Capítulo 2

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Segundo capítulo, bora saber o que vai acontecer com a Flavinha!!!

Boa leitura! ❤️

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Senti minha cabeça girar, me dando uma tontura, e meu peito se apertou, quase causando uma dor física. Aquilo não podia ser verdade. Flávia estava estirada no asfalto, toda ralada, machucada e sangrando. Não aguentei e desabei ao lado do seu corpo desacordado, chamando ainda mais a atenção das pessoas ao redor.

— Flávia, pelo amor de Deus! Por que?! Por que?! – gritei, caindo de joelhos e colocando a cabeça dela em meu colo. Seu rosto estava com vários hematomas e cortes. — Me desculpa, a culpa é toda minha!

— Moço, o que ela é sua? – uma mulher me perguntou.

— Minha amiga. A gente tava na praça até agora a pouco conversando, e do nada ela é atropelada. – respondi em meio ao choro compulsivo. Nem sei se dava pra entender o que eu falava.

Naquele momento eu só temia pelo pior, e isso me assustava em um nível incapaz de mensurar. Apertei mais o corpo de Flávia, a abraçando, e então encostei em sua barriga, que estava úmida de sangue. Me desesperei ainda mais com o fato de ela não parar de sangrar.

— CADÊ A PORRA DESSA AMBULÂNCIA?! ELA NÃO PODE MORRER! – não consegui me controlar e berrei, já quase fora de mim.

— Calma, rapaz, eles já estão chegando. – disse um homem, na tentativa de me acalmar, mas nada me acalmaria enquanto Flávia não estivesse bem.

Logo em seguida, a polícia chegou. Eles averiguaram a situação, relatando o ocorrido, e constataram que o motorista do carro que atropelou a Flávia estava bêbado. O cara também tinha se ferido e estava atordoado pela batida, mas em um estado bem menos grave que o da Flávia.

A ambulância finalmente apareceu poucos minutos depois. Mesmo quase sem forças, levantei do chão, dando licença para os paramédicos colocarem Flávia em uma maca e colocarem-na dentro da ambulância. Quando vi eles a levando, tive que falar alguma coisa. Eu precisava ficar do lado dela.

— Posso ir junto? Eu sou o melhor amigo dela. – perguntei a um dos médicos.

— Claro, pode nos acompanhar até o hospital. – ele disse. — Você viu o momento exato do acidente?

— Não, eu só ouvi o barulho do carro e da batida, depois só fui ver quando ela já estava no chão. – falei, fungando e enxugando meu rosto molhado, enquanto observava eles realizarem alguns procedimentos em Flávia. — Ela vai ficar bem?

— Só os médicos do hospital é que podem dizer, lá ela vai receber um tratamento muito melhor. Por enquanto estamos tentando reestabelecer a respiração dela e estancar o sangue da barriga.

Comecei a chorar de novo, não aguentando ver minha melhor amiga naquele estado triste. Teve uma hora em que eu parei de olhar, caso contrário eu também iria precisar de tratamento médico.

Chegamos bem rápido no hospital. Os paramédicos foram na frente, arrastando a maca com pressa pelos corredores, e toda aquela correria estava me angustiando ainda mais. Parecia que ela estava prestes a partir. Isso doía mais que uma facada. Nem ao menos vi pra onde a levaram.

Me apresentei na recepção, ganhando a pulseira de visitante, e resolvi ligar pro Anderson e pro Daniel. Eles precisavam saber de tudo. Liguei no celular do Daniel, torcendo pra que ele estivesse junto com o Andy, assim facilitaria pra passar o recado.

— Fala, cara. – Daniel atendeu, e ao invés de falar, eu solucei. — Elidio, o que aconteceu?

— Você tá chorando? – era a voz do Andy.

SOME KIND OF MIRACLE | Elidio SannaOnde histórias criam vida. Descubra agora