Imprevisto

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Acontecimentos existem por propósitos que não entendemos, mas que longo após nos dão a respostas que queremos, seja boa ou ruim.

Pov: Sarah 

Dr.Juliette abre a porta e a vejo, minha pequena lua. Ela ainda dorme como uma princesa, porém quando me deparo com seus machucados e sua mãozinha enfaixada, me corta em pedaços daria minha vida  a minha pequena.

- Deixarei vocês a sós- Sinto sua voz atrás de min- qualquer situação aperte nesse botão que volto o mais rápido possível. E irei avalia-la.

-Certo, obrigada- movimento a cadeira para vê-la melhor, ela sorri e sai do quarto.

Me viro e sigo um movimento de alguns centímetros para perto da minha pequena, pego na sua mãozinha e faço um carinho de leve. Percebo seus olhinhos abrindo lentamente e um sorriso invade em meu rosto. 

-Mamain- ela me olha e sorri- o que aconteceu com você- ela se olha e se assusta- porque estou assim mamain, quero sai.- ela começa a chorar.

-Ei meu amor, lembra de contar até 10 que combinamos quando ficamos nervosas?- ela me olha e concordar.

Nós olhamos e dou um carinho na minha pequena, só queria estar bem totalmente para cuidar dela. Ficamos longos minutos olhando uma para outra, não sei o que seria de mim sem minha filha. Ela é tudo de mim, única coisa boa que Rodolfo me deu.

Falando nele, vejo alguém abrir a porta. Rodolfo entrar, ele estar vestido com seu terno composto com seu ego e olhar fulminante.

- Oi meu amorzinho, como você estar?- ele passa por mim, agora estar a frente e ao lado da lua.

- Estou bem papai- ela sorri e o vejo dar carinho no topo da sua cabeça, pelo menos um bom pai.

Eu e Rodolfo já tivemos sim nosso tempo de casal feliz e harmônico. Sim, eu o amava muito até pega-lo transando com a secretária do trabalho, ali eu sabia que teria que terminar meu casamento de 6 anos, sim 6 anos. Porém nesse mesmo período descobrir que esperava a minha filha, tudo mudou.

Sei que pessoas pensam que é fácil essa situação, mas não é. Deixar sua filha pequena sem a presença paterna é algo traumatizante, sei disso porque o meu pai foi ausente. Então combinei em entrar com o divórcio com direito de ele a vê-la todos os dias, claro que ele não ia querer aceitar o fim do nosso casamento, mas com persistência, consegue. Estamos a 6 meses e aguento tudo como mãe solteira, prometi contar a lua quando ela estivesse um pouco maior, ou seja, quando ela fazer 6 anos. Apesar de ser esperta aos 4 anos, minha pequena é de dezembro, meu presente de natal.

- Mamain, quando vou sair daqui?- lua me tira dos pensamentos

- Longo meu amor, mamãe promete- toco seu nariz, ela sorri- vou chamar a médica para sabemos quando iremos pra casa.

- Papai vai com a gente- olho pra Rodolfo e ele me olha

- Seu pai tem trabalho a fazer, mas com certeza ele vai não é?- ele acena 

Conheço esse olhar dele. O olhar que quer dizer tudo de raiva que estar sentindo, mas quem escolheu esse destino foi ele. Acabou com uma família por um caso de 2 anos, karma vem. O vejo se despedir de lua.

- Podemos conversar?- aceno que sim

- A mamãe já volta, ok- ela acena e sorri, retribuo

Mesmo com dores consigo empurrar a cadeira de rodas, vejo ele abrir a porta para eu possa passar para conversamos lá fora.

- Sobre o que conversaremos?- o olho e vejo seu maxilar trincar.

- O aniversário da lua estar próximo e vejo que do jeito que as duas estão o melhor é eu voltar para casa- ele me olha como olhar cínico.

Destino - Sariette Onde histórias criam vida. Descubra agora