Seu chefe viu pelo retrovisor as marcas vermelhas no pescoço.
__Bebida! Matar alguém! Mulheres! Não podia ter levantado a voz para a realeza.
Jafar trabalhava há anos para Hassan.
Já imaginava quem aguentaria sua fúria.
Fátima...
Uma boa mulher, que sofria calada. Uma noitada regrada a bebidas e de muitas mulheres. Hassan bate a porta do carro com violência assim que, Jafar para ao lado de um canil. Quantas vezes viu Fátima ainda de resguardo, ter que cumprir o seu papel de mulher com o seu marido. No início os gritos eram constantes. Com o tempo, o silêncio passou ser o aliado dela. Se gritasse apanhava. Quieta tinha que aguentar aquele ato repugnante.
Abre a porta da sua casa com um chute.
__ Fátima! Preciso de você.
Fátima amamentava Aziz de cinco meses.
__ Não me desaponte. Hassan não se incomoda com Jamal. O menino abaixa a cabeça em sinal de respeito. Jamal se escondia atrás da mãe. Quando o pai chegava com os camelos nas costas. É hora de ir para o quarto. Tampar os ouvidos e só sair de lá quando a mãe for busca – lo. __Nosso casamento foi um erro. Hassan fecha o zíper da calça. Saí se importar o que causava na esposa. Fátima colocava sua roupa rápido. Buscava um pouco de dignidade, escondendo sua pele ferida por quem deveria protege – la. Nunca sentiu carinho pelo marido. Agradecia a Alá por gerar filhos lindos e por eles tolerava a violência doméstica.
__Alá até quando terei esse destino?
Fátima dormiria em outro quarto, até novamente ser chamada para satisfazer os desejos de Hassan.
Palácio Kaccheb...
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