Longo dia

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Carolana

Após minha pequena briga com Priscila - que para mim foi gigante - eu não consegui me sentir bem fazendo absolutamente nada. O pior foi a noite, ela esperando que eu me levantasse para ir junto dela. Eu não fui!

Ana Carolina você é tão besta!

Não vou me sentir bem em falar com ela agora, me sinto pressionada, é literalmente eu tentando fazer uma mulher que nunca gostou de outra pessoa do mesmo gênero gostar de mim, sendo que ela me pede ajuda para ir ver o ex.

A noite foi longa, fiquei um bom tempo lendo, mas ela não voltava.

Decidi dormir, irei ficar assim, não quero uma aproximação como a de antes, não estou afim de ser fortemente iludida novamente.

Teremos uma festa nesta sexta feira e eu espero que esse dia chegue logo, estou afim de beber até não aguentar mais.

Sim, essa simples briga afetou todo o meu treino.

Estou com bloqueios ruins, ataques ruins, tudo meu está ruim. Paulo Coco veio me perguntar se eu estava bem, se eu fosse verdadeira ele iria se assustar.

- Estou sim, só um pouco de insônia, dormir faz falta sabe! - Lancei o sorriso mais verdadeiro que consegui.

Minha fonte confiável chamada Rosamaria Montibeller disse que a Gattaz vai com a Priscila. Nunca tive tanta vontade de matar um idoso na minha vida.

- Rosa, ela está indo atrás do ex, que não para de perseguir ela depois que tomou um pé na bunda com a outra garota! - Eu estava deitada em minha cama, apenas eu e Rosa no quarto, porta trancada.

Priscila já havia ido.

- Carol, as vezes ela precisa muito dessa conversa! Você tem que lembrar que vocês duas não tem nada além de uma amizade, e ela queria muito a sua ajuda para conseguir resolver algo. - Rosa estava fazendo carinho em minhas costas.

- Mas logo eu? Poxa, me sinto traída. - Reclamei.

- Ela não sabe que você gosta dela senhorita Carolina. - Rosa me deu um tapa nas costas.

- Não me chama de Carolina, só ela pode me chamar assim. - A encarei sério.

Ela riu.

- E você ainda tem coragem de dizer que não está apaixonada, que é apenas momento e depois passa. - Ela riu da minha cara.

- Mas não estou! Eu não quero estar, porque é impossível rolar. - Me deitei de barriga, encarando Rosamaria agora.

- Você vive me falando o quão bom é ouvir a gargalhada dela, que trocaria sua música favorita pela risada dela. Também fala dos olhos castanhos dela, que é o castanho mais bonito que já viu na vida sendo que é o mesmo de muitas outras garotas que já ficou. Fora o perfume, não aguento mais você falando do cheiro dela e que precisa de um perfume igual o dela. - Rosa jogou tudo na minha cara.

- Mas o perfume é realmente bom, junto do cheirinho natural dela é mais incrível ainda! - Eu reclamei, talvez eu realmente esteja mais do que apaixonada.

Pois é Carolina, nunca imaginei que você fosse ficar tão entregue a uma mulher na vida.

- Esse não era seu plano! - Rosa me olhou com uma leve preocupação.

- Eu sei que não amiga, mas ela mexe comigo igual ninguém nunca fez. É tão difícil. - Me sinto despedaçada ao meio, minha outra parte é ela.

- Que tal focar no vôlei? - Rosa deu um sorriso de confiança.

- Vai ter a festa sexta feira, vou ser obrigada a ver ela com outras pessoas. - A olhei com tédio.

Um amor quase impossível | DarolanaOnde histórias criam vida. Descubra agora