Dono do morro (Trilogia) Vol.3

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Espero do fundo do meu coração que não tenham intolerância religiosa, essa é minha religião e espero que compreendam ou tente respeitar! É difícil um livro citar minha religião por medo do que vão achar ou julgar, apenas respeitem, gratidão🤍

Axé pra quem é do axé, e amém pra quem é de amém 🫶🏻

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Talita narrando...

Acho que o maior peso que carregamos quando somos mulheres, é ganhar o título de ser mãe solteira.
Pois não é algo fácil, quando eu era novinha eu engravidei o meu erro foi ter me envolvido com o homem errado, quando eu disse pra ele que estava grávida ele me humilhou eu apenas peguei minhas coisas e fui embora... nunca quis ir atrás e pedir pensão, ou querer obrigá-lo a registrar.

Meu filho não precisava de um amor paterno, até porque todo o amor que eu senti por ele ultrapassava qualquer pensão que aquele homem pudesse me dar. Batalhei e criei meu filho sozinha, dei do bom e do melhor com o meu suor, e eu fui tão boa mãe que hoje o meu filho, é o meu maior orgulho. É um homem incrível, bem resolvido, carismático, com uma carreira extraordinária, é sinceramente um homem de se tirar o chapéu.

Ele dedicou sua vida para me dar tudo de melhor, e para ser o melhor.. e ele conseguiu, mais se dedicar tanto ao trabalho teve uma grande consequência de nunca ter amado alguém.

Agora minha missão é encontrar um amor pra ele, um amor pra mim eu já desisti a muito tempo tô velha. 

Eu sou umbandista, e algo na espiritualidade me diz que Thiago e Ágatha tendem a ficarem juntos.

Caminhei até o banheiro da praia e entrei em uma das cabines fazendo meu xixizinho, sai e fui lavar as mãos, comecei a me ajeitar no espelho e de relance vi uma mulher na porta de saída.

Olhei pra mesma, que sorria pra mim, sua pele era branca e seus cabelos pretos como a noite.. ela tinha uma rosa vermelha atrás da orelha e seu vestido era preto com babados vermelhos, ela bebia em uma taça onde estava enfeitada de rosas.

Deduzindo quem ela era meu corpo todo se arrepiou e eu quis chorar de felicidade.

Maria padilha: Ô minha menina.- ela gargalhou jogando seu tronco pra trás, e voltou abrindo os braços e eu sem pensar duas vezes caminhei em passos largos até ela, fiz reverência e logo ela estendeu a mão pra mim, peguei na mesma ela me puxou pra um abraço.- Estou aqui minha menina, para te deixar dois recados, não se desampare, não desacredite de sua felicidade, minha filha. Eu sou Maria Padilha , e cuido dos teus caminhos, tus minha filha terá um dos amores mais puros que um dia já sonhastes em ter.- falou e gargalhou.- E o nosso menino minha filha, encontrou o verdadeiro amor da vida dele na queles lindos olhos verdes no qual ele há de estar encantado. Ela é o verdadeiro amor da vida dele, terá sim grandes obstáculos que a vida terá de colocar para serem fortes, mais quem minha filha, ousar de entrar no caminho deles para ir contra essa união pagará um preço caro, e quem não acreditar em suas palavras recorra a me chamar minha menina, que eu venho!.- Ela beijou minha testa e soprou uma fumaça na minha cara, quando abri os olhos ela já não estava ali.

Apenas a rosa no chão, a rosa que estava no seu cabelo.

Talita: Axé minha moça, salve suas forças minha mãe, sarava Maria patilha.- falei sorrindo ao cheirar a rosa.

Aquilo aqueceu meu coração, e me emocionou tanto que meu coração tava em grande alegria.

Voltei pra perto do povo e sorri, senti um olhar queimar sobre mim e quando segui o mesmo lá estava aqueles lindos olhos verdes me olhando enquanto bebia sua cerveja.