Além Do Universo Existe O Nosso Amor

Capítulo 1: Uma Mentira Confortável

• Notas da autora: Olá, pessoal! Como vocês estão? Esse é o meu primeiro trabalho aqui no Wattpad, e também minha estréia escrevendo uma história sobre Helluva Boss. Eu particularmente amo muito o casal Stolitz, e espero que vocês gostem! Esse capítulo e toda a trama dele se passa após o episódio 7, " Ozzie's", (que doeu na minha alma, inclusive :') ). Boa leitura! ♥️😈🦉

♕

Em um fim de tarde onde o céu era cor de carmin, embaixo de uma grande árvore no jardim de um palácio no inferno duas crianças riam, uma em cima de um de seus galhos majestosos em que as folhas eram douradas pintadas pelos pincéis do próprio outono, e a outra se sentara no chão, abraçada em seu precioso grimório cuja capa era entalhada com desenhos e símbolos em ouro. Aquele livro não só era o seu bem mais valioso, como também ditaria todo o rumo de sua vida dali em diante. Stolas tinha somente 11 anos, mas sabia que teria grandes obrigações e responsabilidades como príncipe, assim como seu pai lhe dissera naquele dia em particular, seu aniversário. Ele se sentia com uma imensa felicidade que o aquecia por dentro, pois havia ganhado o melhor presente que poderia pedir: um amigo. Blitzo era agora o único amigo que tinha, e ele estava amando o tempo que passavam juntos naquela tarde, desejando em seu íntimo que o pequeno imp fosse seu melhor amigo e pudesse viver no palácio, desse modo ele o veria todos os dias, para que suas tardes fossem sempre assim: alegres e cheias de brincadeiras e risadas, mesmo que essas diversões fossem peculiares como o jogo que fizeram de roubar coisas do palácio e atirarem pela janela fingindo ser piratas. Preferia isso ao invés do silêncio mortal dos grandes corredores de sua morada, pois seus irmãos eram todos mais velhos e já não viviam mais ali, então era somente ele e seus pais. A corujinha não era tão ingênua quanto parecia, afinal sabia o porquê Blitzo o pedia para roubar tantas coisas caras em sua casa e atirar pela janela, já que piratas não tinham janelas, e todos os seus livros que passava horas a fio lendo lhe confirmavam isso. Ele tinha consciência de que aquela criatura avermelhada estava furtando - o e o único motivo de estar ali era porque o pai não queria lidar com ele ( como sempre ),mas permaneceu querendo acreditar naquela mentira, em que por pouquíssimo tempo poderia escapar da sua realidade. Algo o deixou intrigado com aquele diabinho, pois, desde que o viu girando graciosamente em uma corda junto a Fizzarolli dentro do circo, seus olhos de criança brilharam e seu coração bateu frenéticamente em um ritmo acelerado. Que sentimento estranho era aquele, afinal?

- Tenho que ir, meu pai me pediu para voltar para casa assim que o sol se pôr, já está tarde. - Declarou Blitzo, descendo da árvore enquanto encarava a coruja a sua frente.

Até que para um príncipe Goetia ele não era tão chato, afinal. O diabinho de circo assim que chegou ao palácio pensava que Stolas seria metido, mal criado, mimado e arrogante, mas se surpreendeu ao encontrar uma criatura tão tímida, inteligente, gentil e pura, que nunca teve sequer um amigo antes e que não era tal mal assim para se brincar. Ele admitiu a si mesmo que tinha valido a pena, mesmo tendo sido pressionado com uma genuína chantagem emocional de seu pai a vir até ali e passar aquela tarde com ele. Os dois tinham se dado muito bem, mas Blitzo se sentia mal por tudo aquilo, ser obrigado a furtar coisas preciosas da família e com isso ter que mentir para o príncipe, mas o que mais o chateou foi quando Stolas lhe respondeu com a seguinte pergunta:

- Tudo bem, eu entendo que você tenha que ir de volta para sua casa, é uma pena, queria que ficasse mais um pouco pra podermos brincar mais. . . Esse é o aniversário mais legal de todos que já tive! Você volta amanhã para me ver? - A corujinha tinha um olhar ansioso e esperançoso em seu pequeno rostinho emplumado em formato de coração, suas bochechas levemente coradas ao olhar para Blitzo esperando uma resposta. O diabinho balançou a cabeça afirmativamemte com as duas mãos apoiadas em sua cintura.