Capítulo 5.
... Mesmo não sendo a melhor noite de minha vida, foi revigorante aproveitar o conforto de minha cama.
Precisava recuperar minhas forças, meu emocional interfere muito em meu físico, a sobrecarga de ontem foi muito forte.
Depois de tomar meu banho, vou até a cozinha, converso com Deus enquanto preparo o café.
-- vou ser sincera com o senhor, me sinto muito atrasada espiritualmente falando. -- não quero pedir bençãos, não quero nada além de conhecer os planos que o Senhor tem para mim e o que o senhor quer para minha vida. -- poderia me dizer o que o senhor quer comigo?, estou disposta a suportar o processo de descoberta pois sei que o Senhor estará comigo, mas não posso continuar sendo uma Cristã que apenas se senta no banco de uma igreja pedindo por bençãos e não faz nada, quero intimidade e junto com ela as responsabilidades que vem
É impossível explicar a paz que a oração me trouxe, não tinha muito o costume de fazer isso e confesso que foi capaz de me trazer forças emocionalmente falando.
Depois de tomar o café da manhã e fazer meu serviço domésticos, tenho alguns instantes antes de preparar uma comida simples para o almoço Então vou aproveitar para conhecer o prédio onde moro.
Me Retiro do apartamento, indo até o térreo.
Me sento em um banco localizado na área de lazer em frente à piscina, por ser uma quinta-feira, está praticamente vazia.
Uma linda nenenzinha que aparenta ter seus três aninhos, se aproxima de mim, segurando em uma das minhas mãos me lançando um sorrisinho lindo.
-- você está perdida princesinha?. Essa foi a deixa para uma mulher aparecer correndo.
-- Malu, sua sapeca!, a mamãe não consegue nem tomar um banho de piscina tranquila?, você tá me saindo muito espertinha viu?. -- Me desculpa moça, ela não pode ver uma pessoa desconhecida que já quer conhecer.
-- não tem problema moça, ela é muito fofa. -- muito prazer, me chamo Camila.
-- Muito Prazer Camila, meu nome é Manuela
O nome Manuela me faz lembrar de Emanuelle, a filha que Rogério matou.
-- Você é nova por aqui?. Ela se senta ao meu lado, colocando a filha nos braços.
-- estou aqui a trabalho, Cheguei há dois dias.
-- Nós também precisamos nos mudar para cá, há um mês atrás porque Meu marido graças a Deus conseguiu comprar um apartamento nosso, nós morávamos de aluguel até o mês passado e foi uma conquista maravilhosa, um presente que Deus nos deu. -- Nós também somos policiais e foi bom vimos para cá pois Estamos envolvidos em uma investigação aqui perto. -- só é um pouco complicado porque não tenho amiga nenhuma aqui, o prédio todo já tem grupinhos formados e eu ainda sou novata. Nós duas sorrimos.
-- também não tenho amigos aqui além do Henrique, preciso conhecer mais pessoas.
-- por mais maluco que meu pai seja, pois está internado desde que me entendo por gente em uma clínica psiquiatrica na última visita eu reclamei que não tinha Amigo nenhum e ele me disse que às vezes a solidão se torna melhor do que conhecer algumas pessoas, sei que ele disse isso por causa da minha avó mas também aplica a amizade então não vamos deixar que a carência nos façam procurar qualquer pessoa para nos envolvermos.
-- foram palavras muito sábias, mas confesso que fiquei curiosa em relação a seu pai. -- o que o seu pai tem?.
-- ele é esquizofrênico, foi criado em um cenário muito caótico e tem alucinações direto com isso. -- Mas devo confessar que toda sabedoria que eu tenho hoje para lidar com algumas coisas eu peguei dele, no fundo de toda aquela loucura existe um verdadeiro filósofo.
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o caso rogério arantes.
EspiritualCamila é uma jornalista recém-formada, que está em busca de seu primeiro emprego. A jovem de 23 anos, será contratada para conseguir uma entrevista com Rogério Arantes, há 20 anos condenado pelo assassinato brutal de sua esposa Letícia, com quem faz...