And I could be your monster

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Mas esperar por uma resposta era incrivelmente agoniante

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Mas esperar por uma resposta era incrivelmente agoniante. Falar cara a cara lhe parecia muito mais agradável, rápido e útil. Ela rangia os dentes de raiva enquanto esperava pacientemente a resposta da detetive.

Quando o celular apitou, Vi quase pulou em cima do celular. Abriu a mensagem e era uma foto (como diabos ela conseguiu enviar uma foto?!) que fez a delinquente ficar boquiaberta. A foto mostrava o nascer do sol, uma xícara de café em uma das mãos e no cantinho, as pernas da detetive, esticadas em meio aos lençóis brancos. Estavam posicionadas estrategicamente, como quem quer enganar o destinatário da foto, fazendo parecer sem querer; mas mostrando o suficiente para não ser totalmente desproposital.

Violet deu um sorriso incrédulo de orelha a orelha, animada com a foto da detetive. A audácia da mulher de enviar uma foto assim logo de manhã cedo. Ela estava doida? A vontade da Zaunita era sair correndo, invadir aquele apartamento e tomar posse daquela que lhe provocava com indiretas e fazendo-se de santa. Respirou fundo por alguns segundos para que pudesse responder a detetive sem falar nenhuma besteira que fosse acabar com a relação delas.

Eu preciso ir ao mercado. Me acompanharia, xerife?

Dessa vez a resposta não demorou. Cait devia estar nervosa do outro lado do telefone, esperando pela resposta de Vi; imaginar a cena fez a delinquente rir.

Eu não sou babá.

Vi ficou absurdamente ofendida e não a respondeu. Atirou o telefone na cama e socou o colchão com força em seu mini ataque de raiva. Porque Caitlyn brincava com seus sentimentos daquela forma? Precisava comprar um saco de boxe, é isso! Ela saiu decidida do seu apartamento com as soqueiras no bolso, obviamente, e o cartão também. Não sabia quanto dinheiro tinha ali, mas descobriria mais cedo ou mais tarde.

É claro que Cait tentou contato com ela minutos depois, mas a Zaunita tinha esquecido o celular em cima da cama, então não teve sucesso. Somente ao meio-dia, quando Cait voltou ao apartamento para almoçar (em seu intervalo da delegacia) e bateu na porta de Vi.

Violet abriu a porta pra ela, vestindo calças largas de moletom e uma regata branca. Estava cheia de pó de cimento e gotículas de suor no rosto. A mulher deu o seu melhor sorriso galanteador para a detetive e apoiou o braço no batente da porta, inclinando na direção dela.

"Não aguentou de saudades, xerife?"

Cait a empurrou e invadiu o apartamento.

"Você não atende a porra do telefone, Vi! Precisa atender, ele serve para isso!"

Vi ficou irritada novamente e fechou a porta atrás de si. Antes que respondesse, a detetive viu a bagunça que ela havia feito no apartamento e arregalou os olhos. A televisão tinha sido removida e estava atirada em cima da cama de qualquer jeito, enquanto, no lugar dela, um saco de boxe vermelho pendia do teto. Haviam ferramentas espalhadas pelo chão, que Vi usou para fazer o estrago.

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