🌸Trim Trim: Brotos rodopiam! Flores dançam

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Quem sabe se dançar com o inimigo não fosse uma prática saudável?

Bem, Sailows podia jurar que seu maldito estado de merda era terrível. Pois rodopiava em uma música lenta, junto de Maihok. Tal homem não abandonava o sorriso de canto, nem mesmo desviava o olhar do rapaz. 

Com sua aparência revelada, muitos prestavam atenção naquela dupla. Quem sabe fosse até sorte... Sorte que Maihok tenha lhe convidado para dançar, assim ficaria longe de qualquer ataque.

- Que falta de educação. - Comentou o homem. - Mesmo dançando comigo, não tira os olhos de meu irmão.

Fora assim que o jovem notou sua indelicadeza. - Não é pessoal.

- Ah não? - Maihok girou seu parceiro para longe, mas logo o puxou de volta. - Devo me sentir feliz por isso?

- Quanta possessividade. - Sailows revirou os olhos. - Estou dançando com você não estou?

- Está. - Afirmou segurando o queixo do rapaz lhe obrigando a empinar o nariz. - Mas gosto quando presta atenção em mim. - Virou o rosto de Sailows na direção de Jaine, que por sua vez desviou o olhar. - Ele também está te observando.

- Não torne isso pessoal. - O garoto colocou a mão sobre o ombro daquela Aranha estranhamente suspeita. - Mal nos conhecemos.

- Estou dizendo para tomar cuidado. - Comentou indiferente, ao notar que Sailows permanecia olhando para Jaine. - Pois se estiver distraído. - Sorrateiramente se aproximou do pescoço do rapaz passando seus lábios lentamente ali. - Não hesitarei em lhe morder.

Sailows bateu as mãos no peito de Maihok se distanciando daquele maluco! O homem apenas riu com aquele reação raivosa.

- Vai prestar atenção em mim agora? - Perguntou de forma levada.

O rapaz rosnou se sentindo um pouco quente. Fez uma careta pela situação, mas não queria fazer uma cena.

Aranhas sempre foram mais diretas. Não se importavam em demonstrar afeto, ou de flertar descaradamente.

- Não tente isso outra vez. - Disse áspero.

- Como quiser. - Voltou a estender a mão.

Mesmo irritado, Sailows voltou a dançar com aquele homem esquisito, que parecia mais do que satisfeito em ter a atenção do garoto.

- O que quer de mim? - Perguntou o Príncipe.

- Esperto. - Disse com aquele maldito sorriso. - Não vamos fingir que está aqui por acaso. Tão pouco que deseja algo de meu irmão.

Sailows serrilhou os olhos. - Prossiga.

- Não nos conhecemos. Mas se me permite guiá-lo para longe dos olhares curiosos, irei acabar com sua dor.

- Dor?

- Está sofrendo. Posso sentir isso. - Eles rodopiavam lentamente até as mesas de carne.

- E o que deseja em troca?

- Sua atenção.

O que tinha a perder? Agora que suas escolhas eram matar o Rei das Aranhas, qualquer ajuda era bem-vinda. Mesmo que não fosse idiota ao ponto de cair em uma simples conversa. Era muito bom com suas adagas, que estavam bem escondidas no terno. Mesmo que caísse, não iria sozinho.

Além do fato de estar morrendo de dor. Tal oferta era incrível.

- Não vejo a hora de cair na teia de uma Aranha. - Sorriu forçado.

- Que Broto inteligente. - Elogiou por pura diversão.

Quando tinham o caminho livre, Maihok segurou a mão do Príncipe, lhe guinado pelas ruas estreitas. Algumas passagens levavam os locais ainda mais escuros e mais terríveis. Mesmo desconfiado, com a mão livre em uma das adagas, Sailows o seguiu sem dizer nada.

Não demorou para poder notar um jardim caindo aos pedaços. Por ali, chegaram a um muro de pedra, onde ao proferir algumas palavras estranhas, a passagem secreta se abriu.

- Você vai roubar um órgão meu não é? - Perguntou Sailows sobre todo aquele suspense.

- Quem sabe. - Brincou Maihok. - Não sou seu inimigo aqui Príncipe das Rosas.

O rapaz se calou. Não havia dito quem era! Nem mesmo deixado claro seus status. Poderia se arrepender de tê-lo seguido, além de estarem passando por um túnel imundo e escuro, mas seria divertido vê-lo tentar alguma coisa.

Quando enfim pode notar, estavam nos corredores do enorme Castelo Das Presas. Dali, a visão era ampla para o grande Reino. Não havia paredes naquele corredor, apenas grandes pilares que iam ao teto.

- Veja. - Maihok guio o rapaz pela mão, até sua frente, lhe colocando diante da proteção, para que pudesse olhar o Reino das Aranhas. - O que vê?

- Um Reino morto e coberto por uma neblina medonha. - Seu tom era de desinteresse.

- Ótimo. - Sorriu orgulhoso. - Mas é um Reino em decadência. A cada dia que se passa, estamos morrendo.

- Meus pêsames. - Disse irônico.

Mesmo ali naquela trégua silenciosa, Sailows não podia esquecer o quanto as Aranhas fizeram seu povo sofrer.

- Que língua ácida. - Brincou. - Então se pensa assim, me pergunto o que acharia se soubesse da verdade sobre a neblina.

Sailows sentia que Maihok estava perto demais, mas não o desagrava, até mesmo parecia deixar a dor menos presente... Como se o conteúdo de suas veias estivessem sendo drenada.

- O que tem ela? - O rapaz observou aquela densidade por toda a cidade.

Quando sentiu os dedos de Maihok em sua cintura, pode jurar que era um toque familiar! 

Muito familiar...

- Ela nos matem vivos. - Sua voz baixa ficou baixa no ouvido de Sailows. - É Venenosa. Nossa força vital. Aranhas se mantem vivas pelo Veneno.

O rapaz perdeu o fôlego ao sentir os lábios de Maihok em sua orelha.

- Eu sinto o cheiro de seu Veneno. - A mão, se colocou justamente onde ficava a marca de Sailows que por sua vez arfou em alívio. - É delicioso.

Era como ficar hipnotizado. Desta vez não queria sair do braços de Maihok.

- Assim como os da sua Espécie. - Disse com certa raiva. - Sabe quantas Higanbanas morreram aqui seu Broto estúpido? Quantas de vocês foram sacrificadas para nós manter vivos?

O jovem arregalou os olhos com tal revelação.

- Agora está nos meus braços. O que eu faço com você?

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Flores também Matam - [Romance Gay]Onde histórias criam vida. Descubra agora