Capítulo 9

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Quando chegamos no CT os jogadores já estão no gramado esperando pelo meu pai. Assim que chego olho para Pedri de longe e o mesmo devolve com um sorriso, meu coração palpita um pouco.

Enquanto acontece a preparação aproveito para tirar várias fotos, eu poderia lucrar com essas fotos mas o clube só me deixa vender pra eles, o que por mim tudo bem já que só faço isso por hobbie. Não que eu precise trabalhar, mas o meu dinheiro próprio vem de quando sou contrata por marcas, e devido ao nome do meu pai já fotografei para grandes empresas e eventos. As vezes resolvo dar uma de modelo e entro em campanhas, mas a minha verdadeira paixão é fotografar.

No final do treino consigo me aproximar mais dos jogadores, até que:
- Gatinha, deixa eu tirar uma foto. - Pergunta Gavi.
- Não sai, deixa que eu tiro. - Fala Pedri ao seu lado.

O jogador pega a câmera de minhas mãos e começa a tirar fotos de seus colegas. Fico meio sem saber o que fazer e vou andando pra fora do gramado, mas González me grita e quando viro para olhar, ele tira uma foto e começa a se aproximar.
- Jen, essa vai ser pra mim colar na parede. - Damos risada e ele continua em um tom mais baixo:
- O que você acha de almoçarmos juntos? Posso te levar em um lugar legal, que raramente sou reconhecido. - Fico sem piscar por alguns segundos, ele me pegou de surpresa, claro que eu quero sair pra comer com Pedro González López, a pergunta é quem não quer? Por isso respondo:
- Ah, pode ser sim, só preciso avisar meu pai.
- Pelo amor de deus não fala que é comigo não.

Acho estranho porém não penso muito na hora, assinto com a cabeça e vou até meu pai avisar que não precisa me esperar.

Depois de longos minutos, que presumo ser por conta do banho, nos encontramos no estacionamento e sigo Pedri até seu carro, quando entro:
- Você gosta de comida italiana? - Pergunta ele.
- É a minha favorita. - Respondo-o e dou um sorriso.

No caminho fico pensando na promessa que eu tinha feito a minha mesma de não sair com jogadores de futebol, espero que Pedri valha a pena...

Já na porta do restaurante, fico impressionada com a beleza do lugar, fica em um local bem alto, o que permite ver os prédios de cima e tem um clima escuro, torço pra comida ser boa pois estou morrendo de fome.

Quando entramos González fala a recepcionista que tinha feito uma reserva e ela nos leva até uma das mesas, já sentados falo:
- Você tinha tanta certeza que eu aceitaria que fez uma reserva?
- Eu sei que você não ia resistir.
- Você pareceu o Gavira falando agora, metido e convencido.
- Hm, dizem que jogadores de futebol estão acostumados a terem tudo que quer. - Me lembro de ter falado algo assim já, o que era verdade e me dava raiva, então decido provocar:
- Ah, então eu sou algo que você queira? - Dou um sorriso de canto de boca e antes dele ter oportunidade de responder o garçom chega com o cardápio.

Passamos um tempo decidindo o que pedir, e por fim, peço um risoto de queijo e ele um de legumes, pra acompanhar pedimos um vinho branco. Volto a falar:
- Isso é oficialmente um encontro?
- Se você quiser que seja, sim. - Se eu quiser, eu quero, eu quero muito, penso.
- E Anya? Ela vai voltar? - Pergunta o jogador.
- Sim, a gente tá planejando morrar juntas, ela quer estudar moda por aqui e seria bom ter um lugar pra respirar.
- E sua família, tá tudo bem?
- Tá sim, mas eu já tenho 20 anos, preciso de uma espaço meu, sabe.
- Aham, já eu pelo contrário, tenho muito espaço, até mais do que eu gostaria.

Passamos o almoço todo falando sobre si e cada vez mais eu tinha vontade de beijar ele, não conseguia parar de olhar pra sua boca.

Quando estamos terminando percebo que estou um pouco tonta por conta do vinho e decido ir ao banheiro pra jogar uma água no rosto e ver se fico melhor. Peço licença e vou, quando abro a porta dou de cara com um rosto conhecido.

Segundo tempoOnde histórias criam vida. Descubra agora