Nariz.

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    — Jungkook!

   Os meninos gritaram e correram até eles. Jeon sentou de volta no banquinho com o auxílio do platinado. Ele tampava o rosto com as duas mãos e lágrimas insistentes saiam de seus olhos.

  — Jungkook, você tá bem?! — Richarlison perguntou sentando ao seu lado. Colocou um de seus braços em suas costas.

   — Tá doendo! Tá doendo muito! — ele reclamava de dor. Depois começou a resmungar e coreano, como ele sempre fazia.

   Richarlison estava começando a ficar aflito. Não sabia o que fazer naquele momento. E a falta de fala do outro não colaborava nem um pouco.
 
   — Jungkook, o que foi? — Lucas pulou a mureta e abaixou do lado dele.

   — M-meu... meu nariz. — falou baixinho e com a voz embolada pelo choro.

   — Certo. Posso ver? — perguntou calmo – embora estivesse nervoso por dentro.

   — Dói. — recuou um pouco para que ele não o tocasse.

   — Eu sei. Eu não vou tocar, tá? Só me deixa ver. — pediu de novo.

   O Andrade sentiu um comichão esquisito percorrer seu corpo. Não sabia porque, mas ver Jeon responder tão bem à Lucas o deixou nervoso – ou com ciúmes, na verdade.

   — Puta merda, quanto sangue. — Lucas falou boquiaberto. — Dá um paninho pra mim, por favor!

   — Toma! — Vinícius jogou uma toalha de rosto.

   — Não! Não! Não! — exclamou quando ele se aproximavam com com pano. — Vai doer.

   — Relaxa. Não vou te machucar. — deu um sorriso gentil de canto e finalmente colocou a toalha em seu nariz para que o sangramento parasse.

   Ric revirou os olhos e se afastou de maneira inconsciente. Estava com ciúmes, era nítido. Mas mais além do ciúmes ele tinha raiva. Raiva daquele impertinente que acertou aquela maldita bola no rosto de Jungkook. Ele foi até ele já o empurrando. E olha que surpresa, uma bele briga acontecia novamente.

– • –

    — Mas, Tite! Eu não posso ficar fora. — respondeu aflito.

   — Você já está, fora! Arranjou duas brigas em um mesmo dia e em questão de minutos.

   — Ele me provocou!

   — Então você sai socando todos que te provocam, Richarlison?

   — É claro que não, treinador.

   — Então pronto. Resolvido.

   — Ele acertou a bola no rosto do meu amigo! — comentou indignado.

   — Acidentes aconte-

   — Acontecem dentro do campo, com os jogadores! Não com alguém que só estava espectando. — pôs as mãos na cintura. Indignado.

   — Ele estava no lugar errado, na hora errada. — suspirou.

   — Não. Ele não estava. Jeon não tinha culpa alguma de levar aquela bolada.

   — Sim, realmente. Mas não há mais nada que possamos fazer. Já o trouxemos para o hospital e ligamos para seus pais.

   — Droga! — xingou nervoso.

Bolada. - RicharKookOnde histórias criam vida. Descubra agora