Capítulo 16

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Oieee, voltando com mais um cap! Estou muito feliz por a fic ter chegado aos 2k aaaaaaaaa muito obrigada, agradeço demais aaaaaa <3 espero que gostem desse cap, desculpem por algum erro ortográfico e boa leitura!

Capítulo 16 ― Dezesseis.


Angelique inherits the cursed book.

― O livro dos sopros tinha o nome de Nostrus quando foi entregue para ele e acredito que terá o nome de seu herdeiro vivo independe de quem seja. ― Tarquin começou a dizer. ― Ele está fechado e abrirá apenas com uma gota de sangue.

― Hm, já ouvi essa história sobre abrir somente com sangue. ― Ela resmungou com uma careta lembrando-se do único jeito de conseguir chegar até a prisão na corte noturna. ― Mais alguma informação que possa fornecer?

― O nome completo do herdeiro e a data que veio ao mundo. ― Ele a contou e se afastou para pegar o livro do chão tomando cuidado com ele e também seu peso, logo o soltou na mesa e um alto barulho foi ouvido por conta de seu tamanho.

― Que horror, ele é meio pesado...

― Dizem que aqui foi escrito os meios mais cruéis para tomar o controle sobre todos ao ter poder sobre o Caldeirão, essa é a parte do mal do livro que foi dividido em dois por isso seu peso... Ele ficará leve ao ficar junto do herdeiro de Nostrus. ― Tarquin a explicou e aquilo a deixou apreensiva.

Ele pediu pela mão dela e ela o alcançou sem se assustar quando ele fez uma adaga surgir entre seus dedos.

― Irei furar seu dedo, desculpe. ― Ele murmurou enquanto ela apenas assentia, um corte no dedo não iria doer nada.

O grão senhor furou sua falange e a virou para que o sangue caísse dentro do livro justamente numa parte mais funda da capa que parecia ser uma abertura. Quando o líquido rubro caiu, sons de fechaduras foram ouvidos enquanto o livro começava a tremer e alguns livros caíram pelas estantes enquanto as janelas trincaram.

Angelique abriu sua mão que estava abaixada e deixou que seu poder saísse ficando pronta para usá-lo e chamar pelo grão senhor da corte mesmo ainda brava com ele, talvez fosse precisar de ajuda.

Um som de click foi ouvido e então a capa se ergueu sozinha fazendo o livro simplesmente se abrir para os dois.

― Não pode ser. ― A bruxa murmurou.

― Vire a primeira página, nela constará o que estamos procurando. ― Tarquin a pediu.

Ela ao menos havia reparado como estava com os dedos trêmulos quando segurou na página suja de sangue pelas pontas e sentiu uma ardência na região fazendo com que ela rapidamente virasse e pudesse ver algo que a fez ofegar.

"Angelique Raven, filha de Selene Raven e neta de Anastásia Raven e Nostrus grão senhor da corte Estival

Seja bem vinda"

Sua data de nascimento também estava grifada com atenção e entalhada no livro mágico lhe surpreendendo ainda mais. Nada sobre ele podia ser escrito, as runas eram antigas e nenhuma caneta teria o poder suficiente para manchar suas folhas além do sangue e da madeira que entalhou aquelas páginas.

O livro se fechou rapidamente e deixando que uma magia vermelha viesse ao seu encontro, ela esfregou as próprias mãos e as abanou quando percebeu que era ela mesma indo até o livro com seu poder.

― Ele lhe escolheu, você é a herdeira direta dele. ― Tarquin continuou a dizer.

― Você é primo! ― Ela retrucou.

― Mas, sou novo demais... É você.

― Ora, não me venha com isso sobre ser mais novo e eu mais velha. ― Angelique prontamente negou. ― Eu entendo que posso carregar esse livro, mas a corte ou qualquer coisa sobre ela é demais e você foi escolhido para isso.

― Mas...

― Grão senhor. ― A bruxa o interrompeu lhe chamando por seu título. ― Por favor, vamos deixar isso apenas entre nós... Eu... Minha outra missão aqui nessa visita envolvia lhe pedir educadamente que me emprestasse o livro dos sopros por um tempinho e apenas isso.

