Cap III💙

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_Toya, se concentre e se esforce mais! Assim não chegaremos ao topo! Falou a voz firme sumindo em chamas

_Ah, gemi me despertando de forma rápida _Droga, falei usando minha camisa para secar meu rosto pois o suor estava vertendo como água .

Respirei até aliviado por não estar na liga em um momento como esse, afinal a última coisa que iria querer era um interrogatório coberto por desconfianças. Levantei ao ver que já era quase de manhã, me encaminhei para um banho. A água quente corria pelo meu corpo cicatrizado.

_Até que ela fez um bom trabalho, falei ao ver o corte da luta anterior já cicatrizado também.

Vesti minhas roupas de costume, e sai para o bar onde era a filial da liga dos vilões. Fui cuidando cada beco que eu passava afinal, podia ter algum herói patrulhando. Adoraria evita-los, não por medo, mas se houvesse uma briga perto do local onde a liga se esconde, seriamos descobertos e nossos planos de destruir os heróis seria mais uma vez adiado.

_Queimadinho! Foi o que ouvi ao abrir a porta e entrar

_Do que me chamou, sua sanguessuga?

_Que irritadinho, falou loira com sorriso insano como se tudo fosse um joguinho

_O que está acontecendo aqui? Perguntou nosso suposto líder

_Nadinha, certo Chaminha?

_ Gr, olhei como se eu fosse queima-lá ali e agora

_ Vocês podem parar com essas brincadeiras, não temos tempo para isso! Falou coçando seu pescoço como sempre faz desde que o conheço

_Parei, disse ela levantando suas mãos como se tivessem se rendido

_ Simples , é só ela não tentar tirar minha paciência. Falei deixando todos para trás

_ Dabi , nós temos uma reunião! Falou o braço direito do nosso líder

_ Estou caindo fora! Não conta comigo, não estou com saco para aturar suas ideias fracassadas de derrubar o herói número um. Falei fechando a porta com tudo, foi só um estrondo.

Coloquei as mãos no bolso e voltei pelo caminho que tinha vindo mais cedo. Já escurecia. O beco era praticamente deserto, se não fosse por um barzinho parecido com o nosso, exceto pelo fato que todos os tipos de pessoas frequentavam ali. Não era do meu interesse, até ver uma silhueta que me parecia familiar, o que me fez adentrar naquele bar decadente. Caminhei até o balcão olhando cuidadosamente aquela figura.

_Olha só, que coisa surpreendente de se achar por aqui. Falei examinando aquela garota que de forma ingênua me ajudou com meu corte sem saber quem eu era

_Estás falando comigo? Perguntou exibindo seu tom embriagada

_O que uma garotinha como você faz aqui , e nessa situação? Perguntei sentando ao seu lado

_O que te interessa? Não é da sua conta como estou ou não, você é meu pai, por acaso?

_ Olha aqui garota, se eu fosse, faria engolir essa sua língua.

_ Boa sorte, não facilitaria para você por estar um pouco fora de mim.

_ Você é insolente, garota! Você sabe quem eu sou? Eu poderia acabar com você em qualquer momento.

_ Que confiança! Deixa eu te dizer, não sei quem é e pouco me importa.

_ Ora, sua... Estava pronto para mata-lá ou pelo menos fazer engolir aquelas palavras, fazer implorar por perdão

Mas seu corpo caiu sobre o meu, como se tivesse acabado a pilha, ou a bateria estivesse se esgotado.

_Você só pode estar brincando comigo, acorda garota! Tentei acordar ela umas três vezes, mas seu cansaço era tão grande como se tivesse ficado acordada durante horas e tivesse chegado aí seu limite.

Pensei em deixá-la ali e sair como se nada tivesse acontecido, mas um pequeno incômodo atingiu meu cérebro, um sentimento de culpa, e se algo acontecesse com aquela garota.

_Droga! Resmunguei ao pegá-la no colo, afinal de outro jeito não daria certo por nossos tamanhos desproporcionais um com o outro.

Caminhei para fora dali com a mesma adormecida, como se tivesse sido anestesiada. Fiquei me perguntando onde ela moraria, tentei acorda-lá durante o caminho, mas foi sem sucesso.

_Que droga, o que eu faço com você? Perguntei enquanto olhava para tudo na minha volta para ver se achava alguma porta ali que poderia ser a dela
Alguém no fim do beco, na luz gritou, chamou aparentemente a garota que levava em meus braços.

_S/n!!! Veio a menina em busca da amiga no meio do escuro beco _Quem é você? Me encarou, pronta para me atacar com tudo de si, até poderia tentar, mas seria perda de tempo.

_Achei ela no bar ali no fim da rua, ela tem que ter cuidado onde ela cai, falei colocando no chão e indo em direção contrária

_Ah, certo! Estarei atenta da próxima, senhor. E muito obrigada! Gritou garota inocente

_Ta, falei acenando de longe, evitando olhar para as mesmas

Mas à frente, sozinho, cercado só pela luz da lua e o escuro da noite, pensei naquela garota arrogante, o quanto deu sorte por eu estar em um humor mediano.

_Cuidado onde cai? Eu sou mesmo patético! Ela torça para não se esbarrar comigo novamente ou da próxima pode não ter volta... Falei comigo mesmo ao acender minha chama azulada na ponta do dedo indicador
_Ah, vou descansar, já basta de emoções por hoje. Falei ao lembrar quando caiu sobre mim
Era irritante pensar nela, e em toda aquela arrogância, todo aquele orgulho, até que de certa forma me lembrava em alguns aspectos.

Me espichei de maneira confortável, e do jeito que havia deitado, adormeci, no mais pesado dos sonos. Foi gratificante no outro dia acordar com o corpo disposto, afinal tinha alguns assuntos pendentes para resolver que não poderiam esperar muito. E se eu adiasse mais um dia, talvez o 'coça-coça', iria ter um surto psicótico por pouca coisa, que é claro, pouca coisa que eu adoraria evitar.

_Segundo o Shigaraki, é aqui! Afirmei ainda olhando para ter certeza, pois não podia ter erros. _Espera, aquela é... Percebi que reconheci um rosto cruzando do outro lado da rua com um uniforme muito familiar, e um rosto mais familiar ainda _Só pode ser brincadeira! Murmurei ao ver que era ela mesma indo despreocupadamente para sua escolinha
_Então, você estuda na UA? Interessante... Foi a última coisa que disse antes de entrar no prédio e completar o serviço

Em chamasOnde histórias criam vida. Descubra agora