❉ ╤╤╤╤╤╤╤ ✿ ╤╤╤╤╤╤╤╤ ❉
┏━━━━━━━━━━━┓
Melhores amigos
┗━━━━━━━━━━━┛
❉ ╧╧╤╤╤╤╧╧ ✿ ╧╤╤╤╤╧╧ ❉

𝕾𝖊𝖏𝖆 𝖇𝖊𝖒 𝖛𝖎𝖓𝖉𝖔(𝖆)...
『••✎••』

Escuro. Isso foi tudo o que a garota pôde ver ao recobrar a consciência. Um silêncio mortífero cobrindo todo o local e lançando uma sensação de estranheza. O chão não existia, nem paredes, nem céu, apenas um vasto, enorme e bizarro espaço infestado por nada. Um líquido preto-esverdeado começou a descer de algum lugar lá no alto, rastejando pelo vácuo como uma astuta e perversa cobra. O líquido pútrido e gosmento caiu sobre a pele de [Nome], escorrendo sobre seu cabelo e pingando sobre seus pés.

A garota passou a mão por sobre sua cabeça, em uma tentativa errônea de retirar de lá aquele fétido líquido verde e apodrecido que escorria em sua cabeça e descia sobre seu rosto; o odor daquele líquido verde-escurecido fazendo-a contorcer o nariz. Contudo, ao tocar no local onde era suposto de estar o topo de sua cabeça, não havia nada ali. A garota então observou o próprio corpo, e não havia nada. Nem mesmo um único sinal físico de sua existência, apenas sua consciência. Uma sensação terrível e amedrontadora de medo subiu sobre sua mente.

Terei eu parado de existir? Pensou ela, Algo teria dado errado? Aquele deus teria mentido para mim?
Algo não estava certo, e a mente de [Nome] começou a trabalhar em velocidade máxima, tentando de alguma forma compreender a situação - na qual ela certamente nunca entenderia por completo.

Sua consciência, seu ser, estava lá, e ela sentia seu corpo e sentia seus movimentos, mas eles não estavam lá. Estupefata, a garota Gritou por ajuda; mas ninguém veio, e nenhum som ousou sair de seus lábios. A garota começou a entrar em pânico, e uma mistura de raiva e medo preencheu sua mente.
O que diabos é isso? Pensou. Teria eu sido enganada?

A garota novamente tentou gritar, mas nada, nem mesmo um ser vivo respondeu ao seu desesperado chamado, e nem mesmo sua voz saiu.

A garota simplesmente desistiu, sentando com seu corpo inexistente em meio ao vácuo. Aquilo estava longe de ser o universo observável, e também longe de ser alguma realidade.
Um tempo, no qual mais pareceu anos, se passou, e nada a garota conseguira escutar.
Contudo, depois de um certo tempo, uma voz, algo vindo de algum lugar lá embaixo fora escutado. Era uma voz doce; como uma canção de ninar. A voz cantarolava em tons baixos um trecho de uma música pouco conhecida.
O som calmo e angelical da voz, cantando a canção como uma bela música de ninar, em tons lentos e melódicos, mas distorcidos e incômodos, cantou as letras com maestria e convicção, quase como uma afirmação em meio as notas que pareciam serem tocadas diretamente por um piano, notas baixas e serenas; agudas e grandiosas.

(Adicionar aspas bonitas no fim.)

[Nome] se levantou, o som da música preenchendo seus ouvidos e entrando em sua mente. Um impulso foi-se sentido das pontas de seu dedão ao topo de sua cabeça; e ela correu pelo vácuo, correu e correu mais um pouco; e quanto mais corria, mais para baixo parecia ir.
Estrelas começaram a aparecer naquele enorme vácuo, e um frio aterrador bateu repentinamente sobre seu corpo inexistente, lhe fazendo ceder por um momento, mas logo continuou a correr.

E mais e mais, a canção parecia ficar cada vez mais vívida na mente dela e mais alta a cada segundo que se passava; a cada segundo no qual se aproximava mais da origem da melodia; e sentia-se que sua mente foi ungida.

Tanjiro Kamado | IMAGINEOnde histórias criam vida. Descubra agora