― Você ao menos precisa pedir por ele, é seu. ― Tarquin afirmou. ― Mas, há proteções no castelo por conta dele e somente alguém com o mesmo sangue que o meu é imune a elas e conseguiria sair do castelo junto dele sem problema... Como irei dizer?

― Hm... Já sei! ― A moça de olhos azuis não demorou a pensar na desculpa. ― Feyre foi ressuscitada com um pouco de seu sangue, o que quer dizer que ela conseguirá passar pelas proteções sem problemas e assim pode fingir que a corte noturna roubou o livro sem sua permissão, mandar os rubis de sangue e mostrar sua ameaça.

― Você é brilhante. ― Tarquin não evitou o elogio.

― Muito obrigada. ― A bruxa fez uma reverencia com seu vestido. ― Assim dará certo e eu poderei ler o livro, precisamos apenas fazer com que Feyre o pegue.

― Ela conseguirá, mas é provável que ele reaja ao lhe encontrar novamente.

― Quando isso acontecer, eu vou dar um jeito. ― Angelique deu de ombros. ― Eu até gosto dessa ideia, sabe?

― Qual?

― De sermos parentes, mais ou menos, algo assim. ― Ela fez um leve bico com os lábios. ― Nossos olhos são parecidos. ― Ficou animada com aquilo e o grão senhor riu.

― Acabou de descobrir seu potencial para ser herdeira de uma corte e gosta de termos os olhos parecidos. ― Tarquin a achava uma figura. ― Está com fome?

― Muita! ― Angelique assentiu e usou seu poder para que o livro levitasse e voltasse para seu lugar enquanto ele arrumava a biblioteca a deixando do mesmo jeito que estava quando eles entrarem.

― Gostaria de provar comigo nossas comidas típicas e sobremesas também? ― Ele voltou a lhe oferecer seu braço. ― Prima. ― Sussurrou piscando um dos olhos.

― Oh, mas é claro que sim. ― Angelique aceitou sua aproximação. ― Primo. ― Eles voltaram a rir novamente.

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Quando a viagem teve fim todos perceberam que o abraço entre os dois durou tempo demais e a bruxa prometeu que visitaria a corte Estival mais vezes o deixando feliz. Atravessaram rapidamente para a corte noturna e a bruxa mal se importou com a comemoração dos grão senhores por estar com o livro dos sopros agora no território noturno.

― Como foi? ― Morrigan indagou e Feyre a mostrou o livro. ― Nossa que horrível comparado à outra metade.

― Varian comentou que essa é a parte maligna do livro, maliciosa e a mais difícil de ser lida ou entendida. ― Rhysand a contou enquanto Cassian e Azriel se aproximavam. ― Tem o poder suficiente de corromper a alma de alguém.

― E talvez tenha o feitiço que preciso para voltar para casa. ― Amren sorriu. ― Finalmente alguma coisa.

― Ele não é pesado? ― A terceira no comando indagou para a Archeron.

― Eu achei que seria, mas é bem leve. ― Feyre estava estranhando.

Angelique observou o livro por alguns instantes e ouviu um clique quase soando dentro de si quando sentiu o objeto pulsar como seu coração. Ela pisou em falso quando sua visão escureceu e teria ido ao chão se não fosse por Azriel conseguir a segurar a tempo.

― Merda, merda... ― A bruxa repetiu quase se sentindo tonta. 

― Querida, o que foi? ― Ele a indagou e ela gemeu de dor.

― As costas, as asas. ― Cassian disse ao sentir o cheiro de sangue e eles a viraram.

― Não, não, não... ― Angelique começou a dizer tentando ficar mais consciente e grunhiu quando a corda começou a se desenrolar de suas asas mostrando o líquido rubro. ― Oh, pela Mãe, ai que dor. ― Ela acabou gritando.

― Claro que está doendo, você deve estar com as asas presas há horas e não as libertou uma vez sequer. ― Azriel murmurou.

― Eu esqueci, não tive tempo de pensar nisso enquanto estava em Adriata. ― Ela revirou os olhos e tentou se afastar ao levantar, porém o encantador de sombras a segurou pelos ombros.

