point of vision Katherine.
Passamos a noite no mesmo "ninho"
ainda me sinto confusa com toda a história, mas é apenas questão de aceitação.ao tentar adormecer eu consigo entrar em um tipo de transe, não sei exatamente o que seja.
vejo as mesmas mulheres de cedo, principalmente a Ysis.
Ela se aproxima de mim. Senta-se do meu lado sutilmente.
-Deves tremer de medo, né? - Ysis fala olhando para o vazio.
-Um pouco.
-Do que tens mais medo? - ela me pergunta intrigada.
-Hm... De falharmos, talvez.
-Falhar?
-Estamos aqui com um propósito, certo?
-Estão, mas as duas estão com o mesmo objetivo?
A pergunta dela me faz pensar.
-Quando eu estava com Celina, eu sentia que podia fazer tudo. Que poderia morrer mil vezes por ela.
Continuo em silêncio.
-O amor faz isso, sabe? Ele causa uma sensação extraordinária de imponência. Ele te faz pensar que podes tudo, contanto que esteja com quem você ama, seguros.
-Se Celina tivesse morrido?
Ysis arregala os olhos.
-Como assim?
-Naquela noite, se Celina tivesse morrido? O que aconteceria com a maldição?
-Acho que o mesmo das outras..
-Mas, as outras foram queimadas, caçadas. Nenhuma morreu confessando amor, morreu?
Ysis pensa.
-Ysis, se Celina tivesse morrido? Teria mudado alguma coisa?
-Talvez..
-Então essa é a chave, saber quem deve confessar de fato, quem realmente deve morrer por amor.
Falo convicta mas Ysis me reflete com um olhar bizonho.
-Não entendo seu pensamento, criança.
-Digo que, se a pessoa certa morrer...
Ysis me interrompe
-Não, não precisa que ninguém morra.
-Quem garante isso?
Ysis para novamente.
-Ysis, todas elas morreram.
-E a maldição continua.
Dessa vez as duas sentem-se refutadas.
-Até o final dessa jornada, eu descobrirei como realmente encerrar a maldição.
Me levanto e de alguma forma abro meus olhos - que já pareciam está abertos - e acordo daquela projeção.
QUEBRA DE TEMPO
-E agora, para onde vamos?
Pergunto a Melanie.
-Em direção a árvore.
-A árvore de Ysis e Celina?
-Suponho que seja lá o caminho que Celina disse.
Vou andando calada então, seguindo Melanie, mexendo nas folhas, riscando o piso de areia com gravetos, olhando para os lados.
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O sol negro - Parte final.
Misterio / Suspenso- continuação de o sol negro - A profecia me persegue, o sol já não brilha mais. Ele é frio, assim como o teu corpo que me toca. Eu não corrompi o amor, o amor me corrompeu.