The price of your greed

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Vi e Ekko tiveram que ficar escondidos por três semanas até que a poeira baixasse

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Vi e Ekko tiveram que ficar escondidos por três semanas até que a poeira baixasse. Houveram muitas mortes em Zaun nesse meio tempo, já que a polícia estava por todos os cantos, todas as vielas. Mais mortes aconteceram nessas três semanas do que nos outros 9 anos que passamos sem interferência direta do Ladoalto. É claro que essas mortes dificilmente chegariam aos ouvidos dos conselheiros e dos superiores. Não precisa de muito para esconder um corpo em Zaun, se você tocar dentro de qualquer bueiro, os ratos terminam o trabalho. E são muitos ratos.

Violet e Ekko já tinham brigado pelo menos cinquenta vezes. Aguentar Violet 24 horas por dia era demais pra qualquer um, e durante as primeiras semanas, seu corpo estava desintoxicando dos medicamentos fortes que tinha tomado. Às vezes, o rosto machucado doía demais, mesmo ela sabendo que estava totalmente cicatrizada. Carregava uma cicatriz enorme que manchava de vermelho o pescoço e parte do rosto, até acima da orelha que tinha sido reconstruída pelos médicos hiper-estudados de Piltover. Não estava igual antes e o som era abafado, mas era o suficiente para continuar a vida. Ekko comentou no primeiro dia que a cicatriz era charmosa.

Todos aqueles antidepressivos que tomou no hospital causavam um rebote desgraçado agora que ela não tinha como tomar. Sua cabeça doía e tinham dias que ela só conseguia dormir e chorar, outros estava tão ativa que passava o dia praticando socos na parede e malhando. Para o garoto, aquilo era como uma tortura, mas ele sabia que ela sentia muito mais que ele; então aturava. Alguns dias, pelo menos. Outros, discutiam. Era desgastante dos dois lados.

Mas era Ekko quem esteve junto com ela nas primeiras noites depois do hospital, que foram os piores rebotes. Ela tinha febre e gritava. Às vezes, confundia Ekko com Jinx. Na verdade, isso ainda acontecia, mas ela disfarçava e desviava o olhar ou fechava os olhos. Sabia que ia passar em algum momento.

A verdade é que se Jinx aparecesse na sua frente agora, era capaz de matá-la. Pelo que souberam dos capangas que lhes trazem comida, também não ouviu-se falar da terrorista por esse tempo que estiveram "em cativeiro", por baixo dos panos.

E pensar em Caitlyn era igualmente doloroso. Vi tinha os sentimentos divididos entre raiva e saudade e tentava o máximo possível não pensar naquela mulher. Hoje completam as três semanas que estiveram escondidos, e agora que a polícia não estava mais patrulhando em peso pelas ruas de Zaun, eles sairiam.

Era madrugada quando Ekko abriu a porta para que saíssem.

"Eu não suporto mais te ver na minha frente" Violet brincou.

"Acho que eu preciso de férias da tua voz, Vi" O garoto provocou de volta, enquanto andavam devagar até o Última Gota. É claro que Vi precisava ficar mais cuidadosa nesses dias, então Ekko deixou que ela ficasse com seu quarto na mesma rua, enquanto ele ficava dormindo no quarto dela, embaixo do bar. Era melhor assim do que acordar com uma pistola na cara. Pelo que sabia, haviam declarado que ela ou Jinx podiam ser entregues à polícia vivas ou mortas.

Foi providenciado um saco de porradas para que Vi pudesse passar parte do seu dia socando alguma coisa (isso sim é antidepressivo) e instalado no quarto de Ekko, que agora era dela. Depois de tomar o primeiro banho em semanas e deitar na cama do pequeno e fedido quartinho, ela encarou o teto. Jamais imaginaria que tudo isso pudesse acontecer.

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