― Precisarei de sua ajuda para traduzir a parte maligna do livro dos sopros... Ele foi feito numa linguagem diferente e não gosto dela. ― Amren a disse.

Feyre acabou largando o livro bruscamente no chão no instante em que Angelique tocou em uma de suas asas e ficou com a mão suja de sangue.

― Caramba, ele ficou muito pesado do nada. ― Ela murmurou ofegante e um pouco chocada.

Angelique ergueu sua mão molhada pelo líquido rubro e o livro saiu do chão vindo ao seu encontro.

― Como consegue ter controle sobre ele? ― A baixinha de olhos prateados indagou sem esconder sua surpresa. ― É impossível sem ter o sangue do herdeiro da corte e... ― Ela se calou.

― Eu talvez tenha que revelar a identidade do meu avô para evitar surpresas no futuro. ― Angelique murmurou e sorriu um pouco nervosa. ― Precisamos conversar sobre isso, na verdade.

Presumia que Rhysand poderia até tentar vasculhar sua mente caso ela não lhe revelasse tudo e mostrasse para ele sobre ser neta de Nostrus, sabia que ele ficaria extremamente desconfiado consigo e queria evitar algum receio do futuro. Quando abriu o livro novamente enquanto seguiam para o escritório do grão senhor, ela não percebeu que ficaram em choques por ela o abrir daquela forma tão facilmente.

E Angelique conseguia apenas prestar atenção além de estranhar que sua data de nascimento era acompanhada de outros números. Tinha a primeira do dia que nasceu e depois uma outra de uma época que era criança ao lado, se focasse mais sua atenção deveria lembrar que era o dia que sua mãe havia morrido após mexer com forças ocultas demais que deveriam continuar para sempre desse jeito.

Após aquela data que lembrava algo de sua infância que ela não tinha memória, uma nova data embaixo mostrava o mesmo dia e a deixava confusa já que não havia mais nada.

Era como se tivesse morrido ainda durante a infância, voltado à vida e seguido assim desde então. Virou-se para encarar a porta quando ela foi fechada e percebeu que todos a encaravam.

Fechou o livro rapidamente e o segurou com força antes de colocá-lo sobre a mesa.

― O que tem a nos contar? ― Rhysand foi o primeiro a dizer.

― Algo a ver com sua proximidade a Tarquin? ― Feyre também perguntou com a voz mais fria que o costume, por algum motivo sentia que havia sido enganada e não tinha conseguido pegar o livro por méritos próprios.

― Não fique triste, querida. ― A bruxa não evitou seu comentário quase achando engraçado a expressão de chateação no rosto da outra moça. ― Sim, descobri que somos parentes... Quase, eu devo ser alguma coisa dele. ― Angelique fez um leve bico com os lábios, era difícil pensar em algo além de primo. ― Não perceberam que temos o mesmo tom de azul nos olhos?

― Oh... ― Amren murmurou entendendo. ― Admito que isso é surpreendente. 

― Seu tom de azul é o mesmo que de Nostrus. ― Foi o grão senhor da corte que disse surpreso demais, lembrava-se do nobre da Estival. 

― Sim, vovó trouxe o que havia restado de seu amor na Estival e era a herdeira de Nostrus no ventre... Ela nasceu se tornando uma bruxa da noite crescendo entre os illyrianos e se envolveu com um tendo eu e minha irmã. ― Os olhos azuis de Angelique quase brilharam diante da afirmação. ― O que me fez segundo as palavras de Tarquin, herdeira direta do livro dos sopros.

― Angelique... ― Rhysand tentou dizer.

― Tenha cuidado de agora em diante, grão senhor. ― Angelique pigarreou tentando disfarçar o orgulho que sentia ao dizer aquilo.

Azriel e Cassian se encararam, de alguma forma, não tinham um bom pressentimento em relação ao livro maldito junto de sua parceira. 

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Angelique poderosa e manda em tudo simmm!!! <3 Espero que tenham gostado do cap, em breve tem mais <3, muito obrigada por tudo, beijos :3 

A Court of Love and Sacrifice [CASSIAN E AZRIEL]Onde histórias criam vida. Descubra agora