Capítulo 3 - Dance of thorns

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Uma dor assolava sua cabeça, seus braços e pernas não obedeciam suas ordens. Ombros, tronco e abdômen doiam como o inferno, abrindo seus olhos lentamente notava que sua visão estava prejudicada.

Figuras embaçadas aos poucos se tomavam formas. Com a capacidade de ver novamente notou onde estava, era uma espécie de cela. Seus braços e pernas estavam amarrados, se encontrava sentando em uma cadeira completamente imobilizado. Loid tentava aos poucos se lembrar do que tinha acontecido, mas sem muito sucesso.

Sua última lembrança era de estar perdido na cidade quando...

De repente sentiu uma dor aguda em sua cabeça o fazendo grunir de dor. Por fim suas memórias retornaram, sabia como havia parado ali, das agressões sofridas e das informações que tinha obtido por acidente. Um medo se apossou de seu ser fazendo com que algumas lágrimas quentes escorrecem por sua bochecha, a dor misturada com o medo fez com que seu coração doesse.

Soluços aumentavam a medida que notava a situação perigosa que havia se metido. Em resposta aos seus instintos começou a pedir ajuda.

–Socorro! Alguém, por favor!– gritou, porém sua unica resposta foi o silêncio.

–Socorro! Ajuda! Eu preciso de ajuda!– continuou gritando na esperança de que alguém o ouviu-se.

–Socor-

O garoto parou assim que notou passos vindo em sua direção. Seu coração disparou, sentia uma pontada de alívio por alguém ter notado seu pedido, mas logo sua esperança foi destruida ao notar a pessoa que se pos em frente a porta.

–Cala a boca seu pirralho!– ordenou batendo nas grades de ferro da porta metálica –Koji vai me pagar por me fazer de babá– reclamou enquanto andou para fora do campo de visão de Loid.

Olhava para a porta fixamente se sentindo horrível, não conseguia mais sequer segurar suas lágrimas. Iniciou um choro desesperado, soluçava fortemente, mas não se permitia gritar. Um nó formado em sua garganta doía, seu corpo implorava para que grita‐se e um tremor tomava conta de seus membros.

Tudo que passava na sua mente era que iria morrer sozinho, naquele lugar esquecido por todos. Começou um protesto restringido, os soluços ecoavam pelas paredes juntamente com os grunidos de dor e desespero.

Talvez esse realmente teria de ser o seu fim, talvez ele fosse destinado a sofrer...

[...]

Yor andava cautelosamente pelos corredores escuros, atravessando diversos cômodos. O local de fato era grande, haviam diversas salas que pareciam de reuniões, como um predio empresarial abandonado. Algumas paredes estavam bem detonadas, a ferrugem e a degradação do piso era bem visíveis.

Chegando no final do corredor notou um lance de escadas, se vendo sem outras opções começou a subi-las. A madeira antiga fazia barulhos desnecessários, então a garota começava a se por em guarda novamente.

Sentiu um certo alívio por não chamar atenção desnecessária, se é que tinha mesmo alguém por lá. Já sem esperanças de encontrar alguém, pensava em retornar e avisar que as informações não estavam corretas, mas antes que pode-se realizar sua ação começou a escutar um grunido baixinho.

A curiosidade tomou conta de si. Precisava saber o que causava aquilo, pondo suas armas a postos seguiu o som até sua origem. Continuou a busca até chegar em frente a uma porta metálica, o grunido agora era mais alto e acompanhado de soluços, parecendo um choro.

Se aproximando da porta, tentou ver o que havia dentro, mas estava escura então levou algum tempo até sua visão se acostumar. Finalmente conseguindo identificar algo, via que havia alguém amarrado em uma cadeira. A pessoa estava ferida e chorava constantemente, tanto que nem havia notado sua presença.

The Dance of ThornsOnde histórias criam vida. Descubra agora