Calum andava ao meu lado contando sobre alguma coisa que havia acontecido em sua aula de física. Eu ria junto dele das idiotices de seu professor, que na maioria das vezes explicava a matéria de um jeito... Diferente? Meu telefone tocou e eu atendi sem olhar no visor.
– Alô?
– Oi Michael! Cê tá bem?
– Ashton?
– Eu mesmo! Então... Seguinte, eu e um amigo estamos indo a um PUB hoje, vai lá com o Calum.
– Ashton...
– Relaxa Mikey, eu não quero nada de você, é só que meu amigo precisa de uma festa.
– Certo, me mando o lugar a e hora por mensagem e estaremos lá.
– Ok.
Desliguei o telefone e Calum olhou para mim com um olhar que dizia "olha o que você tá fazendo". Eu apenas dei de ombros e segundos depois ele também. Fomos até meu carro saímos do campus.
Eu e Ashton éramos amigos desde que ele se mudou para minha escola no ensino médio. Eu era um ano mais velho que ele, mas mesmo assim começamos a namorar. Ficamos juntos um ano, mas quando eu completei dezoito no ano passado eu terminei com ele, já que ele tinha dezessete anos.
Para muitos casai a idade não importa em nada, mas para mim não é a mesma coisa. Minha mãe foi estuprada e engravidou de mim. Ela nunca me tratou mal, nunca demonstrou que me odiasse e eu fazia questão de ser a pessoa mais correta possível. E eu havia decido que eu iria fazer direito e atuar nessa área. Eu não queria que ninguém mais sofresse como minha mãe sofreu.
Cheguei em casa e fui trabalhar. Tudo ocorreu como sempre e eu não esperava que mudasse alguma coisa. Saí do trabalho às seis e voltei para casa. Tomei um banho, vesti uma camisa branca, uma calça skinny preta e pus minha jaqueta de couro. Saí de casa e entrei em meu carro indo para a casa de Calum. Depois disso fomos até o PUB onde Ashton havia falado que estava.
Entramos no local e estava lotado, como sempre, mesmo sendo dia de semana. Mandei mensagem para Ash perguntando se ele havia chegado e ele me disse para esperar por ele na entrada do banheiro. Não tivemos que esperar muito, em um minuto, mais ou menos, ele já estava nos guiando até seu amigo e conversando animadamente. Ele não havia mudado em nada.
– Luke! – Ashton gritou e o loiro que estava em nossa frente se virou e meu coração parou. Ele era a pessoa mais incrivelmente bonita que eu já tinha visto em minha vida toda. Seu cabelo claro estava arrumado em um topete e seus olhos azuis ficaram ainda mais azuis quando uma luz passou por eles. O piercing no seu lábio inferior era um tentação um tanto bem vinda.
– Esses são Calum Hood e Michael Clifford. – Ashton nos apresentou Luke nos cumprimentou com um aperto de mão. Quando nossas mãos se tocaram eu tive que me segurar muito para não puxá-lo e beija-lo ali mesmo.
– Eu sou Luke! – ele disse. Sua voz era perfeita, não muito fina nem muito grossa, apenas perfeita.
– Luke. – repeti o nome aproveitando o modo como minha boca se movia ao dizê-lo.
Eu não sei o que aconteceu, mas Luke puxou uma garota que estava passando e começou a dançar com ela. Um sentimento estranho passou por mim, mas eu dei de ombros e Ashton começou a dançar comigo. Eu não me importei muito com aquilo, afinal fazia um ano que havíamos terminado. Ele já tinha superado.
O tempo todo eu observava Luka dançando com a garota e quando ele finalmente virou o rosto em minha direção ele largou a garota e foi até o bar. Esperei um tempo para ir atrás dele. Não queria parecer desesperado.
– E ai Luke! – falei casualmente me encostando no bar.
– E ai... – ele me respondeu um pouco hesitante. Tentei puxar um assunto qualquer com ele.
– Qual curso você faz?
– Hum?
– Faculdade! Você tem 18 anos não é? – obrigado pela informação, Ash! – Ah, já sei, você ainda tá curtindo primeiro.
– Ah sim... É, tô curtindo a liberdade primeiro. E você, qual curso?
– Segundo ano de direito. – pelo menos não estava sendo estranho apesar do assunto ser uma merda. Eu não sirvo para essas coisas.
Normalmente eu não me importo muito com ninguém, mas Luke parecia diferente. Ele parecia... perfeito? Ele sorriu para mim e eu quase, faltou muito pouco mesmo, não pulei em cima dele e o beijei. Esse garoto...
Uma musica mais animada começou a tocar e eu peguei sua mão o puxando para pista de dança. Ele não entendeu o que eu queria então falei.
– Vamos dançar. – colei nossos corpos e comecei a mexer o quadril. Luke estava um pouco travado no começo, mas depois relaxou e me acompanhou nos movimentos. Ele pegou o copo da minha mão e bebeu um longo gole. Sorri e decidi que aquela era minha chance, então o beijei.
Não pensei que ele iria corresponder, mas ele correspondeu e aquele foi o melhor beijo da minha vida.
