Capítulo 2

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O animal chegou, indo em direção a sua casa que fica na entrada da vila, literalmente a primeira. Parou de colher os vegetais ao ver que seu pai não está, nem a carroça.

- Raven — andou até o animal —, o que aconteceu com o meu pai? Onde está ele?

Deu água e comida para ele, deixando descansar por um tempo. Foi o tempo de achar sua capa, pedindo para que ele te levasse até onde seu pai está.

Estranhou o caminho ficar com neve de repente, e no meio da estrada, viu uma criação de seu pai. É caixinha de música que ele fez um outro dia, onde tem uma canção de ninar e bonequinhos, um dele pintando um mini quadro, que possue sua mãe e você bebê.

- Papá... — seus olhos se encheram de lágrimas, desejando que não tenha acontecido o pior. Pelo menos sabe que está no caminho certo e que não é tempo para chorar.

Foi com a caixa em direção ao castelo que o cavalo lhe mostrou. Deixou Raven no canto, entrando lá.

- Veja Sasori, uma linda garota — o castiçal murmurou.

- Eu não sou cego. Estou vendo.

- Pode ser ela, a garota no qual quebre a maldição.

- Quem disse isso? — você se virou em direção aos objetos, jurando ter escutado uma voz. Foi se aproximando lentamente, mas sua atenção virou ao escutar uma tosse. Pegou o castiçal e subiu as escadas, seguindo-se sei lá onde. — Papai! — colocou o castiçal em um suporte e se agachou, segurando as mãos de seu pai.

- [Nome], como me encontrou? — ele perguntou surpreso ao te ver ali.

- Suas mãos estão geladas — se levantou, o vendo se levantar também e tossir um pouco. — Eu vou te tirar daí, vamos juntos de volta para casa.

- [Nome], você tem que sair — ele começou a sussurrar. — Essa casa é... — tentou procurar a melhor palavra para se encaixar — viva! E ele não pode te ver, vá rápido antes que ele te veja.

- Só pode estar louco se pensar que eu te deixaria, e quem fez isso com você para eu dar um tabefe?

- Fui eu — uma voz soou ao seu lado, não tão distante. É meio fria e arrastada. — Quem é você?

- Uma filha vindo procurar seu pai — tentou olhar no meio do escuro, mas não conseguiu.

- Seu pai é um ladrão.

- Não é!

- Ele roubou uma rosa.

- Uma rosa... — olhou para seu pai rapidamente, depois tentou olhar no meio do escuro, tentando enxergar o dono da voz — fui eu quem pedi a rosa... — murmurou antes de voltar a ter o tom firme. — Eu ficarei no lugar dele, assim ele pode ir, não é?

- [Nome], nem pense que eu deixarei você fazer isso! — seu pai afirmou. — Isso é para sempre.

- A vida, só por uma rosa?

- Eu recebi uma maldição eterna por causa de uma. 

- Minha nossa.... — murmurou.

- E então, vai querer ficar no lugar dele? — ele continuou depois de um tempo em silêncio.

- Por que você não vem para a luz para eu ver diretamente nos seus olhos? — e os passos lentos foram ecoados.

Sua visão focou em algo que nunca pensou que veria, nem conseguiria imaginar. Ele tem um cabelo longo e azulado, lábios lilases, a pele é marrom meio acinzentada e, possue um tipo de cicatriz preta no rosto. Mas o que lhe chamou atenção mesmo foi as asas dele, pois são como duas mãos.

𝕸𝖆𝖎𝖘 𝖖𝖚𝖊 𝖚𝖒 𝖒𝖔𝖓𝖘𝖙𝖗𝖔 || 𝕾𝖆𝖘𝖚𝖐𝖊 × 𝖑𝖊𝖎𝖙𝖔𝖗𝖆Onde histórias criam vida. Descubra agora