Confiro se já foram todas as malas e as três caixas... Tudo certo, fecho o porta-malas do carro, ainda com o sentimento de que estou esquecendo alguma coisa, entro dentro de casa e dou uma leve revistada pelo meu quarto.
Avisto ali, no canto do chão do meu quarto, meu urso de pelúcia da cor de amêndoa.
Pego o mesmo e volto pra fora, entro dentro da carro no qual já está ligado.— Tudo certo? — pergunta meu padrasto me olhando pelo espelho retrovisor de dentro.
— Sim, quase deixei o Teddy pra trás.— digo a eles
Seguimos o caminho tranquilos, não é muito longe o aeroporto, e em menos de 15 minutos já chegamos.
Enquanto meu padrasto colocava minhas coisas pra fora eu estava me despedindo de minha mãe.
— Tenho que admitir, eu odeio despedidas — digo sorrindo.
— É, eu sei meu amor...— ela diz me confortandido.
•••
Atenção passageiros, estamos prestes a desembarcar em Las Vegas, Sejam Bem- Vindos!
Las Vegas, a cidade dos cassinos e da diversão. Esse com certeza é meu lugar.
Depois de uns 40 minutos, chego no meu quarto de hotel.
Me jogo na cama exausta, pego com esforço meu celular do bolso e olho algumas mensagens, respondo meu pais e o desligo. Olho a hora e falta apenas 15 minutos para às oito.
— Pensando bem... Acho que não estou tão cansada assim — digo a mim mesma com um sorriso divertido.
Me levanto da cama e respiro fundo, pego a minha mala e a coloco em cima da cama a abrindo logo em seguida.
Pego minha toalha e separo um conjunto de roupa.
Tomo um banho longo e aproveito para hidratar meus cabelos.
Saio do banho enrolada na toalha e enxugando meu cabelo com outra. Vou até o espelho para me ver.
— Que porra é essa?— quase grito com o susto.
Vejo sentado em minha cama um homem de cabelos negros e olhos verdes. O mesmo usava camisa social com três botões abertos.
— Eu é quem pergunto. — ele de ríspido — é burra por acaso?
— Eu, burra? Você que invadiu meu quarto, seu idiota.— esbravejo chegando perto.
— Idiota? Sabe quem eu sou?— ele pergunta, mas antes que eu pudesse responder ele fala — o número do quarto é 351. — ele se levanta e vem até mim, ficando a dois passos de distância.
Ele mexe em seu bolso e retira um papel branco com bordas douradas, e havia escrito o número do quarto em que ele foi colocado.
Dou um sorriso cínico e me afasto, vou até a cama e abro minha bolsa, tiro o mesmo papel dourado com o mesmo número, e levo até o mesmo, mostrando o papel tão perto que se aproximasse mais a minha mão iria encostar em seu nariz.
— Isso é patético! — ele esbraveja com raiva, e retira minha mão de sua frente de forma brusca— esse quarto é o meu. — ele afirma me olhando nos olhos.
Viro de costas para o mesmo e sigo até a porta, abro e o olho de volta, o mesmo parecia com mais raiva ainda.
— Boa sorte na procura de um novo quarto, amigo — dou mais um de meus sorrisos cínicos a ele.
Ele vira caminha batendo os pés tão forte que acho que posso sentir o chão tremer.
Ele chega bem perto quase encostando de medo, e uma onda de preocupação me percorre.
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O Ladrão de quartos
RomansaO que fazer quando seu quarto é invadido por um completo estranho e ele se recusa a deixá-lo? Google pesquisar