ᴘᴏʀᴄᴇʟᴀɪɴ ᴅᴏʟʟ - C!Tommyinnit

Feliz aniversário!

Tom voltou para casa tarde, com o braço enfaixado e com o antebraço arrancado, Shroud já teria chegado e estava aguardando pacientemente sentado no sofá pela volta de seu pai que, ao ver a volta do pai sem o braço em que teria envenenado, Shorud vai até ele e segura seu braço
— Porque fez isso?...
— Era preciso, Shroud. Mas agora está tarde, você precisa dormir para comemorar seu aniversário amanhã, meu bebê. ‐ Diz Tom caminhando até a cozinha para esquentar o leite para poder por o pequenino para dormir.

05:10

Tom estaria caminhando pela floresta sem rumo, sabendo que daqui alguns minutos Shroud acordaria, é o aniversário dele hoje de sete aninhos e seria a primeira festa que Shroud ganharia, porém estaria super preucupado pois as pessoas estão a muito pouco de achar a localização da sua casa, por isso tem cada vez mais receio de deixar Shroud sozinho. Pensando em tudo oque tem que ter em uma festa de aniversário como, decoração, doces, presentes, música... Bolo. Era isso que faltava, o bolo a peça essencial da festa.

Agora o corre corre começou atrás dos benditos ingredientes do bolo, ele precisa chegar com o bolo pronto se não a festa que é para ser surpresa será um fiasco.

Açúcar, meia dúzia de ovos, farinha, leite, cacau e morangos! Depois de uma hora todos os ingredientes recolhidos, Tom caminha até uma casa em construção e aproveita a mesa de trabalho e o forno que tinha ali dando sopa para fazer o bolo.
O bolo ficou lindo e aparentemente gostoso, além de cheiroso óbvio, Tom pega o bolo e põe em uma bandeija e o tampa com coisas que já trazia na mochila, quando ouve passos, provavelmente séria dos donos da construção, então ele sobe no pilar com dificuldade e pula pegando impulso para o voo, saindo voando sem nem olhar para trás, com a mochila nas costas e segurando o bolo. Após voar por três ou mais minutos pousando em cima da copa de uma árvore com um sorriso no rosto por poder levar um bolo para o aniversário de seu filho, ele desce da copa da árvore que coincidentemente séria a que seguraria a casa da árvore, entrando lá dentro e colocando o bolo em cima da bancada e saindo novamente para agora, pegar uma boneca nova mesmo que ele já tenha várias de vários tipos, mas agora ele iria atrás de uma especial, mais especial.

Sobrevoando por cima de vilas e cidades abandonadas, de vários locais até ver uma loja de brinquedos abandonada e descendo e pousando na frente da loja, ao entrar veria diversidades de brinquedos, ursos, carrinhos, bonecas, bonecos, cavalinhos de madeira.. E pensar que tudo isso foi abandonado desde o apocalipse, caminhando a solta pela loja ele vê uma única boneca de porcelana que não está quebrada, de cabelos negros e curtos, pele negra e olhos vermelhos que não usava um vestido, mas sim uma camisetinha social branca e uma saia preta, meias pretas e sem os sapatinhos. Mesmo com todas as imperfeições do tempo, a boneca estaria perfeita e Shroud, não teria nenhuma igual e a boneca se pareceria muito com ele, Tom a pega com cuidado e a coloca dentro da mochila, mas ao tentar sair do corredor se depara com zumbis mechendo nos brinquedos, com o susto porém já acostumado, silenciosamente dá meia volta e sai pelo outro lado, abrindo voo e voando de volta para aonde seria sua casinha no bosque.

Enquanto voava refletia sobre coisas, mas os pensamentos intrusos sobre as guerras enchiam a cabeça dele, aquelas memórias de explosões, aquelas pessoas mortas e o exilio... O tanto que ele apanhou, o tanto de pets que perdeu e crianças que cuidava que também se foram nesse meio tempo, ele pousa dentro do bosque, alguns metros antes do barraco e vai caminhando calmamente até a casa que, quando chega mais perto se depara com a visão do inferno, uma cratera aonde séria para ser a base da casa, pedaços espalhados e as poucas coisaa que sobraram que se tornaram ruínas... Totalmente sem reação, corre até lá pulando dentro da cratera e procurando em meio aos destroços o seu filho que não saira de dentro da casa igual todos os dias, não é? Não é? Deus que ele tenha saido de lá, revirando as coisas de madeira que estariam pegando fogo pelos explosivos sem nem se importar com o fogo, sorrindo entre as lágrimas
— Não, não, não pode acabar assim, eu não posso perder outra criança, o Shroud não.. Ele deve ter fugido, ele tem que ter fugido! Hehaha
Tom pula e voa para fora da cratera, olhando de um lado pro outro em pânico total atrás de seu bebê, hoje é aniversário dele, não pode acabar assim
— SHROUD! SHROOUD! ‐ Gritando o mais alto que pode mesmo com sua voz rouca, correndo em volta e procurando em todos os lugares, tentando não pensar o pior e após cansar de tanto correr, tremendo pelo medo e pela adrenalina, se senta em cima de um tronco e fica olhando encarando o chão, já tendo aceitado a situação por diversas vezes que já se passou por isso, se levanta, larga a bolsa em que carregava no chão, pegando apenas a boneca de porcelana, o masso de cigarro e suas ferramentas e se retirando do local.