesse escorregado.
'Será que se feriu?'
'Será que é só um bêbado? '
'Será que ajudo?'Tais dúvidas me deixavam ansiosa, e como consequência, dei em base de uma dez voltas em círculo na frente do beco. Qualquer um, em situação de 'normalidade' achariam que eu era uma louca fazendo algum tipo de ritual. Afinal, quem da voltas em frente um beco suspeito perto do anoitecer, dizendo coisas para si mesma, mas sem quebrar aquela mania de mexer os lábios para isso.
Eu mesma, se visse alguém assim, cruzaria para o outro lado da rua.
No fim das contas, fui até o indivíduo que caiu e ainda não havia dado sinal de levantar ou se mexer até o momento._O que aconteceu com você? Perguntei sem a esperança de que me respondesse
'Afinal de contas, quem era ele?'
Um sujeito, um tanto suspeito. Uma jaqueta de couro preta, longa, cabelos negros. Quanto seu corpo tinha queimaduras onde algo parecidos com piercings delimitavam as partes atingidas das intactas.
'Antes dele acordar, seria melhor tratar de seus ferimentos'
Peguei o que precisava na minha maleta de primeiros socorros que carregava sempre comigo, para todo lugar que eu ia. Todo mesmo. Sem exceções.
Por fim, depois de limpar seus ferimentos no seu abdômen, toquei suavemente onde havia estancado o sangramento. Ele estava pronto para outra. Modo de falar, espero que não procure algo assim novamente, pode ser perigoso. Ele estava realmente ferido.
Juntei meus materiais, e guardava com cuidado em minha maleta._O que pensa que está fazendo? Senti uma mão firme segurar meu pulso
Era o homem que ajudei, ele havia recobrado a consciência.
_Desculpe, o vi caído e não consegui não ajudá-lo
_Haha só pode ser uma piada, disse realmente rindo de mim
_Desculpe, o que? Piada? Não! Eu realmente vim ajudar, seu mal agradecido!
_Você não sabe quem eu sou, não é? Perguntou se sentando e me olhando de forma curiosa
_Você é algum herói?
_Hahaha, essa foi boa! Garota, você é a melhor piadista que eu já conheci! Disse o rapaz ainda casuando de mim
_Quem seria o senhor? Algum lunático? Perguntei o desafiando com meu olhar firme ao dele
_Eu sou o Dabi, mocinha. E para sua informação, se preza por sua vida aconselho a ir embora agora! Afinal de contas, quem em sã consciência ajudaria um vilão? Perguntou mostrando uma faísca de um tipo de fogo azul
_Vilão? Perguntei recuando para trás
_Sim, essa era a reação que eu esperava! Disse colocando em seus lábios curiosos um sorriso insano
_Aqui, vai precisar trocar a atadura que fiz. Falei entregando a ele gases antes de dar um golpe baixo e escapar
_Gases, S/n? Só pode estar brincando, pensei comigo mesma
_Ora, sua... Você me paga! Eu vou te matar da próxima vez que a vir. Falou juntando suas pernas e caindo no chão
'Ufa, essa foi por pouco!'
Parei de correr mesmo já dentro do meu apartamento com a porta trancada. Afinal, foi um susto e tanto_Tu se mete em cada uma, S/n! Falei para mim mesma enquanto colocava no cabide minha mochila e me atirava no sofá relaxando todo meu corpo após uma exaustão
Peguei uma camisa qualquer e um short, e me fui ao um banho relaxante. Afinal, era disso que eu precisava._Dabi, não é? Vou ficar bem longe de você! Foi o que eu disse enquanto encarava meu reflexo no espelho
Que tola, quem diria que futuramente eu iria quebrar essa promessa em todos os sentidos.
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Em chamas
أدب الهواةDabi é um vilão. S/n é uma futura heroína. Mas em meio a pequenas diferenças, uma coisa em comum ,uma química inexplicável.