Capítulo 4

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Já no CT do clube, Anya e eu entramos na área de recepção e damos de cara com os jogadores, aparentemente chegamos cedo demais. Procuro meu pai e acabo encontrando Pedri e Gavi.

- Oi gatinhas. - Fala Pablo.
- Boa tarde meninos. - Digo e Anya os comprimenta com um sorriso.
- Tá procurando seu pai? - Pergunta Pedri
- Estou, vim tirar umas fotos de vocês, sabe, pra colocar na minha parede. - Respondo provocando.
- Sei, vou precisar de uma sua também então, direitos iguais. - González responde, todos rimos e percebo como o sorriso dele é bonito.

Enquanto conversavamos, meu pai chegou e fui comprimenta-lo.

- Oi filha, tá fazendo amigos? - Dou um sorriso e falo:
- Acho que sim, e você?
- Tá tudo bem, meu amor. Vou ver se consigo deixar vocês mais perto do campo hoje, conversei com a administração e já assinaram a autorização de imagem que você mandou.
- Que bom! Seria ótimo se der pra ficar mais perto.

E assim foi... Ficamos dentro do campo de treinamento e eu consegui tirar várias fotos. Enquanto fotografava me lembrei do motivo de me dedicar tanto a isso, o sentimento de ansiedade para ver os sorrisos e as expressões depois é a minha parte favorita.

Passado o treino, os jogadores estavam deitados e reunidos no gramado, aproveito e me aproximo com a câmera. Um dos jogadores, um brasileiro, Raphinha, me chama e fala em português, até me assusto na hora, já que as únicas pessoas que eu ouço falar nesse idioma nos últimos tempos são meu pai e Anya.

- Moça, tira uma foto nossa aqui.
- Claro. - Respondo e começo tirar fotos do jogador com os colegas. Um deles tira a blusa e os outros entram na onda, e já começo a pensar que Anya deve estar se aproximando, se conheço-a bem.

Não demora muito ela chega ao meu lado. Olho pra ela e ela me olha, segurando a risada.

Enquanto tiro as fotos me pego olhando por tempo demais para Pedri, e acho que o mesmo percebe e me encara de volta, tento disfarçar e tiro uma foto dele.

- Gata, tira uma nossa aqui. - Fala Gavi, do lado do melhor amigo.
- Ela tem nome. - Diz González e da uma batida de leve no braço do amigo. Fico arrepiada, devolvo com um sorriso e tiro a foto.

****

Já em casa, Anya e eu tomamos banho e deitamos na minha cama, sem planos para nada.

- Jen, não me mata, mas o Gavi pediu nossos números e eu passei. - Olho para ela com cara de brava.
- Eee, não me mete nos teus rolos. - Digo e a mesma toma fôlego pra responder.
- Não fiz só por mim, você já sabe que não vai rolar comigo e com Gavi, Pedri não me interessa, quem sabe eles têm outros amigos bonitos né, mas enfim, passei pra ver se da uma movimentada na sua vida, você me deu uma lição de moral mas cedo e eu estou te dando uma agora. Você precisa começar a se abrir mais, eu entendo como todo o rolo com a sua mãe te deixa insegura, porém, Jenna, vai viver!
- É talvez eu deva, mas não quero me jogar de cabeça, muito menos com jogador de futebol. - Respondo pensativa.
- Não tô te pedindo pra namorar ninguém, só curtir um pouco.
- Vou tentar, prometo.

Depois de um tempo lembro que tem muitas fotos na câmera que preciso passar pro meu computador. Primeiro, dou prioridade para as fotos que tirei antes do almoço, da marca que me contratou, e após já ter passado algumas começo a olhar as do treino.

Chamo Anya pra ver comigo e passamos longos minutos olhando... Até que recebo uma ligação de um número desconhecido e a amiga ao meu lado da um sorriso, pressupondo quem seja.

- Alô? - Falo calmamente.
- Oi, gata, tá fazendo o que? - Pergunta Gavi e de fundo ouço um som alto de música.
- O que você deveria estar fazendo, descansando. - Respondo
- Hmm, que garota responsável, e o que acha de quebrar umas regras e vir curtir com a gente?
- Eu não sou muito disso sabe, acho que vou deixar pra outro dia...
- A Jen, faz esse favor, deixa a gente te mostrar o lado bom da Espanha. - Enquanto o jogador fala ouço um barulho na sala do lado de meu quarto e saio pra olhar. Abro a porta e dou de cara com o meu irmão e minha mãe, olho para o meu pai ao lado, volto para o quarto correndo e respondo Gavi:

- Tá, nós vamos, me passa o endereço.- Olho para An e ela entende, tranco a porta do meu quarto e ouço batidas na porta.
- Eu não quero falar com ninguém! - Grito em um tom de raiva. - Preciso sair daqui rápido, penso.

Escolho dois vestidos iguais mas de cores diferentes para mim e Anya, um preto e outro branco, colocamos algumas jóias e saltos das respectivas cores dos vestidos. Pego minha bolsa de maquiagem e digo:

- An, vamos se maquiar no carro, não quero mais ficar dentro dessa casa. - Ela assentiu e saímos pela janela.

****

Chegando no lugar vejo que é uma casa enorme, pagamos o uber e decemos. Abro a porta e damos de cara com uma sala extremamente decorada e observo os quadros na parede, pra minha surpresa em um deles tem uma pintura de Pedri de costas com a camisa do Barcelona, o que esclarece as dúvidas de quem seria o dono da mansão.

- Nossa! Nem acredito que vocês realmente vieram. - Grita Gavi, fazendo meu coração acelerar de susto.
- Pois é, nem eu acredito. - Respondo dando risada.
- Vem, vamos pra festa. - Diz o jogador e me puxa pelo braço. Olho pra An e ela faz uma careta engraçada.

Pablo nos leva a uma área de piscina e olho ao redor, o lugar estava cheio mas dou de encontro com Pedri e ele me olha de volta. Penso em como ele está bonito descontraído desse jeito e vou comprimenta-lo.

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