• Capítulo 2

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Já estava quase na hora de partir, eles colocaram minhas coisas no carro e eu entro no banco de trás, como sempre encosto a cabeça no vidro e observo cada canto da cidade, seria quase duas horas de viagem, resolvo me encolher no banco e fecho meus olhos, meu fone não tocava nada então consigo escultar tudo.

-Tem certeza que quer mandar ela para lá? – Brenda pergunta

-Tenho, ela só piora aqui eu nem sei o que estou fazendo de errado – Meu pai diz

-Você não estar fazendo nada de errado querido, mais me promete que se ela pedi pra voltar vamos busca-la no mesmo segundo – Brenda diz

-Claro

Depois daquilo não esculto nada, o sono me pega, sou acordada com uma mão sendo passada em meu cabelo, abro os olhos lentamente e vejo minha mãe.

-Olá querida – Ela diz sorrindo

Desço do carro e a encaro, vejo o taxista pegando as malas e acabo entrando no carro deixando os mesmos conversando, naquele momento coloco meus fones no último volume e deixo algumas lagrimas caírem.

-Filha – Ela diz tocando minha mão e beijando minha cabeça – Vai ficar tudo bem-querida, eu prometo

Encaro a cidade chuvosa, naquele momento eu só queria me jogar na frente de qualquer carro que vinhesse a toda velocidade, talvez não doesse tanto, quanto eu ver meu pai e minha mãe se tratando tão mal como eu vi do retrovisor do carro.

-Chegamos – Ela diz

Olho o ligar que apenas caia pingos de chuva, olho a casa de madeira simples, porem bonita, as casas ao lado são parecidas e pelo barulho deve ter alguma praia por aqui.

-Embry eu já falei mil vezes para colocar uma blusa – Uma voz feminina sai de dentro da casa

Mas me engano vendo um moreno, alto, de cabelo curto e com uma tatuagem no braço, nossos olhares se encontram e ele parece estar em choque, passa alguns segundos nos encarando até ele sair correndo na chuva apenas com uma bermuda jeans.

-Acho que assustei alguém – Esculto uma risada e vejo uma mulher

-Sou Call, mãe do Embry, me desculpe pelo que acabou de acontecer esse menino não tem parafusos na cabeça.

-Diz isso porque ainda não me conheceu – Digo e sinto o olhar da minha mãe

-Filha... Essa é minha...

-Esposa, eu já entendi, onde é meu quarto? – Pergunto

-Bom... ainda não arrumamos o sótão para que você possa ficar, então ficara no quarto do Embry por enquanto – Eu mereço.

Elas levam minhas malas para dentro e eu olho para a parte da mata, onde um grupo de garotos estão, nego com a cabeça e vou para dentro, até que a casa é bonita por dentro.

-Esse é seu quarto – Tiffany do espaço para eu entrar.

Uma cama de solteiro, uma cômoda e um guarda-roupa.

-Eu sei que não é muita coisa – Minha mãe começa, mas a corto

-Estar perfeito – Digo me sentando na cama

-Espero que não se incomode de dividir o guarda-roupa com Embry – A Call diz

-Tudo bem

-Vamos deixar você se acomodar e no almoço te chamamos

Elas sai e eu me deito na cama com meu caderno de desenho, olho o teto e sinto o cheiro do garoto no cobertor da cama, o perfume dele não é tão ruim... Esculto minha mãe me chamar e vou para cozinha, o cheiro tava muito bom.

-Espero que goste cozinhamos juntas – Tiffany diz sorrindo

Começo a comer e olha que a comida realmente é boa.

-Eu vou socar o Embry – Ela diz para minha mãe

-Ele deve estar na casa da Emily

-Quem é Emily? – Bateu a curiosidade

-Noiva do Sam, digamos que eles são todos amigos – Tiffany diz – Eu pedi ele pra voltar pro almoço mais parece que ele não me ouve

Fico calada e volto a comer, ao terminar coloco a louça na pia e vou pro quarto, abro o guarda-roupa e estar tudo bagunçado, já vi que vou ter algo pra fazer a tarde toda, coloco as coisas do Embry de um lado e começo a arruma as minhas do outro, troco a roupa de cama e coloco outra, em cima do criado mudo, coloco alguns livros e meu notebook.

Quando dou por mim já é de tarde, pego minha roupa e tomo um banho, vou no quarto da minha mãe e vejo a mesma dormindo com Tiffany, vou na sala e não tem ninguém, vejo milho de pipoca no balcão e decido fazer um pouco, quando já estar pronta me sento no sofá e ligo a tv em um filme qualquer.

Já estava na metade do filme, quando o tal Embry entra pela porta ensopado da chuva.

-Oi – Ele diz e que voz

-Oi – Digo o olhando e ele vai em direção ao banheiro.

Volto meu foco para o filme e depois de um tempo ele volta de banho tomado, vestindo apenas uma calça moletom.

-O que estar assistindo? – Ele pergunta se sentando ao meu lado.

-Eu não sei o nome, mas é legal, quer? – Ofereço pipoca e o mesmo pega

Ficamos em silencio até ele cortar.

-Sou o Embry esqueci de me apresentar – Ele diz estendendo a mão.

-Annia – Aperto a mesma e como ele é quente.

Voltamos a atenção ao filme e eu acabo dormindo já quase no final.

Para sempre sua Embry Call.Onde histórias criam vida. Descubra agora