Capítulo quatro: foda-se o mundo! (pt.1)

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Seonghwa estava confuso. Muito confuso, falando a verdade.

Ele sabia que gostava de meninos, sempre teve quedinhas por alguns amigos seus e até tinha trocado uns beijos com Mingi, quando queria saber se realmente gostava de caras.

Ele sabia disso, toda essa fase de crise existêncial já havia passado; e, apesar de não ter saído do armário para a mídia e afins, seus amigos e parentes mais próximos já sabiam.

Mas estava confuso porque, primeiro, ele sabia que tudo que Hongjoong e ele estavam fazendo, até agora, era promovendo o trabalho deles e atuando como um casal apenas no sentido profissional de tudo. E, segundo, ele não se sentiu que isso era atuação — apesar de só terem passado algumas horas juntos —; ele não sentiu que era atuação até Hongjoong os afastar e dizer "estamos no meio da rua".

Ele pensava que esse empedimento era porque havia invadido o espaço pessoal do mais velho e estava se sentindo horrível por isso.

Se encontrava, agora, dentro do carro, de seu manager; com o celular na mão e encarando a tela bloqueada. Se perguntava como Hongjoong estava, porque ele parecia prestes a ter um colapso.

Queria mandar mensagem, mas aí lembrou que não tinha o número do mais velho.

Estava há quase meia hora assim: suspirando e bufando, se perguntando o que deveria fazer.

Pensou em mandar mensagem pelo Instagram, mas provavelmente ele não veria — já que quem cuida do Instagram pessoal deles é o gerente de marketing.

Pensou em chamar pelo twitter, mas desistiu pelo mesmo motivo.

Bufou mais uma fez, frustrado.

— O senhor está bem, Senhor Park? — quem estava dirigindo perguntou, sorrindo para ele pelo retrovisor.

Seonghwa se assustou quando escutou a voz da pessoa e não reconheceu como seu manager.

— QUEM É VOCÊ?! — gritou, apontando o celular na direção dele como se fosse uma arma — QUEM É VOCÊ? RESPONDA! PARA O CARRO! SOCORRO!

Seonghwa estava desesperado.

Quando entrou no carro estava tão frustrado que nem pensou em olhar pra quem estava dirigindo o carro que ia entrar, só queria voltar pra casa.

Apenas olhou para o carro, constatou que era parecido com o seu e entrou.

Ele estava tão desesperado, tão assustado. Não parava de gritar, apenas queria ir pra casa.

— Hey, cara, calma aí — escutou a voz do motorista quase tão desesperada quanto a sua, mas Seonghwa não parava de gritar, estava quase chorando — HEY, CALMA AÍ, SEU SURTADO!

— VOCÊ TÁ ME SEQUESTRANDO E QUER QUE EU FIQUE CALMO, CARALHO? — Seonghwa respondeu. Dava pra sentir o desespero em cada palavra que ele proferia.

— MEU FILHO, QUEM TE DISSE QUE EU TÔ TE SEQUESTRANDO, TÁ LOUCO? — a outra pessoa respondeu, também desesperada.

Seonghwa ficou confuso, então observou o cara estacionar o carro em um acostamento.

— Eu fui contratado pela sua empresa pra trabalhar como seu motorista, doido. — o cara agora estava virado totalmente na direção de Seonghwa agora, com a mão no coração.

— O que aconteceu com o meu motorista? Eu que contrato meus motoristas! Quem é você? Por que ninguém me avisou nada?! Qual é a sua idade, garoto?

— Primeiro, eu não sei o que aconteceu com o seu motorista. Segundo, a empresa que me contratou me mandou aqui pra te buscar, lide com isso. Terceiro, meu nome é Choi San, prazer. Quarto, eles disseram que mandariam um e-mail pra você quando eu perguntei se você já havia sido informado. Quinto, eu acho que sou mais velho que você, Sr. Park.

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