- Acho que o melhor filme que eu já assisti nos cinemas foi... Velozes e Furiosos. Sério. - ela disse enquanto caminhavamos na calçada.Estamos voltando da sorveteria.
- Você tem muita cara de quem gosta de Velozes e Furiosos.
- Isso é um elogio?
- Hum... sim. - eu disse, ela riu fraco.
- Mas agora me diz uma coisa. Como assim você é famoso?
Senti minhas bochechas queimarem.
- Eu gravo vídeos pro YouTube e tem um pessoal que gosta.
- Então você grava o que? Você é streaming? Você tem muita cara de quem faz isso.
- É quase isso. Eu faço gameplays e uns outros vídeos. - Respondi.
Ela ia falar mais alguma coisa quando começou a chover.
Procurei com os olhos algum lugar coberto, até ver uma casa com varanda quase a minha frente. Eu caminhei rápido até as escadinhas que levava até a varanda e sentei ali embaixo.
Sofia me encarou.
- O que 'cê tá fazendo ai?
- Eu não vou pegar chuva.
- Você nunca tomou banho de chuva?
Estamos praticamente gritando porque a chuva fica cada vez mais forte, ou seja, faz cada vez mais barulho.
- Já. Quando eu tinha 10 anos de idade.
- Ai, como ele é velho agora. - ela debochou.
- Vem pra cá. 'Cê vai pegar uma virose.
- Nossa, pai.
Ri fraco.
- Para de ser chato. - Ela se aproximou e me puxou pelo braço.
Sofia ajeitou meu cabelo quando ele já estava encharcado. Nos fitamos por alguns segundos e...
Um trovão fez ela gritar e pular emcima de mim.
- Calma. Foi só um trovão. - Ri um pouco.
- E-eu, eu sei. É que... só cala a boca.
- Tudo bem.
Ela esperou alguns segundos para pular do meu colo.
- Foi só um susto. - ela disse com plenitude e depois me olhou. - desculpa.
- Tudo bem. - sorri.
Eu trouxe a Sofi para minha casa. Ela disse que não encontrava os seus amigos, então eu ofereci. Ela vai ligar para eles de manhã.
Agora ela está no sofá, com a minha blusa e o shorts dela que está umido, assim como seu cabelo.
Eu sentei no sofá, do seu lado. Ela se encolheu ao ouvir um barulho de trovão, mas dessa vez não era tão alto. Eu passei meu braço por trás dela, lhe abracei de lado.
- Eu não tô com medo. - Ela disse tirando meu braço de sua volta.
- Sério?
- S-sim!
- Mesmo?
- É Lucas! Olha, a gente pode assistir esse filme de terror. O que acha?
- Tá bom. - Disse duvidando de que ela realmente não tinha medo algum.
- Não quero ver ninguém me abraçando por estar com medinho do filme, viu! - ela riu fraco.
- Você que vai fazer isso.
- Eu amo filmes de terror.
10 minutos depois...
Senti ela se aproximando de mim, deitou sua cabeça do meu peito e se encolheu mais, até soltar um gritinho numa cena do filme.
- Tira. - Ela disse, direta.
- Bom... Você tem...
- Não ouse!
Eu ri fraco. Mais um trovão nos pegou de surpresa e ela se juntou a mim mais ainda, eu embrulhei seu corpo com um edredom e me inclinei até me deitar no sofá, e ela ainda usava meu peito como um travesseiro.
Mais um trovão.
- Puta merda! - ela gritou.
- Tá tudo bem, Sofi. - Lhe abracei.
- Eu sei que está tudo bem. Eu não tô com medo.
- Eu sei que não tá.
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Desordenados - (T3ddy)
FanfictionMe apaixonar nunca foi algo comum de se acontecer comigo, até eu conhecer um gamer na acadamia. P.S: odeio academia.