Palpitando.

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    Eu e Jeon vimos juntos à escola hoje. Ele... ele é lindo. Que raiva de mim!

   Desde o momento em que ele entrou no carro eu não consegui tirar esse pensamento da cabeça. Eu não consegui tirar os olhos dele.

   Pra ser bem sincero... eu não tiro Jeon da minha cabeça desde quando nos beijamos na cozinha da minha casa. Seus lábios quentes e macios juntos aos meus. As mãos agarradas ao meu pescoço. A cintura, os quadris, absolutamente tudo! Jeon Jungkook é uma obra de arte.

   — Richarlison, tá me ouvindo? — a voz do moreno o tirou de seus seus devaneios.

   — O-oi. — balançou a cabeça e voltou a prestar atenção nele.

   — Cê tá todo dispersado... tá bem?

   — Sim. Tô ótimo. — sorriu. Aquele sorrisinho torto. — Por quê? — juntou um pouco as sobrancelhas.

   — Acabei de dizer que você está dispersado...

   — Ah, é nada não. Relaxa. — baguncou o cabelo dele. O cheiro cítrico do shampoo se espalhou entre eles.

   — Já falei pra não bagunçar meu cabelo, Richarlison! — resmungou bravo.

– • –

   — E a "nariga'', maninho? — Paquetá perguntou.

   — Se manca! Que "nariga" o quê. — fez biquinho e começou a reclamar em coreano. Os demais riram.

   — É "napa" então. — o moreno continuou provocando enquanto ria.

   — Nariz Paquetá! Nariz!

   — Ele sabe. Tá só te provocando. — Neymar comentou.

   — Fecha a boca, porra. Ô' nojeira. — Antony deu uma cotovelada sem muita força no braço de Richarlison.

   A cotovelada fez ele derrubar um pouco da comida no chão.

   — Tá maluco, cara? — disse com um olhar irritadiço.

   — Presta atenção então. — o outro franziu as sobrancelhas. — Se você continuar encarando esse moleque com essa cara, eu juro pra você, ele vai secar.

   — Quê? — ele olhou espantado.

   — É. Você sabe o porquê. — revirou os olhos emburrado.

   Os dois ficaram quietos e voltaram a comer. Isso até Richarlison ficar encucado demais e resolver questioná-lo.

   — Tá falando isso por quê?

   — Richarlison. — o encarou.

   — Eu mesmo.

   — Te conheço há anos, meu irmão.

   — E o que tem?

   — Tá todo molenga pelo japinha.

   — Coreano.

   — Tá, tá. — revirou os olhos. — Mas essa não é a questão.

   — E a questão é?

   — Vocês. Quê que tá rolando? — o olhou sério.

   — Nada, mano. Oxe. Tá maluco é?

   — Se fode então. Não quer falar, não fala.

   — Levo xingo ainda. Ai ai. — balançou a cabeça de forma negativa.

   — Cara, eu só quero saber porque depois vai acabar dando merda para o meu lado. Você vai se apaixonar e ele não. Eu só não quero ver você daquele jeito de novo.

[...]

   O resto da tarde foi muito tranquilaj. Richarlison virava horas babando pelo rapaz de pele pálida e cabelos escuros. Sua mente borbulhava de pensamentos sobre Jeon e a conversa com Antony mais cedo.

   Ele só podia estar de brincadeira! Richarlison de Andrade apaixonado? Não mais. Não mais? Justo quando ele tem um sorriso tão maravilhoso, lábios tão perfeitos, um rosto tão meigo, e é uma pessoa tão incrível? Será mesmo, Richarlison?

   Ele se pegou pensando nisso enquanto detalhava cada coisinha de Jungkook. Com bastante atenção. E naquele instante Jungkook sorriu. Ah, que sorriso lindo... eu daria tudo para ser eu quem o fizesse sorrir. Queria poder vê-lo sorrir assim todos os di... não, espera um pouco. O que eu tô pensando?!

  Richarlison se levantou depressa de sua cadeira e andou até Jeon. O coreano coreano viu se aproximar e continuou sorrindo amigável. Ele levantou um pouco da cabeça para ver Richarlison, que se encontrava em pé.

   — Oi, Ric. — sorriu com os olhinhos brilhantes.

   — P-para de sorrir desse jeito! — gaguejou e logo sentiu o rosto ficar quente. Com toda certeza estaria com o rosto vermelho.

   — Huh? — fez uma carinha confusa.

   O platinado lhe deu as costas e voltou ao seu lugar. Jeongguk juntou as sobrancelhas e fez um beicinho, estava realmente desnorteado e não fazia idéia do que Richarlison queria dizer. Estava conversando com Lucas e algumas outras pessoas da sala então não foi indagá-lo naquela hora.

– • –

   — Que raiva, Richarlison! Por que caralhos eu falei aquilo? Ugh! — ele começou a passar a ponta dos dedos nos curtos fios de cabelos.

   O Andrade passou o resto da noite "beijando santo" e se revirando na cama. Tirou o braço que cobria os olhos e ficou encarando o teto preto levado pelo breu da noite. Ele respirou fundo e depois esfregou os olhos, deixou a mão pousar sobre o peito que palpitava descontrolado.

  

  
N/a:

Att mais rapidinha e curtinha só pra dar um encaixe aqui e ali :). Até a próxima pessoas lindas. Beijinhos ❤

  

Bolada. - RicharKookOnde histórias criam vida. Descubra agora