História da Astrid (ver. pt.)

4 0 0
                                    

Nome completo: Astrid Matsen

Nacionalidade: Astrid veio de uma pequena aldeia Escandinava

Nascimento: Meados do século IX

Em uma pequena aldeia Escandinávia muito isolada, Astrid Matsen nasceu e cresceu, vivendo como uma cidadã comum na aldeia, mas que, diferente de outras mulheres que ficavam para defender a aldeia, fazia parte das incursões de terras para saques de riquezas e suprimentos, que ao ver daqueles que ali viviam e dada as circunstâncias da época, era a única forma de sobrevivência.

Além de ser uma aldeia isolada e cheia de peculiaridades que a tornava muito mais hostil que as outras, existia também um ritual religioso obscuro ao povo cujo apenas os guerreiros como Astrid faziam parte. Os vikings da aldeia costumavam fazer um processo ritualístico e comemorativo logo após conquistas das incursões pela Europa.

Era um ritual que nasceu junto com a aldeia e exclusivamente se manteve lá, eles acreditavam que usar os crânios de seus inimigos como cálices para beber o sangue derramado seria uma forma de agradar os deuses pelas conquistas e absorver as habilidades e vitalidade dos derrotados.

Por mais que Astrid também cometesse tais atos, ela carregava certo remorso ao ver seus inimigos clamando por suas vidas, mas o medo de punições divinas e dos líderes fez com que ela se mantivesse no caminho tradicional.

Mas o que ninguém ali sabia era o que esse ritual realmente estava criando. Não eram os deuses que se alimentavam dessa energia. Esse culto à morte, violência e principalmente ao sangue acumulou energia o suficiente para que um espírito de trevas se materializasse, eles acabaram criando um demônio!

Numa madrugada que para eles era um ritual comum se transformou em um banquete de dor intensa, sede insaciável e desespero. Dos ossos e sangue se materializou o demônio sangrento Blatqnn ("Dente-Negro"). Um ser alto, composto de sangue e ossos, um humanoide grotesco cujo a cabeça era um crânio preto. Blatqnn nasceu na violência e começou a atacar todos da aldeia, depois de se saciar ele fugiu, mas não antes de amaldiçoar as almas dos aldeões para sempre, transformando sua fome humana em sede de sangue, o sol em uma sentença de morte e uma vida eterna que poderia se transformar em uma agonia imutável.

Muitos ali morreram ao nascer do sol, sem saber que o contato direto com os raios da estrela poderia queimar suas peles como brasa até que virassem pó.

Foram necessários alguns anos para que o que sobrou do povo se adaptasse e descobrisse que junto de toda essa desgraça eles também seriam agraciados com poderes que estavam além da compreensão humana.

Eles foram os primeiros vampiros, os únicos capazes de se reproduzirem através de uma mordida e oferecendo um pouco do seu próprio sangue para a sua nova criação.

Porém Astrid era a única cujo poder da criação não despertou.

Por séculos ela tentou ascender este dom, mas tudo foi em vão. Seu maior sonho sempre foi ter um filho, mas mesmo quando humana seu corpo não era capaz de conceder esse desejo, e agora como vampira, ela não pode suportar que a única chance que lhe restava de realizar seu sonho não mais existia.

Sobrevivendo uma vida sem propósito aparente, Astrid decidiu se afastar de sua aldeia e viver sozinha, vagando sem um lugar fixo.

Depois de centenas de anos vagando pelo mundo, quando sua esperança já parecia um sonho impossível, durante um eclipse de lua de sangue, em uma floresta de carvalhos ela sentiu um pedido de socorro que tocou o mais fundo de seu coração, e quase que hipnoticamente sem hesitar Astrid foi ao encontro do rapaz moribundo deitado ao lado do corpo já sem vida de seu amado.

Dando-lhe uma última tentativa para si mesma de dar um propósito a sua existência e uma última chance de vida para o rapaz, Astrid ofereceu o seu sangue para dar vida a sua primeira criação, e assim Damien nasceu novamente.

The Blood Moon ChildWhere stories live. Discover now