O Ladrão de quartos

the party

Após o jantar no salão, coloco a gorjeta na mesa e me retiro do local, quando chego no quarto uma onda de animação me percorre pelo corpo, tranco a porta e vou em direção a mala, escolho uma roupa e vou tomar outro banho.

Tenho que confessar, não consigo sair sem tomar um banho antes.

•

Após o banho, saio do banheiro, pego meu secador e conecto na tomada do banheiro, começo a secar meus cabelos com muita energia positiva pra hoje, quando termino volto pro quarto sento na penteadeira e puxo minha nécessaire que eu havia deixado antes.

Básico.

Desenho meus lábios com um lápis próprio para ele, e por fim um gloss.

Ainda com a minha toalha no corpo, vou até a cama e apanho o meu vestido e o visto.

Ele é um vermelho vibrante de seda, justo em meu corpo e um tanto curto, vou até o espelho e rodopio me sentindo linda.

Pego uma bolsa preta com brilho, coloco o necessário. Saio do quarto.

Desço de elevador, sento numa das poltronas na sala central do hotel, onde somos atendidos.

Pego meu celular e chamo um táxi, olho a hora; 21:30.

Em cinco minutos, ouço o barulho da buzina do táxi e sigo em direção.

•

Enquanto espero chegar no lugar, entro em minha rede social, o app Instagram para ser mais exata.

Rolo a tela, entro em em alguns storys, abro um em específico.

Alice.

   Ela usa um vestido rosa claro, quase branco, o vestido ia até o joelho sem decote e de gola alta. Seu cabelo estava preso deixando seus fios castanhos juntos. Ao lado dela uma cara, sua pele amarelada usava uma camisa verde clara com uma correntinha de ouro e o cabelo cortado.

Saio do Instagram.

Traidores.

Sem perceber, os minutos já haviam passado, e me assusto com a voz do senhor.

— Senhorita? Já chegamos.— ele avisa.

Tiro o dinheiro da bolsa e lhe entrego, saio do carro e contemplo um pouco o lugar.

O barulho do lado de dentro era bem alto aqui fora.

O lugar por fora é bem iluminado, há algumas pessoas na fila, outras fumando e se drogando.

Ando em direção a fila, me coloco no último lugar, e observo as conversas.

— disseram que ele está aí hoje — ouço uma ruiva dizer.

— já está aí, será?— pergunta uma loura.

— Aí eu não sei, ainda não possuo uma bola de cristal.— retruca a ruiva.

— esses seus hormônios estão te fazendo mau mesmo, cruzes!— diz a loura.

Pouco centímetros uma garota de cabelos negros e longo chega até as meninas.

— Buuh! — assusta a loura, fazendo com que a mesma pisasse em meu pé.

— Aí! — resmungo baixo.

A loura se vira pra mim bruscamente meio atordoada, ela olha pro meu pé e depois para mim.

— Desculpa! Eu acabei me assustando, tá doendo?— ela diz e olho meus pés — que salto bonito!— ela volta a falar encantada.

Dou uma risada baixa com a mudança repentina dela.

— Tá tudo bem — digo — eles são mesmo, ganhei de uma amiga, te passo o nome da loja se quiser — conto a ela.