Capítulo 3

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- Irmã, chegou uma garota no castelo — a pequena xícara disse feliz.

- Sim Nawaki, chegou.

- Qual será o chá que ela gosta? — ele perguntou, andando pela mesa com um prato —, erva doce? Camomila? Hortelã? Estou tão animado! — e foi para a bandeja.

- Cuidado para não acabar se quebrando todo — ela riu.

Enquanto isso, nosso querido monstro se senta para jantar, e ergue uma sobrancelha ao ver outros pratos e talheres do outro lado da mesa.

- O que significa isso? — ele pergunta com uma voz firme.

- Pensei que gostaria de uma companhia para jantar — o castiçal sorriu.

- Mas mestre, saiba que eu não tenho nada a ver com isso — o relógio falou. — Preparar um jantar, troca-lá de roupa, dar a ela uma suíte da ala leste...

- Vocês o quê?

- Eu não tenho nada a ver!

- Ele tem razão, foi tudo ideia minha — Naruto diz. — Ela pode ser a garota que quebre o feitiço, um jantar é um começo.

- Que ideia essa? Jantar com a prisioneira.

- Cada dia que passa ficamos menos humanos e.... fica mais difícil a cada dia.

- Ela é a filha de um simples ladrão.

- Não pode julgar as pessoas pelos seus pais — Tsunade fala chegando — ou pode?

Ele fica alguns segundos quieto, até suspirar e assentir.

- Tudo bem.

E todos foram seguindo em direção ao seu quarto, com ele parando na porta, não sabendo o dizer. Naruto sorriu, incentivando a continuar, já que está ali.

Ele bateu na porta, tentando ser o mais educado possível, tossindo falso para limpar a garganta em seguida.

- Gostaria de jantar comigo?

Você parou de mexer na corda que fez com o lençol, perguntando se aquilo é sério ou um tipo de brincadeira sem graça.

- Você me aprisionou e agora quer que eu jante com você? Enlouqueceu? É claro que não!

- Então fique aí e morra de fome! — e saiu de lá sem nenhuma paciência restante. Se dirigiu ao seu quarto, pegando o cabo do espelho. — Mostre-me a garota — e assim foi.

Ele te viu, sentada no canto abraçando suas pernas, enquanto respira fundo para não chorar por tudo que aconteceu em um único dia.

Ele colocou o espelho de volta na mesinha, vendo uma pétala da rosa cair.

[...]

Sua corda está ficando em uma boa altura, não tem como negar. Talvez mais um pouco de tecidos e...

- Olá querida, posso entrar? — uma voz feminina disse do outro lado da porta.

- A-ahn... — colocou a corda no canto da janela, já que não tem como a puxar tão depressa. Se colocou na frente da cama, onde está a corda — pode sim.

E a porta foi aberta, entrando um carrinho de chá sozinho. Na parte de cima tem um bule, e uma xícara no prato.

- É um grande prazer conhecê-la — o carrinho foi indo para frente, de modo devagar. Ela acabou vendo a corda improvisada. — Oh, pelo visto vai ser uma jornada muito longa. Deixe-me cuida-la antes de ir. Acredite, até os grandes problemas ficam menores depois de uma xícara de chá.

𝕸𝖆𝖎𝖘 𝖖𝖚𝖊 𝖚𝖒 𝖒𝖔𝖓𝖘𝖙𝖗𝖔 || 𝕾𝖆𝖘𝖚𝖐𝖊 × 𝖑𝖊𝖎𝖙𝖔𝖗𝖆Onde histórias criam vida. Descubra agora