A Tranquilidade da Água

Tranças e Kohl

Não esqueçam de votar<3

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 Durante o almoço, depois que Lan Xichen leu a carta, Jiang Cheng conseguiu convencê-lo de que não precisava escrever uma resposta imediatamente; que não havia problema em esperar um pouco. Lan Xichen disse que achou desrespeitoso com seu irmão não responder imediatamente. Especialmente considerando que Lan Wangji se deu ao trabalho de avisá-lo de que uma carta mais longa viria. Ele não deveria fazer a seu irmão a mesma cortesia?

Eventualmente, porém, Jiang Cheng usou o fato de que havia algum tempo entre a primeira e a segunda carta para convencer Lan Xichen de que não havia problema em esperar um pouco e organizar seus pensamentos. Isso e, porque agora que a comunicação foi estabelecida, Lan Wangji estaria esperando sua carta e, portanto, Lan Xichen não precisou notificá-lo de que estava chegando.

Que terminou com Lan Xichen decidindo responder a seu irmão após o Festival das Lanternas. Ele podia ver e sentir como os discípulos estavam ficando excitados novamente. Pelos trechos de conversa que ouviu ao seu redor, ele sabia que a cidade estava preparando uma grande festa e que os discípulos planejavam ir para lá em vez de ficar no Cais de Lótus.

Ouvir que não haveria muita coisa acontecendo no próprio Lotus Pier abafou um pouco o humor de Lan Xichen. Ele tentou desligar aquela voz desapontada em sua cabeça. Foi egoísta e completamente injustificado. O Lotus Pier já teve a gentileza de permitir que ele celebrasse o Ano Novo com eles; ele não poderia esperar que eles inventassem algum tipo de entretenimento para ele e apenas para ele. Ele passaria o dia em mediação.

Jin Ling, como prometido, voltou ao Lotus Pier um dia antes do festival. Lan Xichen viu Jiang Cheng e ele caminhando, Jin Ling parecendo animado e conversando animadamente. Embora Jiang Cheng parecesse sofredor, Lan Xichen sabia que ele estava ouvindo avidamente e que Jin Ling sabia ignorar o olhar no rosto de seu tio. Quem ousou dizer que Jiang Cheng era um péssimo pai para Jin Ling claramente não sabia o que estava dizendo.

Foi mais tarde naquele mesmo dia, no final da tarde, que Lan Xichen foi surpreendido por uma batida em sua porta apenas para encontrar dois discípulos seniores do outro lado, um deles a mulher que pessoalmente lhe contou sua história.

"Posso ajudar?" Lan Xichen perguntou. "Por favor, entre. Vou fazer chá."

Ele ficou um pouco perplexo com a situação quando os dois entraram e se acomodaram à mesa. Lan Xichen ficou feliz com a tarefa de preparar o chá, pois escondia seu desejo de inquietação. Não havia nada em que ele pudesse pensar que trouxesse os dois veteranos para visitá-lo, a menos que houvesse algo errado.

"Xichen-xiong", disse um ao aceitar a xícara de chá que lhe foi oferecida. "Não sei se você já ouviu falar, mas celebramos o Festival das Lanternas em Lotus Town. Não haverá festividades dentro do próprio Lotus Pier."

Lan Xichen assentiu. "Eu ouvi isso, sim", disse ele. "Vou passar o dia meditando."

Os dois se entreolharam e Lan Xichen se perguntou se essa era a resposta errada a ser dada. Ele não via como meditar poderia ser problemático, mas talvez devesse ter se oferecido para ajudar com alguma coisa? Os mais novos ficaram no Lotus Pier e precisavam de uma babá?

Ele estava prestes a perguntar quando a mulher falou.

"Estávamos nos perguntando se você gostaria de participar", disse ela. "Mas não queremos pressioná-lo a nada. Tudo bem se você não quiser ir à cidade em um horário tão movimentado, ou de jeito nenhum. Só queríamos que você soubesse que pode vir se quiser.

Lan Xichen congelou e olhou para eles. Juntar-se a eles no festival? Na cidade? Como eles poderiam sugerir isso? Como? As pessoas o reconheceriam. Isso refletiria mal no Lotus Pier. Ele não poderia fazer isso. Ele não podia deixar isso acontecer.