✞︎𝙲𝚑𝚊𝚙𝚝𝚎𝚛 VII--

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   Depois do encontro com Jeanne e Lucca, o vampiro e o humano voltaram para casa, cansados porém felizes.

   — Noé.. — O humano chamou.

   — Sim?

   — O que..aconteceu entre você e seu irmão para se odiarem tanto?

   —Por que está pensando nisso agora? — Suspirou. — Você quer mesmo saber?

   — É por isso que eu estou perguntando - retrucou.

   — Nós éramos bem próximos, quando meu pai ainda era vivo — começou. — Ele é meu irmão mais velho e sempre me protegeu e amou, porém, alguns dias depois da morte do meu pai.. — Parou por alguns segundos — ele entrou em meu quarto, não para me consolar e sim para me destruir, tanto emocionalmente quanto fisicamente. Ele tinha uma adaga e uma boca, aquilo foi o suficiente pra me fazer desmoronar, ele me jogou contra a parede e apontou a adaga para mim, ele começou a gritar, "A culpa é toda sua!", "Ele estaria vivo se não fosse por você!", "Ele te amou e assim você retribuiu", "Não acredito que vivi com um traídor igual você", logo depois ele tentou me matar, me chutou e espancou. Na época eu não entendi, mas eu descobri o motivo mais tarde..minha mãe, ela nunca gostou de mim, sempre teve preferência pelo meu irmão, mas como ele me amava e meu pai também, ela não pôde fazer nada, porém com a morte do meu pai ela pôde..ela pôde jogar meu irmão contra mim — parou novamente — eu não odeio ele, até porque ela provavelmente manipulou toda a cabeça dele, na verdade eu sinto pena..pena e saudades, porque na época eu pelo menos tinha uma família.. - concluiu.

   Vanitas suspirou, se levantou, foi até o sofá e abraçou Noé de um jeito que nunca abraçou ninguém, se sentia culpado por ter o feito relembrar isso.

   — Amor — O humano chamou manhoso — desculpa — choramingou. Ele se sentia triste.

   — Amor? O que aconteceu? Você nunca me chama assim. — Noé estranhou.

   — Você nunca tentou falar com ele? — Vanitas perguntou sem responder o Vampiro.

   — Já sim, porém ele é muito difícil e ele.. ele me odeia agora.

Vanitas encarou o vampiro por alguns sentido e o deu um beijo suave.

   — Vamos dormir, está tarde — disse se levantando e se dirigindo até a cama.

[•••]

   — NOÉ! SOCORRO! NOÉ! — O humano gritava no meio da noite, na tentativa de acordar o amado.

   Noé se levantou rapidamente assim que se deu conta dos gritos humanos.

   Vanitas estava com as mãos amarradas, sentado em uma cadeira enquanto alguém colocava uma faca contra seu pescoço. Seu humano estava vendado.

   — Olha só, seu amado Noé acordou. — A sombra disse. Era uma voz familiar e com um pouco de esforço, Noé o reconheceu. Era seu irmão, seu querido irmão, precionando uma faca no pescoço de seu parceiro.

   Noé tentou, o vampiro tentou de todas as formas se mover, mas estava paralisado.

   — Noé — chamou. — Você não vem salvar seu querido humano? Se você não vier logo eu vou devorar-lo — provocou lambendo uma das orelhas do humano.

   — Querido, você não vem me salvar? Noé! Me tire dessa escuridão! — Vanitas dizia enquanto lágrimas escorriam por seu rosto.

   Vanitas. Eu tenho que salvar o Vanitas, eu tenho que salvar meu filho.

   Eram as únicas coisas que passavam pela cabeça do mais velho, salvar seu filho, salvar Vanitas.

   Enquanto Noé se corroía por não conseguir se mover, ele podia observar seu querido irmão colocar uma de suas mãos dentro das roupas do humano. Seu sangue borbulhava. Vanitas gritava e chorava e a única coisa que Noé podia fazer era observar.

   – Que tal eu provar do sangue dele? – O vampiro mais velho disse aproximando-se do pescoço do humano. – Parece delicioso.

   – Pare. – Finalmente Noé conseguiu dizer algo. – Pare! – Gritou. – PARE!

   O vampiro não conseguiu impedir que o humano fosse prejudicado, Jonh fincou suas presas no pescoço de Vanitas de uma maneira bruta. Doía. Não era como quando Noé fazia aquilo, aquilo doía, os gritos de dor de Vanitas e os gritos de Noé pedindo para que seu irmão parasse eram ecoavam pelo quarto.

   De repente, Vanitas começou a gritar muito. Sangue. Sangue começou a sair das pernas dele.

   – Pare! – Dessa vez quem gritou foi o humano. – Dói! Pare! Pare por favor. – Implorava chorando.

   Vanitas se comtorcia de dor, Jonh apenas observou a dor infernal que o humano sentia.

   – É ruim ver seu amado sofrer assim Noé? Agora você sabe como eu me senti. – Disse. – Tome cuidade por onde anda me ouviu, humano? Porque seu gosto é maravilhoso.

   Jonh desapareceu no ar e o feitiço lançado em Noé se desfez. Noé correu até Vanitas para o desamarrar, mas já era tarde. Vanitas tinha perdido o bebê.

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