Acidente

140 23 4
                                    

Será que poderíamos evitar o improvável? Fazer da vida apenas de escolhas certas para proteger quem amamos. Assim evitariamos coisas das quais não iríamos querer, para o bem estar dessas pessoas. Se isso fosse uma escolha, Sarah aceitaria com toda certeza.

Pov: Sarah

O trânsito estava conseguindo andar normalmente, porém a chuva continuava, só que mais forte. Mas não deixava de pensar no quanto fiquei calada sobre aqueles insultos daquela mulher mal educada, quem ela pensa que é para falar daquele jeito, logo em frente a lua. Sei que posso ter sido chata em buzinar direto, mas não justifica.

-Mamai já estamos perto de chegar na escola? - lua estava impaciente e não parava de mexer na cadeirinha.

- Estamos perto meu amor, só mais alguns minutos. A chuva estar bem grande. - olhei para ela e forcei um sorriso tentando acalmar ela.

Chovia tanto que mal conseguia vê o trânsito, mas não podia atrasar para o trabalho e principalmente para o dia de aula da lua, já que estava perto do ano letivo acabar.

Estava tão incomodada com os agitos e pressa da lua. Que já era tarde para tentar fazer algo. Sentir uma batida ao meu lado esquerdo onde estava do meu carro, lua estava no meio na cadeirinha. Aos poucos minha visão fechada, eu lutei para ficar acordada, porém era mais forte.

Pov: Juliette

Consegue chegar ao hospital, porém um pouco molhada, graças aquela bentida mulher da buzina (sim, dou apelidos as pessoas). Acelerava os passos, porque quando é dias chuvosos, nele implica várias ocorrências médicas e principalmente fisioterapeuta (minha área linda juntamente com pediatria, porque amo crianças)

- Atrasada de novo Juliette? - Gilberto

- Bom dia para você também, Gilberto. - Gil é legal quando quer, aguento porque é meu irmão mais velho.

- Você sabe que dias assim são longos não é? Preciso de você na fisioterapia, não soube?- Gilberto me olha

- Eu sei como é dia assim, porém o trânsito estava uma zona ok? O que eu não soube?- olhei curiosa

- Houve um acidente grave agora a pouco e estão vindo para cá. E parece que envolve uma moça bem conhecida e renomada na cidade, parece que estava com a filha também. Então preciso de você e seu cérebro. - Gilberto

- Caramba, vou pegar um café e já vou encaminhar para acompanhar a sua cirurgia. - Digo e já corro para apressar as coisas.

Vou na cantina de cafeteria e pego o café. Me apresso em direção a sala de armário e lá visto meu jaleco e pego minhas coisas e vou direção a sala cirúrgica quando de repente;

- Ei -digo em direção ao enfermeiro- essa é a paciente do Dr.Gilberto?- não pode ser ela, impossível.

- Sim, Dr.Juliette. Se me der licença- ele se apressar com a maca.

Não consigo para de pensar em uma probabilidade tão grande assim, como isso é possível? Juliette você é médica, pare.
Penso na menininha, ela deve ter 5 a 6 anos, me bate um desespero e começo a olhar em volta e nada da criança.

O dia que irei mais correr na minha vida é o dia de hoje, ando em direção a recepção do hospital e vejo Thaís.

- Thaís, urgente. Uma criança de estatura de 5 a 6 anos passou na maca desse hospital?- fico ofegante de tanto que corri.

- Não, Ju...Dr.Juliette- Thaís as vezes confundia nossa amizade com ambiente de trabalho- Porque estar perguntando e porque estar tão ofegante assim? Você estar bem?

Destino - Sariette Onde histórias criam vida. Descubra agora