Capítulo 3

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Agora é o momento, gente :')

Boa leitura! ❤️

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Nervoso. Era como eu estava. Em poucos minutos eu iria iniciar o processo de doação de sangue. Confesso que tenho um pouco de aflição de agulha, mas eu precisava fazer isso pelo bem da Flávia. Ela era mais importante, e eu faria qualquer coisa por ela.

Sentei na cadeira do laboratório, e logo uma enfermeira veio para realizar todo o procedimento. Fiquei uma hora ali, confesso que quase desmaiando por conta do jejum. Eu mal podia esperar pra comer.

Quando vi a bolsa de sangue cheia, senti uma sensação de alívio, pois agora Flávia estaria a salvo. Incrível pensar que meu sangue era o único capaz de fazê-la se recuperar, ainda mais sabendo que não havia nenhum O- sobrando ali no hospital. Isso era algo que eu podia fazer sempre dali em diante; doar meu sangue para salvar outras vidas. Valia muito a pena.

— Como foi? – Daniel me perguntou quando saí do laboratório. Ele e Andy vieram me acompanhar, e aproveitaram pra visitar a Flá também.

— Na hora não senti nada, mas agora eu tô ao ponto de desmaiar de fome. – disse rindo.

— Então 'bora comer alguma coisa na lanchonete. – falou Andy.

Quando estávamos saindo, uma voz feminina me chamou. Era a enfermeira Vanessa.

— Sr. Elidio, gostaria de informar que vamos realizar a transfusão na paciente Flávia hoje mesmo. Com isso, o nível de sangue dela vai voltar ao normal. – ela disse com um sorriso, e eu fiquei ainda mais feliz ao ouvir aquilo.

— Que notícia ótima, isso é maravilhoso! – eu disse, entusiasmado. — Você pode deixar pra eu mesmo dizer pra Flávia que fui eu que doei o sangue? Quero aproveitar e ter uma conversa importante com ela.

— Tudo bem, não vou dizer nada. – fez um gesto de zíper na frente da boca, rindo.

Depois, fui com Anderson e Daniel à lanchonete do hospital para repor os nutrientes que eu estava precisando após ter ficado horas em jejum. Comi dois pães de queijo e tomei café com leite. Dani e Andy também comeram, antes de irem embora. Combinamos de nos encontrar mais tarde durante à noite para discutirmos nosso trabalho.

•••

Continuei no hospital pelas horas que se seguiram, esperando a transfusão da Flávia acabar. Imagino que ela tenha ficado muito feliz por terem conseguido o sangue necessário que faltava. Só não sabia como ela iria reagir ao descobrir que fui eu que doei. No mínimo eu esperava uma reação positiva, lógico. Impossível que ela fique incomodada e também pense que eu fiz isso só pra agradá-la. Foi mais que um gesto de solidariedade, foi um gesto de amor. Eu posso dizer que salvei a mulher que eu amo, simplesmente porque ela é a pessoa mais especial que existe no mundo pra mim.

Vi a enfermeira Vanessa sair do quarto de Flávia, e logo me levantei da cadeira, esperando que ela me desse alguma notícia.

— E aí, como foi? – perguntei, ansioso.

— Tudo ótimo, a transfusão correu perfeitamente bem. A Flávia está dormindo agora, então eu aconselho você voltar mais tarde pra ver ela. A não ser que prefira esperar.

— Eu volto à noite então, não quero atrapalhar o sono dela. Muito obrigado por tudo, Vanessa. – a agradeci, apertando sua mão gentilmente.

— Imagina, Elidio, foi muito bom te conhecer e te ajudar na doação de sangue. – ela sorriu.

SOME KIND OF MIRACLE | Elidio SannaOnde histórias criam vida. Descubra agora